Antropologia e Educação constituem hoje, um campo de confrontação em que a compartimentação do saber atribui à Antropologia a condição de Ciência e a Educação, a condição de prática. Dentro dessa divergência primordial, profissionais de ambos os lados se acusam e se defendem com base em pré-noções, práticas reducionistas e muito desconhecimento. Muitas coisas separam antropólogos e educadores, mas muitas outras os une [...] o que há de comum e de diferente em ambas as áreas com base na existência de um diálogo do passado que possibilite um diálogo futuro. Considera-se assim, a possibilidade de superação dos preconceitos e, neste sentido, apontar para um avanço do conhecimento. (GUSMÃO, 1997) Considerando este excerto e como é difícil, de partida, o ato de se colocar no “lugar do outro” e, neste caso, como aventura complicada se não for bem fundamentada, leia atentamente as seguintes afirmações:

I - O papel do educador no diálogo com a Antropologia não pode prescindir de lições metodológicas como as elaboradas pela Escola Culturalista, ou ainda por Malinowski, o “Pai da Antropologia Social”, que aponta caminhos a serem seguidos, onde o pesquisador deve se colocar no lugar do outro e enxergar o mundo com o “olhar do outro”.

II - Enxergar o mundo com o “olhar do outro” é um obstáculo não muito complicado de ser transposto, uma vez que a constituição do mundo ocidental se deu justamente a partir da abertura para a liberdade e alteridade.

III - Enxergar o mundo com o “olhar do outro” seria um obstáculo não muito complicado de ser transposto se se buscar conhecer melhor o que lhe é estranho e com isso se beneficiar do diálogo interdisciplinar para enriquecer o seu conhecimento.

É VERDADEIRO o que se afirma em
a. III, apenas.
b. I, apenas.
c. I, II e III.
d. II, apenas.
e. I e III, apenas.
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