Quando vou para Minas, gosto de ficar de pé, contra a vidraça do carro, vendo o subúrbio passar. O subúrbio todo se condensa para ser visto depressa, com medo de não repararmos suficientemente em suas luzes que mal têm tempo de brilhar. A noite come o subúrbio e logo o devolve, ele reage, luta, se esforça, até que vem o campo onde pela manhã repontam laranjais e à noite só existe a tristeza do Brasil.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Revelação do subúrbio. In: ______. Nova reunião – 23 livros de poesia. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009. p. 102.
Sintaticamente, o pronome átono “o”, destacado no sexto verso, é
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obj direto
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c
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