Desde o início da agricultura, espécies, de praticamente todos os grupos taxonômicos, têm sido transportadas, pelos homens, para além das barreiras naturais que delimitavam sua distribuição original. Este transporte de espécies tomou escala global após o início das grandes navegações ao redor do mundo, definido pelo retorno de Colombo à Europa, em 1492, após descobrir as Américas. Desde então, o transporte de espécies vem ocorrendo pelos mais diversos motivos, principalmente para produção de alimento e outros usos comerciais, como paisagismo e criação de animais de estimação e até mesmo para fins ambientais. Além destes transportes intencionais de espécies, há aqueles que acontecem sem intenção direta ou de forma acidental. Uma troca de espécies vem crescendo continuamente entre diversas regiões do globo, tendo, provavelmente, dado saltos com a revolução industrial, a revolução verde, e atualmente, com a globalização. Um exemplo clássico, foi a invasão do figo-da-índia, que em 1839, foi introduzido um único exemplar de uma cactácea originária da América do Sul que, até então, não existia na Austrália. Essa planta proliferou intensamente e, em pouco tempo, ocupou terras antes utilizadas para a pecuária nesse país. Após inúmeras tentativas fracassadas de combate à planta, em 1925, introduziu-se na Austrália uma pequena borboleta, cujas larvas alimentam-se do caule do figo-da-índia. Como consequência, as plantas foram destruídas quase no mesmo ritmo com que haviam proliferado inicialmente. Leia atentamente as afirmações abaixo e com relação ao controle biológico, assinale a alternativa correta. I. Ao introduzir espécies inexistentes, num dado país, em ecossistemas naturais, o homem pode alterar o equilíbrio destes, levando, inclusive, à extinção de algumas espécies. II. A rápida proliferação do figo-da-índia, no continente australiano, foi resultado da adaptação da planta às condições locais e da ausência de inimigos naturais, ou seja, carnívoros. III. O controle biológico pode apresentar mais eficácia no controle de pragas que o emprego de agrotóxicos. IV. O controle biológico mais eficiente seria a introdução de parasitas, ao invés de predadores, para eliminar pragas naturais, pois, os parasitas são mais específicos do que os predadores. Sendo mais inespecíficos os predadores, podem eliminar a praga, mas também outros seres vivos úteis à comunidade.
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