No diálogo "Banquete", Sócrates apresenta um discurso sobre a escada do amor. De acordo com esse discurso, o filósofo poderia atingir a Forma abstrata e perfeita do amor através de alguns etapas de contemplação da beleza, modificando seus desejos amorosos.
Primeiro, vem a contemplação dos corpos belos. A partir disso, o filósofo poderia perceber o que há de comum entre eles, passando por um amor pela beleza física em geral.
Depois disso, o filósofo-amante perceberia que a beleza moral e espiritual é superior, e passaria a amar belezas abstratas, como leis e almas belas, para então passar para a contemplação da beleza do conhecimento verdadeiro.
A última etapa seria a percepção da Beleza em si mesma, a Forma abstrata de todas as belezas, físicas ou imateriais. Caso o filósofo chegue nessa etapa final, o topo da escada do amor, ele será capaz de amar a forma mais elevada de beleza, não sentindo mais atração pelas belezas que sentia no ponto de partida desse processo.
Esse discurso é a fonte do que passou a ser chamado "amor platônico", um amor que seria independente de qualquer relação física, sendo direcionado às coisas mais valorosas. No entanto, no discurso de Sócrates, que representa a visão de Platão, a forma mais elevada de amor vai além disso, sendo um amor pelo conhecimento filosófico das Formas eternas e pela Beleza em si.
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No diálogo "Banquete", Sócrates apresenta um discurso sobre a escada do amor. De acordo com esse discurso, o filósofo poderia atingir a Forma abstrata e perfeita do amor através de alguns etapas de contemplação da beleza, modificando seus desejos amorosos.Primeiro, vem a contemplação dos corpos belos. A partir disso, o filósofo poderia perceber o que há de comum entre eles, passando por um amor pela beleza física em geral.
Depois disso, o filósofo-amante perceberia que a beleza moral e espiritual é superior, e passaria a amar belezas abstratas, como leis e almas belas, para então passar para a contemplação da beleza do conhecimento verdadeiro.
A última etapa seria a percepção da Beleza em si mesma, a Forma abstrata de todas as belezas, físicas ou imateriais. Caso o filósofo chegue nessa etapa final, o topo da escada do amor, ele será capaz de amar a forma mais elevada de beleza, não sentindo mais atração pelas belezas que sentia no ponto de partida desse processo.
Esse discurso é a fonte do que passou a ser chamado "amor platônico", um amor que seria independente de qualquer relação física, sendo direcionado às coisas mais valorosas. No entanto, no discurso de Sócrates, que representa a visão de Platão, a forma mais elevada de amor vai além disso, sendo um amor pelo conhecimento filosófico das Formas eternas e pela Beleza em si.