O retorno do comércio após a quarta cruzada permitiu às cidades italianas monopolizarem o acesso às especiarias, possibilitando que algumas famílias enriquecessem enormemente. Esses ricos comerciantes, os mecenas, eram pessoas exibicionistas que financiavam artistas e cientistas vindos dos mais diferentes lugares para gerarem obras visando se destacarem dos demais e, de algum modo, colocarem seus nomes na história por meio dessa contribuição às artes e ao conhecimento.
Além disso, o fim do Império Bizantino e o domínio de Constantinopla pelos otomanos também possibilitou que sábios e artistas se refugiassem nas cidades italianos, fomentando o "caldeirão cultural" que se formou por lá.
Outro fator importante foi a peste, que demonstrou a incapacidade da religião em resolver o problema, abrindo caminho para uma investigação mais objetiva da realidade.
Por fim, várias obras antigas foram obtidas nas bibliotecas das cidades muçulmanas durante a guerra da reconquistas, sendo traduzidas do árabe para o latim. Desse modo, autores que privilegiavam o pensamento racional e lógico da antiguidade clássica, como Aristóteles e Platão, chegaram até nós. Nesse sentido, ainda, vale ressaltar que Roma, o centro do mundo cristão e instituição mais poderosa da época, estava na Itália, dispondo de uma grande quantidade de livros e conhecimento, bem como de recursos humanos capacitados. Assim, não é de se surpreender que muitas pessoas que contribuíram para o avanço do conhecimento e o desenvolvimento do método científico nessa época fossem religiosos, como Giovanni di Casali, Francesco Maurolico e Teodorico Borgognoni. Por fim, a Igreja católica financiou diversas obras renascentistas, como a pintura, promovendo também esse desenvolvimento.
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O retorno do comércio após a quarta cruzada permitiu às cidades italianas monopolizarem o acesso às especiarias, possibilitando que algumas famílias enriquecessem enormemente. Esses ricos comerciantes, os mecenas, eram pessoas exibicionistas que financiavam artistas e cientistas vindos dos mais diferentes lugares para gerarem obras visando se destacarem dos demais e, de algum modo, colocarem seus nomes na história por meio dessa contribuição às artes e ao conhecimento.Além disso, o fim do Império Bizantino e o domínio de Constantinopla pelos otomanos também possibilitou que sábios e artistas se refugiassem nas cidades italianos, fomentando o "caldeirão cultural" que se formou por lá.
Outro fator importante foi a peste, que demonstrou a incapacidade da religião em resolver o problema, abrindo caminho para uma investigação mais objetiva da realidade.
Por fim, várias obras antigas foram obtidas nas bibliotecas das cidades muçulmanas durante a guerra da reconquistas, sendo traduzidas do árabe para o latim. Desse modo, autores que privilegiavam o pensamento racional e lógico da antiguidade clássica, como Aristóteles e Platão, chegaram até nós. Nesse sentido, ainda, vale ressaltar que Roma, o centro do mundo cristão e instituição mais poderosa da época, estava na Itália, dispondo de uma grande quantidade de livros e conhecimento, bem como de recursos humanos capacitados. Assim, não é de se surpreender que muitas pessoas que contribuíram para o avanço do conhecimento e o desenvolvimento do método científico nessa época fossem religiosos, como Giovanni di Casali, Francesco Maurolico e Teodorico Borgognoni. Por fim, a Igreja católica financiou diversas obras renascentistas, como a pintura, promovendo também esse desenvolvimento.
Bons estudos!