Com Aristóteles, essência designa apenas a definição de uma substância, que é, esta sim, a realidade verdadeira: o real existe apenas sob a forma das substâncias individuais, ou entes singulares: este homem, este cavalo, estes cosmos, este Deus. As espécies - coleções de substâncias que têm logicamente a mesma essência - não são irreais, mas constituem uma forma deficiente, ou derivada, de realidade, a "substância segunda".
A reflexão sobre a essência constitui um tema importante da filosofia medieval, na medida em que o uso aristotélico do termo colidia com o conceito cristão de Deus: como Ser absoluto e eterno, Deus só pode ser concebido como existente; logo, sua essência não pode ser pensada independentemente da sua existência. O termo essência, portanto, não significava a mesma coisa quando aplicado às criaturas e a Deus.
Lista de comentários
Resposta:
Com Aristóteles, essência designa apenas a definição de uma substância, que é, esta sim, a realidade verdadeira: o real existe apenas sob a forma das substâncias individuais, ou entes singulares: este homem, este cavalo, estes cosmos, este Deus. As espécies - coleções de substâncias que têm logicamente a mesma essência - não são irreais, mas constituem uma forma deficiente, ou derivada, de realidade, a "substância segunda".
A reflexão sobre a essência constitui um tema importante da filosofia medieval, na medida em que o uso aristotélico do termo colidia com o conceito cristão de Deus: como Ser absoluto e eterno, Deus só pode ser concebido como existente; logo, sua essência não pode ser pensada independentemente da sua existência. O termo essência, portanto, não significava a mesma coisa quando aplicado às criaturas e a Deus.