1- Leia a seguinte definição: “...é entendido como particularidades de uma determinada região que dissemina uma mesma cultura, seja através da linguística, da política ou da literatura. Nesse sentido, o Brasil é hoje um país marcado por diversas questões locais, que ajudaram a compor a pluralidade de culturas da nação. Portanto, essa pluralidade é notada no dialeto, nas manifestações ideológicas e nos livros de romance.”. Qual a relação entre esta definição e o poema O Quinze, de Raquel de Queiroz?

A) A relação está na obra escrita em poesia e cheia de linguagem local.

B) A relação está nas histórias contadas.

C)A relação está no regionalismo contido na definição e na obra.

D)Não há relação alguma entre a definição e a obra O Quinze.

Sobre a obra O Quinze de Rachel de Queiroz, analise a(s) afirmativa(s )s abaixo e indique a alternativa correta.
I - Conceição herda os ideais de sua avó, Dona Inácia, buscando justificar e defender os valores sociais construídos para as mulheres.
II - A posição da mulher na sociedade da época é discutida no enredo da obra mostrando várias figuras femininas. Podemos destacar duas importantes representações: Dona Inácia, que tenta justificar os valores sociais construídos para as mulheres, e Conceição, que demonstra um posicionamento contrário ao da avó.
III - Ao adotar o filho mais novo de Chico Bento, podemos perceber o arrependimento de Conceição por não ter escolhido o casamento.

A)Apenas a afirmativa I está correta.

B)Apenas a afirmativa II está correta.

C)Apenas a afirmativa III está correta.

D)As afirmativas I e III estão corretas

Pode-se afirmar, de forma geral, em relação à obra O quinze, de Rachel de Queiroz:


A) A história gira em torno de Conceição e a seca.

B)Duas histórias se alternam: a primeira de Chico Bento, e a outra em torno de Vicente.

C)Em meio à desolação provocada pela seca, se alternam as histórias de Chico Bento, e outra em torno de Conceição.

D) Há apenas a história da seca.

4- Leia o fragmento de texto para responder a questão a seguir.
Chegou a desolação da primeira fome. Vinha seca e trágica, surgindo no fundo sujo dos sacos vazios, na descarnada nudez das latas raspadas.
- Mãezinha, cadê a janta?
- Cala a boca, menino! Já vem!
- Vem lá o quê!...
Angustiado, Chico Bento apalpava os bolsos... nem um triste vintém azinhavrado...
Lembrou-se da rede nova, grande e de listras que comprara em Quixadá por conta do vale de Vicente.
Tinha sido para a viagem. Mas antes dormir no chão do que ver os meninos chorando, com a barriga roncando de fome.
Estavam já na estrada do Castro. E se arrancharam debaixo dum velho pau-branco seco, nu e retorcido, a bem dizer ao tempo, porque aqueles cepos apontados para o céu não tinham nada de abrigo.
O vaqueiro saiu com a rede, resoluto:
- Vou ali naquela bodega, ver se dou um jeito...
Voltou mais tarde, sem a rede, trazendo uma rapadura e um litro de farinha:
- Tá aqui. O homem disse que a rede estava velha, só deu isso, e ainda por cima se fazendo de compadecido...
Faminta, a meninada avançou; e até Mocinha, sempre mais ou menos calada e indiferente, estendeu a mão com avidez.
(QUEIROZ, Rachel de. O Quinze. Rio de Janeiro: José Olímpio, 1979, p. 33).
"O Quinze", romance de estreia de Rachel de Queiroz, publicado em 1930, retrata a intensa seca que marcou o ano de 1915 no sertão cearense. Considerando o fragmento apresentado, é CORRETO afirmar:

A) Ainda que publicado no início da década de 30, momento de intensas mudanças políticas e culturais no país, o romance liga-se estética e tematicamente às propostas literárias da primeira geração modernista

B) Na narrativa, estreitamente ligada às propostas de denúncia social dos regionalistas de 30, destacam-se o drama da seca, a miséria e a degradação humana, marcantes em cenas como a do fragmento citado

C) Apesar de se referir à seca que marcou o ano de 1915, o romance coloca em primeiro plano a violência e o desrespeito que marcam as relações sociais, independente das condições climáticas; exemplo disso é a relação de espoliação entre Chico Bento e o homem da bodega.

D) A linguagem utilizada pela autora, para construir o romance, aproxima-se da oralidade, conforme se vê no fragmento. Tal recurso é utilizado para se contrapor à escrita extremamente rebuscada de alguns modernistas da primeira geração, como Oswald de Andrade.
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