Após sofrer pressão popular , a Alemanha decidiu que não construíra mais usinas nucleares. Como se posiciona o Brasil sobre a energia nuclear?
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RenanSantos12Enquanto a Alemanha suspendeu a decisão de ampliar vida útil de usinas nucleares e os Estados Unidos passaram a reavaliar a construção de uma nova usina, durante a semana, autoridades do governo brasileiro indicaram que o programa local não será afetado.O primeiro a se manifestar foi José Sarney, presidente do Senado. Ele declarou que o país deve reavaliar os investimentos destinados à energia nuclear. Sarney disse que “a natureza tem suas próprias vontades”, e por isso o Brasil deve levar em consideração que os riscos sempre existem, ainda que o país não tenha apresentado nenhum sinal de tremor semelhante como o registrado no Japão.Na contramão das declarações de Sarney, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, afirmaram que o país manterá o projeto de construção de usinas nucleares (quatro, até 2030), seguindo criteriosamente todas as atualizações nas medidas de segurança disponíveis. “Angra 1 e Angra 2 são mais seguras do que a usina de Fukushima, no Japão”, disse Mercadante, que foi escalado pelo governo para dar explicações à população e tentar conter os ânimos contra a energia nuclear. “Não temos nenhuma necessidade de revisar nada, a não ser aprender com o que aconteceu lá”, disse Lobão. Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, é a casa da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto – da qual as usinas de Angra 1, Angra 2 e Angra 3 (em construção, após ficar com as obras paradas por mais de 20 anos) fazem parte. Kuramoto, da Aben, explica que essas instalações estão preparadas para passar por um terremoto de até 6,5 graus na escala Richter e serem atingidas por ondas de sete metros. “Ainda assim, as condições geológicas da região mostram que é quase impossível que algo semelhante aconteça na região de Angra”.
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