A melhora da aptidão, na maioria dos casos, neutraliza o aumento das mortes associadas à hipertensão. Mesmo em situações em que o exercício físico não estabiliza a pressão arterial, o trabalho aeróbico contribui com a saúde, em geral, de forma independente.
Você é um profissional da área de educação física e está iniciando um treinamento personalizado com uma aluna de 45 anos de idade, sedentária até então, com obesidade e dislipidemia e diagnosticada com hipertensão. Responda aos seguintes questionamentos:
Como o coração consegue ficar menos sobrecarregado, quando o indivíduo pratica exercício aeróbio por tempo prolongado? E quais exercícios aeróbios são recomendados nesse caso?
Padrão de resposta esperado
O exercício aeróbio por tempo prolongado reduz a pressão arterial em repouso, diminuindo o esforço do ventrículo esquerdo na ejeção do sangue, para a circulação sistêmica. No exercício submáximo também é observada a diminuição da pressão arterial, entretanto, em intensidade alta, a pressão arterial tende a permanecer ou elevar-se, aumentando, também, o esforço do ventrículo esquerdo. Com exceção dos atletas, pouco tempo é gasto no exercício aeróbio em intensidade máxima, portanto poucas consequências são relatadas nessa situação.
Na hipertensão, para atingir e manter efeitos positivos com o exercício aeróbio, são recomendadas sessões diárias de no mínimo 30 minutos, com intensidade moderada, bem como progressão gradual e cuidadosa monitorização da frequência cardíaca e pressão arterial antes, durante e após os treinos. As opções de exercício para pessoas que, além de hipertensas, também sejam obesas e portadoras de dislipidemia incluem caminhadas e bicicletas estacionárias; na presença de comprometimentos articulares, os exercícios podem ser feitos na água para menor sobrecarga biomecânica. Além disso, é necessário cuidado com a terapia farmacológica e acompanhamento nutricional (ACSM, 2014; MCARDLE, 2018).