1. “A história se manteve como uma ciência social sui generis,
irremediavelmente ligada ao concreto. Mesmo que o historiador não
possa deixar de refletir, explícita ou implicitamente, as séries de fenômenos
comparáveis, a sua estratégia cognoscitiva assim como seus códigos
expressivos que permanecem intrinsecamente individualizantes (mesmo
que o indivíduo seja talvez um grupo social ou uma sociedade inteira).
Nesse sentido, o historiador é comparável ao médico, que utiliza os quadros
nosográficos para analisar o mal específico de cada doente. E, como o
do médico, o conhecimento histórico é indireto, indiciário, conjetural.”
(GINZBURG, Carlo. A micro-história e outros ensaios. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1989. p. 156-157).
*Nosográficos: classificação metódica das doenças segundo o caráter
distintivo de cada classe, ordem, gênero e espécie.
102 U2 - A história repensada: os excluídos da história
No trecho destacado, o historiador italiano Carlo Ginzburg trata de uma
das principais características do que ele estabelece como sendo o ofício do
historiador que deve:
a) Afastar-se do paradigma indiciário uma vez que o historiador precisa estar
atento às escalas analíticas.
b) Seguir o paradigma indiciário, colocando o historiador atrás de pistas,
indícios, tal qual um detetive construindo hipóteses.
c) Aproximar-se do ofício do detetive, seguindo o paradigma indiciário,
centrando-se em fontes que comprovem as hipóteses levantadas.
d) Centrar-se no paradigma indiciário, mas não abandonar as generalizações
necessárias para a construção de uma história total.
e) Rejeitar o paradigma indiciário, uma vez que o conhecimento histórico é
indireto, indiciário, conjetural.

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