A evidência citogenética mais consistente relacionada às neoplasias leucocitárias diz respeito ao cromossomo Philadelphia. A presença dessa estrutura genética está ligada ao desenvolvimento da leucemia mieloide crônica, a qual acomete mais pacientes em idade adulta e tende a ter uma progressão mais lenta do que a leucemia mieloide aguda.
Sobre o cromossomo Philadelphia, é correto afirmar que:
A. é um cromossomo com mutação genética.
B. é um cromossomo formado por uma translocação recíproca e não balanceada entre os cromossomos 9 e 22.
C. é um cromossomo formado por uma translocação recíproca balanceada entre os cromossomos 9 e 22.
D. é uma trissomia do cromossomo 9.
E. é formado pela translocação de material genético entre os cromossomos 9 e 23.
A resposta correta é letra B, pois a formação do cromossomo Philadelphia ocorre devido a uma translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22, na qual uma porção do cromossomo 9 é trocada com uma porção do cromossomo 22.
A translocação e o surgimento de doenças genéticas
A translocação genética é uma alteração estrutural dos cromossomos em que ocorre a troca de segmentos entre dois cromossomos não homólogos. Essa troca de material genético pode envolver um ou mais segmentos cromossômicos e pode ocorrer entre cromossomos diferentes ou entre duas regiões do mesmo cromossomo.
A translocação genética pode ser classificada em dois tipos principais:
Translocação recíproca: Nesse tipo de translocação, ocorre a troca de segmentos entre dois cromossomos não homólogos. Por exemplo, um segmento de um cromossomo A é trocado com um segmento de um cromossomo B. Esse tipo de translocação é comumente observado em algumas doenças genéticas e cânceres.
Translocação Robertsoniana: Nessa forma de translocação, ocorre a fusão de dois cromossomos acrocêntricos (cromossomos com centrômero próximo à extremidade) em um único cromossomo. Isso resulta na perda de um par de braços curtos e na formação de um cromossomo maior com dois centrômeros. A translocação robertsoniana é frequentemente observada em síndromes cromossômicas, como a Síndrome de Down.
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia leucocitária que afeta predominantemente pacientes em idade adulta e apresenta uma progressão mais lenta em comparação com a leucemia mieloide aguda, sendo causada pelo cromossomo Philadelphia, que é uma aberração cromossômica. Sua formação ocorre devido a uma translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22, na qual uma porção do cromossomo 9 é trocada com uma porção do cromossomo 22.
Essa translocação resulta na fusão de dois genes: o gene BCR (Breakpoint Cluster Region) do cromossomo 22 e o gene ABL1 (Abelson) do cromossomo 9, formando um gene híbrido chamado de BCR-ABL1. O gene BCR-ABL1 produz uma proteína quimérica com atividade tirosina quinase constante, levando a uma ativação descontrolada de vias de sinalização celular e contribuindo para o desenvolvimento da LMC.
A detecção do cromossomo Philadelphia é realizada por análise citogenética, que permite visualizar essa translocação característica por meio de técnicas como cariótipo e hibridização in situ fluorescente (FISH).
O tratamento da LMC frequentemente envolve inibidores da tirosina quinase, como o imatinibe, que têm como alvo a proteína BCR-ABL1, bloqueando sua atividade e controlando a progressão da doença.
Para entender mais sobre translocação genética, clique: https://brainly.com.br/tarefa/22637405
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A resposta correta é letra B, pois a formação do cromossomo Philadelphia ocorre devido a uma translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22, na qual uma porção do cromossomo 9 é trocada com uma porção do cromossomo 22.
A translocação e o surgimento de doenças genéticas
A translocação genética é uma alteração estrutural dos cromossomos em que ocorre a troca de segmentos entre dois cromossomos não homólogos. Essa troca de material genético pode envolver um ou mais segmentos cromossômicos e pode ocorrer entre cromossomos diferentes ou entre duas regiões do mesmo cromossomo.
A translocação genética pode ser classificada em dois tipos principais:
A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma neoplasia leucocitária que afeta predominantemente pacientes em idade adulta e apresenta uma progressão mais lenta em comparação com a leucemia mieloide aguda, sendo causada pelo cromossomo Philadelphia, que é uma aberração cromossômica. Sua formação ocorre devido a uma translocação recíproca entre os cromossomos 9 e 22, na qual uma porção do cromossomo 9 é trocada com uma porção do cromossomo 22.
Essa translocação resulta na fusão de dois genes: o gene BCR (Breakpoint Cluster Region) do cromossomo 22 e o gene ABL1 (Abelson) do cromossomo 9, formando um gene híbrido chamado de BCR-ABL1. O gene BCR-ABL1 produz uma proteína quimérica com atividade tirosina quinase constante, levando a uma ativação descontrolada de vias de sinalização celular e contribuindo para o desenvolvimento da LMC.
A detecção do cromossomo Philadelphia é realizada por análise citogenética, que permite visualizar essa translocação característica por meio de técnicas como cariótipo e hibridização in situ fluorescente (FISH).
O tratamento da LMC frequentemente envolve inibidores da tirosina quinase, como o imatinibe, que têm como alvo a proteína BCR-ABL1, bloqueando sua atividade e controlando a progressão da doença.
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