mateuseds
O Canal de Suez é uma das vias marítimas mais importantes do mundo e um dos grandes focos da economia do Egito. É o eixo de união entre o Oriente e Ocidente (tem 163 Km de extensão e 70 metros de largura). Aqui temos uma situação interessante: de um lado está o continente asiático (isso mesmo, Ásia), do outro lado está a África. Este canal, construído a partir de 1859 (foram 10 anos de obras, utilizando 1,5 milhão de trabalhadores), possibilitou a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Os navios que usam essa rota têm de atravessar o canal e, claro, pagar altas taxas de "pedágio". Caso contrário, tem que dar a volta pelo sul do continente africano, dobrar o Cabo da Boa Esperança (literalmente falando), e tornar a subir para chegar aos países asiáticos (através do Oceano Índico). Não há dúvidas que a localização geográfica da Somália dá a este país uma grande importância estratégica. A abertura do Canal de Suez, em 1869, fez com que a região passe a ter vital importância para as potências coloniais européias. A passagem do Oceano Indico para o Mar Vermelho e, conseqüentemente, para o Canal de Suez, através do Golfo de Aden, obrigatoriamente era feita entre o que viria a ser o Djibuti francês e o Iêmen, que nesta época eram parte do Império Otomano. Em 1875, a Grã-Bretanha tornou-se a principal acionista da Companhia Universal do Canal Marítimo de Suez. Londres apressou-se para estabelecer relações com os “vizinhos do Canal” e garantir sua segurança, embora dividindo essa tarefa com outras potências européias, que teriam apenas a lucrar com o auxílio a Londres. No outro extremo, o Império Otomano, em 1877, entrou em guerra com a Rússia, recebendo ajuda e apoio dos britânicos, que assim garantiam um aliado no outro lado da entrada do Golfo de Aden.
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KichiroO Canal de Suez é uma das vias marítimas mais importantes do mundo e um dos grandes focos da economia do Egito. É o eixo de união entre o Oriente e Ocidente (tem 163 km de extensão). Situado em terras do Egito, no istmo que une a África à Ásia.
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Este canal, construído a partir de 1859 (foram 10 anos de obras, utilizando 1,5 milhão de trabalhadores), possibilitou a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Os navios que usam essa rota têm de atravessar o canal e, claro, pagar altas taxas de "pedágio".
Caso contrário, tem que dar a volta pelo sul do continente africano, dobrar o Cabo da Boa Esperança (literalmente falando), e tornar a subir para chegar aos países asiáticos (através do Oceano Índico).
Não há dúvidas que a localização geográfica da Somália dá a este país uma grande importância estratégica.
A abertura do Canal de Suez, em 1869, fez com que a região passe a ter vital importância para as potências coloniais européias. A passagem do Oceano Indico para o Mar Vermelho e, conseqüentemente, para o Canal de Suez, através do Golfo de Aden, obrigatoriamente era feita entre o que viria a ser o Djibuti francês e o Iêmen, que nesta época eram parte do Império Otomano. Em 1875, a Grã-Bretanha tornou-se a principal acionista da Companhia Universal do Canal Marítimo de Suez. Londres apressou-se para estabelecer relações com os “vizinhos do Canal” e garantir sua segurança, embora dividindo essa tarefa com outras potências européias, que teriam apenas a lucrar com o auxílio a Londres. No outro extremo, o Império Otomano, em 1877, entrou em guerra com a Rússia, recebendo ajuda e apoio dos britânicos, que assim garantiam um aliado no outro lado da entrada do Golfo de Aden.