Durante o governo do general João Figueiredo, último presidente da ditadura militar no início dos anos 1980, houve intensificação da pressão pela reabertura política no Brasil, enquanto a perseguição e a violência aumentavam na região de Viseu, Norte do Pará. Nesse período, ocorreu uma guerra desleal entre colonos e posseiros de terras e a estrutura da empresa Josapar (Grupo Joaquim Oliveira S.A Participações), que era acionista de diversos empreendimentos na região, incluindo a Propará e a Agro-Pastoril Grupi.
A Josapar buscava apropriação irregular de terras, muitas vezes utilizando métodos violentos para expulsar os proprietários. Havia interesses econômicos na exploração de mineração, madeira e produção de cerâmica na região. Documentos analisados por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) evidenciam uma relação entre a empresa, o Banco Denasa e o regime militar. Nomes influentes no governo, como o general Antônio Carlos Muricy e Mário David Andreazza, também tinham ligações com o Banco Denasa e o grupo Josapar.
As ações violentas e as violações de direitos humanos na região são parte de um amplo trabalho de pesquisa sobre a responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a ditadura militar, conduzido pela Unifesp em parceria com o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado de São Paulo. A empresa Josapar é uma das maiores do setor de alimentos do Brasil e exporta produtos para mais de 40 países.
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Durante o governo do general João Figueiredo, último presidente da ditadura militar no início dos anos 1980, houve intensificação da pressão pela reabertura política no Brasil, enquanto a perseguição e a violência aumentavam na região de Viseu, Norte do Pará. Nesse período, ocorreu uma guerra desleal entre colonos e posseiros de terras e a estrutura da empresa Josapar (Grupo Joaquim Oliveira S.A Participações), que era acionista de diversos empreendimentos na região, incluindo a Propará e a Agro-Pastoril Grupi.
A Josapar buscava apropriação irregular de terras, muitas vezes utilizando métodos violentos para expulsar os proprietários. Havia interesses econômicos na exploração de mineração, madeira e produção de cerâmica na região. Documentos analisados por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) evidenciam uma relação entre a empresa, o Banco Denasa e o regime militar. Nomes influentes no governo, como o general Antônio Carlos Muricy e Mário David Andreazza, também tinham ligações com o Banco Denasa e o grupo Josapar.
As ações violentas e as violações de direitos humanos na região são parte de um amplo trabalho de pesquisa sobre a responsabilidade de empresas por violações de direitos durante a ditadura militar, conduzido pela Unifesp em parceria com o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Estado de São Paulo. A empresa Josapar é uma das maiores do setor de alimentos do Brasil e exporta produtos para mais de 40 países.
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