A seca é um fenômeno natural, mas, quando prolongada, causa graves problemas, como os que atingem o sertão. Há relatos de secas nordestinas desde o início da colonização portuguesa. Na estiagem de 1983, 1 milhão de sertanejos se inscreveram no programa de emergência para receber dinheiro para a construção de açudes. Muitos outros emigraram para o Sudeste e engrossaram o trabalho em construtoras e fábricas. A seca do ano passado causou a perda de 18 mil empregos na região.
[...]
O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos e abriga 12% de toda a água potável do mundo. Esse precioso líquido, porém, não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de 72% das reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne menos de 5% da população nacional. Em 2013, enquanto os nordestinos pediam chuva, as populações ribeirinhas dos rios da Bacia do Amazonas torciam para que parasse de chover. No Amazonas, 26 municípios declararam situação de emergência, incluindo a capital, Manaus.
No Sudeste, os desafios ligados à água são de outro tipo, relacionados às grandes metrópoles e à falta de planejamento e manejo adequado, pois, para se tornarem potáveis para uso humano, as águas precisam passar por um processo de tratamento. Como resultado, temos uma conta difícil de fechar. Mas, mesmo em lugares em que há abundância, muitas vezes a população não recebe água tratada. Existem propostas para garantir a oferta de água a todos os brasileiros, tornando o resultado desse cálculo mais igualitário. Segundo especialistas, a solução passa por ações como o controle de uso das reservas, monitoramento constante do meio ambiente, planejamento urbano eficiente, investimentos em cisternas, construção de poços e de infraestrutura de distribuição de água tratada.
O uso das reservas hídricas do subsolo requer planejamento. Os aquíferos abastecem rios e poços, mas, se sua água for retirada num ritmo mais intenso do que o de reposição natural (que é muito lento), o nível pode descer perigosamente. A poluição também ameaça os reservatórios: o Guarani corre risco nos pontos em que a água aflora naturalmente à superfície. Já há sinais de contaminação por esgoto e agrotóxicos, que chegam até o subsolo quando jogados por indústrias e fazendas e são absorvidos, particularmente no Rio Grande do Sul e no interior de São Paulo.
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A seca é um fenômeno natural, mas, quando prolongada, causa graves problemas, como os que atingem o sertão. Há relatos de secas nordestinas desde o início da colonização portuguesa. Na estiagem de 1983, 1 milhão de sertanejos se inscreveram no programa de emergência para receber dinheiro para a construção de açudes. Muitos outros emigraram para o Sudeste e engrossaram o trabalho em construtoras e fábricas. A seca do ano passado causou a perda de 18 mil empregos na região.
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O Brasil é um dos países mais ricos em recursos hídricos e abriga 12% de toda a água potável do mundo. Esse precioso líquido, porém, não se distribui de maneira uniforme pelo território nacional. Cerca de 72% das reservas encontram-se nos rios da Região Norte, que reúne menos de 5% da população nacional. Em 2013, enquanto os nordestinos pediam chuva, as populações ribeirinhas dos rios da Bacia do Amazonas torciam para que parasse de chover. No Amazonas, 26 municípios declararam situação de emergência, incluindo a capital, Manaus.
No Sudeste, os desafios ligados à água são de outro tipo, relacionados às grandes metrópoles e à falta de planejamento e manejo adequado, pois, para se tornarem potáveis para uso humano, as águas precisam passar por um processo de tratamento. Como resultado, temos uma conta difícil de fechar. Mas, mesmo em lugares em que há abundância, muitas vezes a população não recebe água tratada. Existem propostas para garantir a oferta de água a todos os brasileiros, tornando o resultado desse cálculo mais igualitário. Segundo especialistas, a solução passa por ações como o controle de uso das reservas, monitoramento constante do meio ambiente, planejamento urbano eficiente, investimentos em cisternas, construção de poços e de infraestrutura de distribuição de água tratada.
O uso das reservas hídricas do subsolo requer planejamento. Os aquíferos abastecem rios e poços, mas, se sua água for retirada num ritmo mais intenso do que o de reposição natural (que é muito lento), o nível pode descer perigosamente. A poluição também ameaça os reservatórios: o Guarani corre risco nos pontos em que a água aflora naturalmente à superfície. Já há sinais de contaminação por esgoto e agrotóxicos, que chegam até o subsolo quando jogados por indústrias e fazendas e são absorvidos, particularmente no Rio Grande do Sul e no interior de São Paulo.
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