As estratégias de reabilitação devem ser executadas de forma individualizada, tendo como objetivo a independência e autonomia, melhor adaptação e qualidade de vida. Nesse contexto, os pressupostos básicos do processo de reabilitação das pessoas que tiveram um Traumatismo Cranioencefálico (TCE) são:
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a. O reconhecimento das múltiplas incapacidades resultantes do TCE, envolvendo aspectos físicos, cognitivos, linguísticos e emocionais/comportamentais, que, para serem adequadamente abordadas, devem ser orientadas por uma abordagem biopsicossocial, interdisciplinar, centrada na pessoa e que promova a participação familiar.
b. O reconhecimento das múltiplas incapacidades resultantes do TCE, com os aspectos físicos sendo considerados os mais evidentes e importantes para a independência funcional a longo prazo e devendo ser considerados o eixo norteador das ações da equipe interdisciplinar que está envolvida no processo de reabilitação da pessoa com sequelas do TCE.
c. O reconhecimento das alterações de atenção, memória e função executiva como as mais comumente encontradas após o TCE, que requerem abordagem focal específica da equipe interdisciplinar para impactar na saúde e na funcionalidade ao longo do processo de recuperação e de aquisição de independência e autonomia. As alterações de atenção, memória e função executiva são, de uma forma geral, as mais comumente encontradas após o TCE. Dada a complexidade destas alterações e o seu impacto em diversos aspectos da saúde e funcionalidade do indivíduo, uma abordagem focal específica da equipe interdisciplinar não é capaz de contribuir de forma efetiva e global para a recuperação das incapacidades. Na presença de distúrbios prioritariamente em uma área, considerando as demandas e o contexto do paciente, pode haver o acompanhamento mais próximo de determinados profissionais da equipe durante uma fase do processo de reabilitação, os quais se tornam gestores do caso. As ações desses profissionais, direcionadas a prioridades determinadas com a participação de toda a equipe, podem ser otimizadas conjuntamente com a participação de mais de um profissional, com olhar simultâneo de diferentes áreas, o que contribui para observação de potencialidades e de processos de tomada de decisão mais embasados e assertivos.
d. O reconhecimento das deficiências físicas causadas pelo TCE como o foco norteador do processo de avaliação e de tomada de decisão clínica pela equipe interdisciplinar, que deve determinar as prioridades no tratamento proposto, objetivando uma melhora da saúde, da funcionalidade e da qualidade de vida.
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A resposta correta é a opção A.
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O TCE é uma doença heterogênea, com diferentes níveis de gravidade, que comumente resulta em múltiplas incapacidades, envolvendo aspectos físicos, cognitivos, linguísticos e emocionais/comportamentais. Os processos de avaliação, cuidado e reabilitação da pessoa que teve um TCE devem ser fundamentados em princípios que definem a saúde de forma mais ampla, como o modelo biopsicossocial preconizado pela Organização Mundial de Saúde, envolver uma equipe interdisciplinar, constituída por diferentes área de especialização, conduzido de forma centrada na pessoa, que deve ser envolvida ativamente em todos os processos, sendo a família parte integrante desta equipe, pois esta traz consigo conhecimentos sobre a pessoa, seu cotidiano e sua participação.