Jacobina é um homem de 45 anos, de origem humilde. Conseguiu subir na vida por conta da nomeação militar. Certo dia estava com quatro amigos em uma casa debatendo sobre alma, universo e outros assuntos. Ele porém, se mantinha calado, parecendo não estar muito interessado no assunto. Quando um dos presentes exige que ele dê sua opinião, Jacobina diz que irá contar sobre um episódio de sua vida. Ele pretendia defender sua teoria de que cada pessoa possui duas almas. Uma exterior e outra interior.
Aos 25 anos, Jacobina foi nomeado alferes da guarda nacional, o que lhe garantiu uma mudança significativa financeiramente. Sua família passou a elogiar; se orgulhar dele, agora “Sr. Alferes”. Um dia sua tia chama ele para ir até o sítio onde ela morava. Por conta do status de seu sobrinho, ela lhe oferece um grande espelho. Proveniente da família real portuguesa, e o coloca no quarto destinado a Jacobina. A partir de então tudo mudou em sua vida. A percepção que tinha de si mesmo passou a ser aquela de pessoas ao seu redor. E a pessoa que Jacobina era já não mais existia.
Pouco tempo depois de chegar ao sítio, tia de Jacobina saiu de viagem. Aproveitando a ausência dela, os escravos fugiram. Jacobina ficou sozinho no sítio. Assim, passou os dias nas sombras da solidão. Angustiado por ter perdido a sua “alma exterior”, fruto da imagem que os outros faziam dele. Em certo momento ele decide olhar o espelho. Percebe que a imagem ali refletida estava corrompida, difusa. Assim como a imagem que ele fazia de si mesmo na ausência dos outros.
Não conseguindo enxergar a si mesmo com nitidez, Jacobina resolve vestir sua farda e se olhar no espelho. Dessa vez a imagem refletida era nítida e com clareza de detalhes, de contornos. Recuperando, assim, a “alma exterior” que preenchia sua “alma interior”, Jacobina conseguiu evitar a solidão nos dias que se passaram. Terminado o relato de sua história, Jacobina vai embora e deixa seus amigos em um silêncio reflexivo.
Neste conto são expressos temas chaves de papéis avulsos. Ser versus parecer. ‘Cara limpa’ versus rosto com máscara. Vida pública versus vida íntima, etc. Através de aguda análise do comportamento humano, Machado de Assis expõe que nossa “alma externa”, ligada ao status e prestígio social, à imagem que os outros fazem de nós, é muito mais importante do que a nossa “alma interna”, nossas personalidades.
Todas personalidades humanas são resultantes de somatórias de “almas internas” com “almas externas”. Se aceita algo ‘externo’ por ser capaz ‘internamente’. Se tornando capaz ‘externamente’ para aceitar outras possibilidades ‘internas’.
Explicação:
Entenda mais sobre Machado de Assis https://brainly.com.br/tarefa/7387504
maiameria8
uma autoavaliação sobre si próprio diante do significa de alma interna e externa, isso que estou querendo dizer...
ClaudioAmaro
Todas personalidades humanas são resultantes de somatórias de “almas internas” com “almas externas”. Se aceita algo ‘externo’ por ser capaz ‘internamente’. Se tornando capaz ‘externamente’ para aceitar outras possibilidades ‘internas’.
ClaudioAmaro
Acredito que sou fruto do que me move subjetivamente somado com que me afeta culturalmente.
ClaudioAmaro
Sendo coexistências. Tudo afetando ao ser afetado.
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Resposta:
Jacobina é um homem de 45 anos, de origem humilde. Conseguiu subir na vida por conta da nomeação militar. Certo dia estava com quatro amigos em uma casa debatendo sobre alma, universo e outros assuntos. Ele porém, se mantinha calado, parecendo não estar muito interessado no assunto. Quando um dos presentes exige que ele dê sua opinião, Jacobina diz que irá contar sobre um episódio de sua vida. Ele pretendia defender sua teoria de que cada pessoa possui duas almas. Uma exterior e outra interior.
Aos 25 anos, Jacobina foi nomeado alferes da guarda nacional, o que lhe garantiu uma mudança significativa financeiramente. Sua família passou a elogiar; se orgulhar dele, agora “Sr. Alferes”. Um dia sua tia chama ele para ir até o sítio onde ela morava. Por conta do status de seu sobrinho, ela lhe oferece um grande espelho. Proveniente da família real portuguesa, e o coloca no quarto destinado a Jacobina. A partir de então tudo mudou em sua vida. A percepção que tinha de si mesmo passou a ser aquela de pessoas ao seu redor. E a pessoa que Jacobina era já não mais existia.
Pouco tempo depois de chegar ao sítio, tia de Jacobina saiu de viagem. Aproveitando a ausência dela, os escravos fugiram. Jacobina ficou sozinho no sítio. Assim, passou os dias nas sombras da solidão. Angustiado por ter perdido a sua “alma exterior”, fruto da imagem que os outros faziam dele. Em certo momento ele decide olhar o espelho. Percebe que a imagem ali refletida estava corrompida, difusa. Assim como a imagem que ele fazia de si mesmo na ausência dos outros.
Não conseguindo enxergar a si mesmo com nitidez, Jacobina resolve vestir sua farda e se olhar no espelho. Dessa vez a imagem refletida era nítida e com clareza de detalhes, de contornos. Recuperando, assim, a “alma exterior” que preenchia sua “alma interior”, Jacobina conseguiu evitar a solidão nos dias que se passaram. Terminado o relato de sua história, Jacobina vai embora e deixa seus amigos em um silêncio reflexivo.
Neste conto são expressos temas chaves de papéis avulsos. Ser versus parecer. ‘Cara limpa’ versus rosto com máscara. Vida pública versus vida íntima, etc. Através de aguda análise do comportamento humano, Machado de Assis expõe que nossa “alma externa”, ligada ao status e prestígio social, à imagem que os outros fazem de nós, é muito mais importante do que a nossa “alma interna”, nossas personalidades.
Todas personalidades humanas são resultantes de somatórias de “almas internas” com “almas externas”. Se aceita algo ‘externo’ por ser capaz ‘internamente’. Se tornando capaz ‘externamente’ para aceitar outras possibilidades ‘internas’.
Explicação:
Entenda mais sobre Machado de Assis https://brainly.com.br/tarefa/7387504