1. “Estou tentando resgatar o pobre tecelão de malhas, o meeiro luddita, o tecelão do ‘obsoleto’ tear manual. O artesão ‘utópico (...) dos imensos ares de superiores condescendência da posteridade. Seus ofícios e tradições podiam estar desaparecendo. Sua hostilidade frente ao novo industrialismo podia ser retrógada. Seus ideais comunitários podiam ser fantasiosos. Suas conspirações insurrecionais podiam ser temerárias. Mas eles viveram nesses tempos de aguda perturbação social, e nós não. Suas aspirações eram válidas nos termos de sua própria experiência; se foram vítimas acidentais da história, continuam a ser, condenados em vida, vítimas acidentais” (THOMPSON, 1987a, p. 13). No trecho acima, E. P. Thompson opõe-se a uma leitura da história que lança as classes subalternas à categoria de “vítimas acidentais da história”, em sua proposta de uma história vista de baixo, esses indivíduos até então marginalizados nos estudos historiográficos passam a se constituir como: a) Massa de manobra dos aparatos ideológicos. b) Propagadores de uma cultura ultrapassada e ineficaz. c) Agentes do radicalismo trabalhista inglês. d) Agentes históricos. e) Criadores de novas formas de exploração.