- Reforma propõe venda de usinas e aumento de tarifa. - Um terço dos aposentados precoces trabalha

CLIPPING DE 06/07/2017

- Reforma propõe venda de usinas e aumento de tarifa Mesmo na corda bamba, o governo deu início ontem à maior reforma do setor

Author Malu de Andrade Câmara

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CLIPPING DE 06/07/2017

- Reforma propõe venda de usinas e aumento de tarifa Mesmo na corda bamba, o governo deu início ontem à maior reforma do setor elétrico desde 2012, quando a ex-presidente Dilma .............................

- Um terço dos aposentados precoces trabalha Um em cada três aposentados com menos de 60 anos no Brasil continua trabalhando. Dados da Pesquisa ...................................................................

- Risco de uma guerra global do aço paira sobre cúpula do G-20 China e EUA protagonizam novo confronto sobre o comércio de aço, na preparação do G-20 que, se prosseguir ........................................................

- O problema é a receita e não o teto Em 2018, o espaço orçamentário que o governo terá para aumentar o gasto, na comparação com este ano, pode ultrapassar ................................

- MME enfrenta resistências para testar exploração não convencional de óleo e gás De volta à pauta do governo, a exploração não convencional de óleo e gás sofreu um novo revés na Justiça. Enquanto o Ministério ...............................

- Maduro retira o pouco poder que restava às oposições A crise venezuelana caminha para um ponto de não retorno. Se o governo de Nicolás Maduro levar até o fim a eleição de .............................................

- O futuro da indústria Murchou, infelizmente, a esperança de retomada firme da economia. As expectativas de crescimento do PIB ..............................................................

- Governo avalia futuro da Transnordestina

O futuro da Transnordestina deverá ser traçado em meados de agosto. É quando um grupo de trabalho montado .........................................................

- Robotizada, usina revela nova cultura da Gerdau A temperatura está próxima de 1.565 graus Celsius e o local é fechado. Máquinas do tamanho de um edifício de dois andares ..................................

- Brasil Brokers espera mais negócios no 2º semestre A Brasil Brokers segunda maior rede de imobiliárias do país avalia que há sinais de que o fechamento ...........................................................................

- Petrobras pode exportar derivados do Comperj Parte da produção futura de combustíveis da refinaria do Comperj, em Itaboraí (RJ), será exportada, caso a Petrobras e a chinesa .........................

- Já pensou num plano B para sua carreira? Especialista aponta qual o melhor momento para repensar sua vida profissional.....................................................................................................

- Comissão prevê mais de 40 horas de debate sobre denúncia contra Temer Na próxima segunda-feira, o relator Sergio Zveiter deve apresentar seu parecer...........................................................................................................

- BC vai divulgar conteúdo dos votos das reuniões da diretoria Iniciativa estava prevista na Lei de Acesso à Informação (LAI) .....................

- Temer mantém acordo e pagará 13º de aposentados e pensionistas em agosto Em conversa com o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (SD-SP), na manhã desta quarta-feira, o presidente Michel Temer prometeu manter o acordo.............................................................................

- Comissão aprova adiamento da reoneração da folha para janeiro MP será analisada ainda pelos plenários da Câmara e do Senado ..............

- Pesquisa mostra que 25% dos brasileiros tiveram crédito negado em maio A crise afeta a capacidade de compras dos brasileiros e 25% dos consumidores tiveram crédito negado ...........................................................

- Dólar sobe 0,30% e vale R$ 3,32, antes da ata do Fed Ibovespa cai 0,22%, mas ações da Eletrobras disparam com rumor de venda de ativos ..............................................................................................

- Cenários alternativos e uma articulação ausente Quem valoriza a política, faz política, dedica-se a estudá-la, gosta de acompanhá-la ou simplesmente sofre ...........................................................

- Desemprego e política prejudicam perspectivas para reforma da Previdência, diz Fitch Agência de classificação de risco entende que aproximação das eleições de 2018 pode reduzir a janela política para as reformas ...............................

- Inflação das 20 maiores economias do mundo cai pelo quarto mês seguido A inflação de todas as economias desenvolvidas também caiu em maio e atingiu seu nível mais baixo neste ano ..........................................................

- Fim da „guerra fiscal‟ avança no Senado Projeto passou ontem na Comissão de Assuntos Econômicos e agora segue para votação no Plenário ....................................................................

- Veja o voto de cada senador no pedido de urgência para a reforma trabalhista Requerimento acelerou tramitação de proposta que muda 100 pontos na CLT; votação final será na próxima semana..................................................

- E AGORA, TODO MUNDO? Analisando o momento brasileiro, o setor de seguros teve um desempenho positivo, mas há mais a se considerar... ........................................................

- GASODUTO FORÇA SIBERIANA VAI COMEÇAR A ENTREGAR O GÁS PARA CHINA NO FIM DE 2019 A entrega de gás russo à China através do gigantesco gasoduto ―Força Siberiana‖ deve começar ...............................................................................

- MIT CRIA VANT QUE USA GÁS NATURAL COM UMA AUTONOMIA DE TRÊS DIAS O tempo de autonomia tem sido um grande desafio para os aviões não tripulados de ..................................................................................................

- ANP COMEÇA CONSULTA PÚBLICA SOBRE PRÉEDITAIS DAS RODADAS DE LICITAÇÕES DE PARTILHA DO PRÉ-SAL A ANP começou a realizar hoje(5) a consulta pública relativa aos préeditais e minutas ............................................................................................

- RÚSSIA E VIETNÃ ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO NUCLEAR, MAS NÃO PREVÊ CONSTRUÇÃO DE USINAS NUCLEARES A Rússia assinou um memorando de entendimento com o Vietnã para um um projeto de cooperação .............................................................................

- SIEMENS INVESTE R$ 10 MILHÕES EM MÁQUINA PARA MELHORAR PERFORMANCE DE SUA FÁBRICA DE TURBINAS A Siemens do Brasil investiu R$ 10 milhões em uma nova Mandrilhadora para modernizar .............................................................................................

- REGNIER FECHA CONTRATO COM EMPRESA DO MERCADO DE FPSOS E PLANEJA EXPANSÃO TERRITORIAL NO BRASIL O momento de crise da nossa economia não assustou a fabricante francesa de cilindros hidráulicos ....................................................................

- Vai de hoje (05) até 21 de julho consulta pública relativa aos pré-editais e minutas dos contratos das 2ª e 3ª Rodadas A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocambustíveis (ANP) realiza entre hoje (5/7) e 21 de julho a consulta ........................................................

- Brent estabiliza próximo dos US$ 50 O Brent aumentou por nove dias seguidos e é o maior período de ganhos desde julho de 2009. .....................................................................................

- Emprego reaquece e cria 73 mil novas vagas em maio para candidatos jovens O mercado de trabalho para os jovens está reaquecendo e novas oportunidades de emprego estão surgindo....................................................

- Odebrecht Agro comemora 10 anos de atuação

A diretoria da UDOP parabeniza a Odebrecht Agroindustrial pela comemoração de seus 10 anos de atuação, ocorrida ...................................

- Rio Amazonas: Global Water Summit incentiva diálogo intersetorial e voltado para ação Foi navegando pelo Rio Amazonas, uma das principais bacias de água de doce do país, que representantes da sociedade ...........................................

- Santander vai lançar estratégia para crédito imobiliário com juro abaixo de 10% e processo pelo Objetivo do aplicativo é reduzir o tempo de concessão do crédito celular imobiliário.......................................................................................................

- Senado aprova projeto que cancela precatórios depositados há mais de 2 anos Governo pretende engordar a arrecadação para garantir o cumprimento da meta fiscal......................................................................................................

- Presidente do Santander diz que economia brasileira não está paralisada Para Sérgio Rial, aumento de vendas no varejo e a redução da taxa de juros são exemplos de desenvolvimento .......................................................

- Governo discute alternativas ao fim do imposto sindical - Maia diz a Temer que reoneração enfrentará dificuldades no plenário da Câmara Adiamento do benefício foi aprovado em comissão da Casa ........................

- Ministro comemora projeto dos precatórios e diz que decisão ajudará contas públicas Projeto de lei que permite resgate dos valores deve injetar mais de R$ 8,6 bilhões nos cofres da União...........................................................................

- A experiência afetiva de valorizar a biodiversidade Preservar o meio ambiente é um tema pelo qual todo cidadão tem simpatia. No entanto, contribuir para valorizar um dos nossos maiores patrimônios ainda é atitude para poucos convertidos. ........................................................

- Temer aceita discutir imposto sindical genérico, diz sindicalista

Em reunião, presidente teria indicado apoio à 'contribuição negocial' após fim de imposto sindical...................................................................................

- Juiz encaminha a Temer perguntas de Cunha sobre FI-FGTS Lista de ex-deputado é elaborada no âmbito de ação penal que apura liberação de recursos da Caixa .....................................................................

- Número de lançamentos de imóveis dobra, mas base ainda é pequena Levantamento da Fipe em parceria com a Abrainc mostra que lançamentos tiveram salto de 96,6% em comparação com o mesmo mês de 2016, quando protestos enfraqueceram negócios do setor; vendas cresceram 7,8%...............................................................................................................

- Governo está concluindo nova lei de recuperação judicial, diz Meirelles No Twitter, ministro da Fazenda afirma que objetivo é agilizar o processo de recuperação das empresas ......................................................................

1ª Parte: 06/07/2017

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- Reforma propõe venda de usinas e aumento de tarifa Por Camila Maia, Daniel Rittner e Rodrigo Polito

Fernando Coelho: ordem é evitar surpresas causadas pela polêmica MP 579

Mesmo na corda bamba, o governo deu início ontem à maior reforma do setor elétrico desde 2012, quando a expresidente Dilma Rousseff lançou um controverso plano de redução das contas de luz. Em um documento de 57 páginas, o Ministério de Minas e Energia propõe mudanças que serão discutidas com investidores antes do provável envio de uma medida provisória ao Congresso Nacional. A consulta pública, com propostas que praticamente desmontam o plano de Dilma,

vai durar até 4 de agosto. O esboço de reforma prevê alterações que atingem diversos pilares do marco legal. Usinas hidrelétricas da Eletrobras que tiveram suas concessões renovadas por 30 anos em 2012, com um corte em torno de 70% nos valores do megawatthora, devem ser privatizadas e poderão cobrar tarifa de mercado. Hoje elas são remuneradas apenas pelos custos de operação e manutenção. O parque gerador que entrega atualmente energia por meio de cotas às distribuidoras totaliza 14 mil megawatts (MW) de potência instalada o equivalente a quatro usinas de Jirau, no rio Madeira, situada em Rondônia. Como receberão pela venda de energia a preços de mercado, os futuros compradores das usinas terão que pagar um bônus de outorga e ganharão o direito de explorar comercialmente esses ativos por mais 30 anos. De um lado, isso ajuda nas contas públicas e no caixa da Eletrobras. A proposta contempla a divisão do dinheiro obtido em três partes iguais: um terço para o Tesouro Nacional, um terço para a estatal e um terço para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A CDE é o "superfundo" responsável pelo pagamento dos subsídios no setor, como o Programa Luz para Todos, combustíveis para termelétricas nos sistemas isolados e subvenções para a tarifa social. Considerando os valores de outorga definidos pelo governo na relicitação de usinas da Cemig, prevista para o fim deste ano, uma simulação feita pelo Valor

indica que até R$ 53 bilhões poderiam ser obtidos em bonificações com a venda das hidrelétricas hoje operadas pela Eletrobras no sistema de cotas. Essa estimativa, no entanto, não consta de nenhum documento oficial e depende de uma série de fatores como o preço efetivo da energia, financiamento e a alocação do risco hidrológico (quando se produz menos eletricidade do que o compromisso firmado em contratos de fornecimento, por causa do esvaziamento dos reservatórios). De outro lado, os consumidores não terão como escapar de uma alta nas contas de luz. Na nota técnica divulgada ontem, o ministério reconhece que esse movimento pode gerar repercussões na tarifa e oferece um aperitivo do impacto. Se todo o volume de cotas das hidrelétricas for descontratado de uma única vez e substituído por contratos com preço de R$ 200 por MWh, o reflexo seria uma alta em torno de 7%, já considerando o dinheiro que iria para a redução dos subsídios embutidos na CDE e as mudanças na alocação do risco hidrológico. O preço efetivo da energia será conhecido apenas nos editais de privatização das hidrelétricas, mas esse valor não foi mencionado por acaso. A Eletrobras obteve, em média, R$ 205 por megawatthora no mercado regulado em 2016; a tarifa nas usinas que fornecem sua eletricidade por cotas ficou em meros R$ 60. Essa está longe de ser a única mudança da reforma. Um dos pontos mais importantes é a retomada do cronograma de ampliação do mercado livre, que estava congelado desde 2002. Os critérios para a migração de consumidores do mercado regulado (distribuidoras) para o livre (onde têm liberdade de escolha no fornecimento) vão ser flexibilizados paulatinamente até 2028 dos atuais 3 MW de demanda mínima, chegarão a até 75 kilowatts. Outro aspecto é a possibilidade de rescisão dos contratos de térmicas "sujas", movidas a óleo e localizadas principalmente na região Nordeste, com custo de funcionamento muito alto. Estima-se que elas somem pelo menos mil MW de capacidade. A idéia é descontratá-las voluntariamente e abrir espaço para fontes limpas, como eólica e solar. O governo promete ficar de ouvidos abertos para sugestões dos investidores. "Nada está escrito em pedra e o objetivo da consulta é justamente escutar todos, internalizando comentários e aprimorando [o texto]", diz o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso. Ele cita a disposição do ministro Fernando Coelho Filho em incorporar contribuições durante esse processo, evitando as surpresas causadas pela MP 579, a polêmica medida provisória assinada por Dilma.

"As mudanças não podem ser feitas correndo. É importante haver um cronograma", afirma o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, Nivalde de Castro. "A metodologia adotada é muito boa. Primeiro, foram lançados os princípios [no início da semana]. Nessa conjuntura política que o país passa, isso é positivo." VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- Um terço dos aposentados precoces trabalha Por Camilla Veras Mota Um em cada três aposentados com menos de 60 anos no Brasil continua trabalhando. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2015 compilados pelo economista Rogerio Nagamine Costanzi, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que Rogério Nagamine: "Era natural esperar que o gasto previdenciário para pessoas não idosas estivesse acima do padrão"

1,4 milhão dos 4,4 milhões de aposentados com até 59 anos permanecem ativos no mercado de trabalho.

Essas aposentadorias precoces custam ao INSS aproximadamente R$ 26,9 bilhões, estima ele, com base nos desembolsos feitos em setembro de 2015, de R$ 2,1 bilhões. O volume é próximo da despesa com o programa Bolsa Família no mesmo ano. Eles correspondem a 25% dos 5,5 milhões de brasileiros que continuam empregados e recebem aposentadoria estes, por sua vez, representam 23% do número total de aposentados, 23 milhões. "São pessoas com plena capacidade laboral", ressalta o autor do levantamento.

Levando em consideração também os pensionistas com menos de 60 anos, a despesa do Brasil é o dobro da União Europeia, por exemplo. Em 2015, os beneficiários de até 54 anos custaram 1% do Produto Interno Bruto (PIB) à Previdência e aqueles entre 55 e 59 anos, outros 1,1% (2,1% no total). Na Europa, onde a proporção de pessoas nessa faixa etária é significativamente maior, as despesas chegaram a 0,6% e 0,5% do PIB (1,1% no total), nessa ordem. Um em cada cinco brasileiros que recebem aposentadoria ou pensão não é idoso. Em termos absolutos, 4,4 milhões dos 23 milhões de aposentados tinham menos de 60 anos. Entre os pensionistas, eram 2,4 milhões entre um total de 7,3 milhões. "Como o Brasil tem regras que permitem aposentadorias precoces, era natural esperar que o gasto previdenciário para pessoas não idosas estivesse acima do padrão internacional", ele afirma. Mais do que isso, Nagamine chama atenção para a expectativa de queda das despesas com essa rubrica entre os países europeus. Conforme o "Annual Ageing Report" de 2015, que ele usou como base para a comparação, a estimativa é que, devido às reformas feitas nos últimos anos, o continente esteja gastando apenas 0,6% do PIB com benefícios para aqueles com menos de 60 anos em 2060. No Brasil, as chamadas aposentadorias precoces são favorecidas pela regra que permite que o trabalhador com 35 anos de contribuição dê entrada no benefício, independentemente da idade. No regime geral, válido para os contratados via CLT, uma em cada cinco mulheres que se aposentam por tempo de contribuição tem menos de 50 anos e duas em cada três, menos de 55 anos. No caso dos homens, tomando como base os dados de 2015 do INSS, quase metade se aposentou com menos de 55 anos e 84,4%, com menos de 60. A proposta de reforma em discussão no Congresso o substitutivo dos deputados ao texto enviado pelo governo em dezembro estabelece idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres. Esses limites, entretanto, vão ser alcançados ao longo de aproximadamente 20 anos, quando deve se fechar a janela aberta pelo período de transição. A regra fixada pelos parlamentares permite que os brasileiros se aposentem aos 53 anos, para as mulheres, e aos 55 anos, para os homens, caso cumpram 35 anos de contribuição e um "pedágio" de 30% sobre o intervalo que falta para que esses 35 anos sejam atingidos, a contar a partir da promulgação da lei. Esses limites crescem um ano a cada dois. No médio prazo, o aumento da idade média de aposentadoria vai fazer com que os brasileiros fiquem por mais tempo no mercado. Para Nagamine, essa mudança estrutural não deve pressionar a taxa de desemprego. Em sua

avaliação, só deve crescer a demanda por trabalhadores experientes e mais qualificados grupo que tende a ganhar corpo entre os mais velhos das novas gerações, que já têm escolaridade média maior do que a dos pais e avós. "É só olhar para a taxa de desemprego para a faixa com mais de 50 anos", concorda José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e o economista da Opus Gestão de Recursos. Para ele, esses trabalhadores não terão dificuldade para se manter por mais tempo no mercado de trabalho. Entre os brasileiros que têm entre 55 e 64 anos, a taxa de desemprego foi de 3,6% em 2015, quase seis pontos percentuais inferior à média nacional no período, 9,4% Entre os jovens de 16 a 24 anos, a taxa de desocupação chegou a expressivos 22,8%, conforme o levantamento feito pelo economista do Ipea. A esse fator, o professor da FEAUSP Helio Zylberstajn acrescenta que o crescimento cada vez mais lento da população, que conta com famílias menores do que nas décadas passadas, tende por si só a reduzir a oferta de mão de obra. Uma participação maior dos trabalhadores mais velhos, portanto, seria um caminho para suavizar os efeitos negativos do fim do bônus demográfico. Os economistas Fernando de Holanda Barbosa Filho e Bruno Ottoni, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IbreFGV), ressaltam que a aposentadoria prematura pode ainda incentivar os trabalhadores a ajustar a conduta em pelo menos duas dimensões com potenciais efeitos deletérios sobre a renda agregada a migração para a inatividade, com impacto negativo sobre a arrecadação do sistema previdenciário, ou para ocupações que reduzam o salário, diminuindo o número de horas de serviço, por exemplo. Eles trataram sobre o assunto em nota técnica no Boletim Mercado de Trabalho do Ipea. Usando dados da Pnad de 2014, os autores calcularam que a obtenção prematura do benefício previdenciário gera perda de pelo menos 0,3% da renda agregada, percentual que poderia chegar a 0,7%. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- Risco de uma guerra global do aço paira sobre cúpula do G-20 Por Assis Moreira China e EUA protagonizam novo confronto sobre o comércio de aço, na preparação do G-20 que, se prosseguir, poderá acabar afetando o Brasil, segundo maior exportador do produto para os EUA. A tensão subiu entre os dois países na preparação da reunião de líderes das 20 maiores economias mundiais, que ocorre amanhã e sábado em Hamburgo (Alemanha). O Valor apurou que Washington ameaça adotar uma ação unilateral para barrar a entrada de aço chinês nos EUA, se Pequim continuar a não respeitar o compromisso coletivo assumido no G-20. Acusada pelos EUA e a Europa de vender aço a preço abaixo do custo, devido ao seu excesso de capacidade, a China aceitou no ano passado a criação de um grupo de trabalho internacional para atenuar o problema de excesso de produção e demanda modesta. Mas até agora Pequim não concordou em dar informações sobre a capacidade de produção de aço por usina. Alguns países tentam fixar o prazo para agosto, mas a China não aceita o compromisso. Os EUA então disseram que só restará obter o reequilíbrio no setor por uma ação unilateral. Como pano de fundo, há a ameaça do governo de Donald Trump de frear importações de aço por razões de segurança nacional, o que pode abalar ainda mais o já turbulento sistema multilateral de comércio. A China, sozinha, responde por metade da produção de aço global e prometeu publicamente reduzir sua capacidade entre 100 milhões e 150 milhões de toneladas, de um total de 1,2 bilhão de toneladas até 2020, o que suprimiria 1,8 milhão de empregos no setor siderúrgico. O premiê chinês, Li Keqiang, chegou a anunciar a redução de 50 milhões de ton para 2017. Mas um estudo da ONG Greenpeace com um escritório chinês concluiu que, ao contrário do prometido, os chineses elevaram sua capacidade de produção em 36,5 milhões de ton em 2016, equivalente ao dobro da produção anual do Reino Unido.

O problema é que o governo central em Pequim anuncia fechamento de siderúrgicas, mas as indústrias e autoridades locais resistem fortemente, diante do impacto econômico e social da medida. O Brasil espera que seja evitado um confronto global no aço, porque seria muito atingido, como segundo maior exportador do produto para o mercado americano. Sem surpresa, persistem divergências no G-20 sobre clima e comércio. Os EUA, que antes defendiam um prazo para o fim dos subsídios para combustível fóssil, parecem agora apoiar a posição contrária de Arábia Saudita e Rússia. O presidente Trump chega hoje em Hamburgo. Ele prometeu "ajudar" a anfitriã, a premiê alemã Angela Merkel, a ter uma cúpula bem sucedida. Não se sabe bem como. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- O problema é a receita e não o teto Por Ribamar Oliveira Em 2018, o espaço orçamentário que o governo terá para aumentar o gasto, na comparação com este ano, pode ultrapassar R$ 83 bilhões. Não haverá, portanto, problema para acomodar as despesas dentro do teto instituído pela emenda constitucional 95. O problema será de outra natureza. A área econômica não está certa se terá receita suficiente para cobrir a elevação dos gastos e, ao mesmo tempo, cumprir a meta fiscal, admitem fontes credenciadas do governo, ouvidas pelo Valor. É preciso observar, em primeiro lugar, que o limite do gasto para 2018 será o limite fixado para 2017, corrigido pela inflação do período de julho de 2016 a junho de 2017. O mercado projeta inflação de 3,08% para o período, de acordo com o boletim Focus, editado pelo Banco Central. Como o limite deste ano foi de R$ 1.301,8 bilhões, o limite para o próximo ano deverá ficar em R$ 1.341,8

bilhões, nesta hipótese para a inflação. Haveria, portanto, um aumento de cerca de R$ 40 bilhões no limite. A questão que precisa ser entendida é que o governo vai gastar bem menos do que o limite fixado para 2017. Isto ocorrerá porque, com a queda da arrecadação, o governo foi obrigado a fazer um contingenciamento das dotações orçamentárias para cumprir a meta fiscal fixada para este ano. Inicialmente, o corte foi de R$ 42,1 bilhões. Depois, o contingenciamento foi reduzido para R$ 39 bilhões. Por causa do corte, o relatório de avaliação de receitas e despesas relativo ao segundo bimestre estimou que a despesa total do governo neste ano ficará em R$ 1.290 bilhões. Mas, deste total, é necessário excluir as despesas que não estão sujeitas ao teto. Com essa exclusão, o total do gasto deste ano ficaria em R$ 1.268 bilhões, de acordo com informação que o Tesouro Nacional enviou ao Valor. Ou seja, a previsão do governo é que a despesa sujeita ao teto será R$ 33,8 bilhões menor do que o limite fixado para este ano (R$ 1.301,8 bilhões menos R$ 1.268 bilhões). Para chegar ao teto de R$ 1.341,8 bilhões a ser definido para o próximo ano, o governo partirá de uma despesa de R$ 1.268 bilhões realizada neste ano. O espaço para o gasto, portanto, é de R$ 73,8 bilhões (R$ 1.341,8 bilhões menos R$ 1.268 bilhões) O espaço para o gasto poderá ser ainda maior, pois está sendo avaliada pelo Congresso Nacional a medida provisória que reonera a folha de pagamento das empresas de vários setores da economia. Inicialmente, o governo projetava ter redução de despesas de cerca de R$ 12 bilhões com a MP em 2018. As mudanças feitas pelo relator da MP, que excluiu alguns setores da oneração da folha, alteraram a conta e agora a equipe econômica prevê uma diminuição da despesa de cerca de R$ 10 bilhões. Assim, o espaço para o gasto seria aumentado para R$ 83,8 bilhões (R$ 73,8 bilhões mais R$ 10 bilhões). O governo ainda não está certo sobre essa redução adicional da despesa porque os parlamentares não concluíram a votação da MP. Ou o governo obtém receita extra ou eleva impostos Consultores do Congresso, especialistas em finanças públicas, estimaram, a pedido do Valor, que as quatro principais despesas obrigatórias da União (benefícios previdenciários, folha de pessoal, benefícios assistenciais e abono e seguro-desemprego) deverão apresentar um aumento de cerca de R$ 67 bilhões em 2018, na comparação com este ano. (veja tabela abaixo). Mesmo

este forte aumento do gasto será facilmente acomodado no espaço fiscal do próximo ano. A questão é saber se haverá receita para cobrir essa elevação da despesa e, ao mesmo tempo, permitir o cumprimento da meta fiscal, admitem as fontes ouvidas pelo Valor. O projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) para 2018 prevê uma receita total da União equivalente a 20,54% do PIB. Ou seja, menor do que a receita total prevista para este ano, estimada em 20,7% do PIB. É importante observar duas coisas. A primeira é que a projeção da receita para o próximo ano foi feita com a estimativa de crescimento de 2,5% da economia. São raros os economistas que acreditam que essa expansão ainda seja possível, por causa do agravamento da crise política. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu que vai rever as projeções oficiais para o crescimento da economia neste e no próximo ano. O segundo ponto é que a arrecadação deste ano foi inflada em R$ 54,9 bilhões com receitas extraordinárias, ou seja, não recorrentes. Esse montante é superior ao obtido em 2016 (R$ 47 bilhões), quando ingressou nos cofres do Tesouro uma montanha de dinheiro da chamada "repatriação de recursos". Se o governo não conseguir uma receita extraordinária equivalente, pelo menos, à deste ano, ele será obrigado a obter uma arrecadação de tributos muito mais elevada do que está previsto no PLDO. Ou seja, terá que propor elevação de alíquotas ou criação de impostos. Outra dificuldade a ser enfrentada é que o déficit primário para a União (Tesouro, Previdência, BC e estatais federais) previsto para 2018 (R$ 132,5 bilhões) é R$ 10 bilhões menor do que o de 2017 (R$ 142 bilhões). O cenário fiscal que está colocado para o próximo ano é de forte elevação das despesas obrigatórias, redução da receita em proporção do PIB e melhora do déficit primário. Como está colocada, a equação não fecha. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- MME enfrenta resistências para testar exploração não convencional de óleo e gás Por André Ramalho De volta à pauta do governo, a exploração não convencional de óleo e gás sofreu um novo revés na Justiça. Enquanto o Ministério de Minas e Energia (MME) estuda o lançamento de um projeto piloto a partir de 2018, para avaliar o potencial brasileiro na área, a Justiça Federal do Paraná decidiu, no mérito, anular a assinatura do contrato de concessão de 11 blocos exploratórios da Bacia do Paraná, arrematados em 2013, na 12ª rodada, o primeiro leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP) voltado para a descoberta de recursos não convencionais. A decisão, da 1ª Vara Federal de Cascavel, anulou as concessões do setor SPARCS, que concentrava blocos operados pela Petrobras e Petra Energia, em sociedade com outras empresas, como a Cowan, Copel, Bayar e Tucumann, sócias minoritárias nos projetos. A Justiça paranaense também determinou que a ANP se abstenha de realizar novas licitações e a celebrar contratos de concessão nas áreas da Bacia Paraná (do setor SPARCS), sem a realização prévia da avaliação ambiental das áreas. Esta não é a única ação contrária à exploração de gás não convencional nas áreas arrematadas na 12ª rodada. Ações públicas ajuizadas pelo Ministério Público Federal também tentam impedir a exploração não convencional, a partir do uso da técnica de fraturamento hidráulico, nas bacias de SergipeAlagoas, Recôncavo (na Bahia) e Parnaíba (no Piauí). Na Justiça Federal da Bahia, por exemplo, uma liminar suspendeu os efeitos da 12ª rodada, no Recôncavo, "enquanto não houver prévia regulamentação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e não for realizada a Avaliação Ambiental de Áreas Sedimentares". Além das ações na Justiça Federal, de acordo com as organizações não governamentais Coalização Não Fracking Brasil (Coesus) e 350.org Brasil, que combatem a exploração não convencional, já existem no país cerca de 350 municípios que já proibiram, por lei, o uso da técnica do faturamento hidráulico em seus territórios. Devido às resistências ao uso da técnica, o governo pretende iniciar, em agosto, um amplo debate sobre o uso da técnica de faturamento hidráulico no país, com representantes dos governos federal e estadual, petroleiras, ANP,

dos ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente, Desenvolvimento e o Ministério Público. Na avaliação do diretor de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural do MME, João Vicente de Carvalho, o nível da discussão sobre o assunto, no país, é "muito superficial". O governo estuda realizar, a partir de 2018, um projeto piloto para testar a exploração não convencional de óleo e gás. O MME ainda não definiu onde seria realizado o projeto-piloto, mas avalia a possibilidade de realizá-lo na Bahia. O governo também discute de que forma seria financiado o projeto. Uma das alternativas avaliadas é o uso dos recursos da cláusula de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que obriga petroleiras que operam os campos mais lucrativos a investir em P&D. "A gente acredita que há potencial [para exploração não convencional], mas temos que saber qual é esse potencial para saber se vale a pena", disse Carvalho, na semana passada. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- Maduro retira o pouco poder que restava às oposições A crise venezuelana caminha para um ponto de não retorno. Se o governo de Nicolás Maduro levar até o fim a eleição de uma Assembléia Nacional Constituinte, marcada para o dia 30 e nada indica que deixará de fazê-lo , o jogo de forças entre os partidos de oposição e o chavismo se tornará irremediavelmente desfavorável para os opositores. Maduro, por meio de um Tribunal Supremo de Justiça totalmente subordinado, já havia tentado antes eliminar o poder legislativo da Assembléia, dominada pelas legendas de oposição. Teve de voltar atrás, mas com a Constituinte tornará o Legislativo uma relíquia insignificante e apagará um dos últimos rastros de democracia no país.

A convocação da Constituinte, como foi feita, é inconstitucional, e as regras para sua composição são ridículas cartas marcadas para deixar Maduro com as mãos inteiramente livres para fazer o que bem entender. Serão 545 constituintes, eleitos diretamente e com representação de grupos sociais com pesos aleatórios. 335 vagas serão preenchidas por um candidato vencedor em cada município, independentemente de sua população, sistema que dá vantagem aos vilarejos do interior, que votam com o chavismo. 23 vagas estão reservadas para representantes das capitais dos Estados. Mas não é só. Há uma válvula de segurança para o governo na eleição de 173 constituintes, distribuídas em critérios que só poderiam ser explicados pelos chavistas. Representantes dos estudantes terão 24 cadeiras, dos trabalhadores, 79, camponeses e pescadores, 8, conselhos comunitários 24. Empresários e deficientes terão direito a 5 vagas cada. Diante da escalada de arbitrariedades, os grupos de oposição fazem manifestações praticamente diárias há 12 semanas. O número de mortos se aproxima dos 80, mas o que os protestos tentam impedir é a morte política dos partidos. Eles enfrentam o dilema entre ficar sem qualquer poder ou participar de uma farsa. Por cometer um erro crasso de avaliação, a oposição se absteve de participar das eleições legislativas de dezembro de 2005 e deixou por anos que uma confortável maioria chavista determinasse a seu bel prazer as leis do país. O temor da oposição é o fechamento total do regime. Ele é compartilhado por um número crescente de ex-chavistas, como a procuradora Luisa Ortega Díaz, que se insurgiu contra a retirada dos poderes do Congresso. Desde então denuncia o "Estado policial" de Maduro, que reagiu abrindo inquérito contra ela, faz uma devassa no Ministério Público, congelou os bens de Luisa e impediua de deixar o país. Os partidos da Mesa de União Democrática decidiram convocar por conta própria um plebiscito sobre a Constituinte, uma forma de medir as próprias forças e o apoio da população à idéia de Maduro. Ao mesmo tempo, lançou apelo aos militares para que garantam a democracia na Venezuela. Depois de sepultar com manobras um referendo revogatório, o governo deveria ter convocado eleições municipais e estaduais e não o fez. Diante da impossibilidade clara de alternância de poder ou de um diálogo franco por meios democráticos, as portas se fecharão definitivamente para a oposição. A fresta de possibilidades repousa agora nas dissidências chavistas, que abrigam ex-ministros e alguns militares. Uma reviravolta em massa da cúpula militar contra Maduro parece improvável, pelos laços financeiros que se formaram com o regime. Em um papel em que a escassez de bens de primeira necessidade se tornou geral, os militares são responsáveis pela produção e

distribuição de alimentos e pela gestão de banco, TV e algumas empresas estatizadas 11 dos 32 ministros vestem ou vestiram farda. Com seus comandos paralelos e milícias, o jogo pesado de Maduro não é um blefe e o presidente está disposto a usar a força necessária. Ontem, cerca de 200 chavistas invadiram a Assembléia e distribuiram sopapos nos deputados. Enquanto uma quantidade crescente de venezuelanos buscam em fuga o Brasil, as sanções e advertências feitas pelo Mercosul nada adiantaram, e nem mesmo negociações com a benção do papa Francisco foram produtivas. A formação de um "grupo de amigos da Venezuela" é mais uma tentativa de impedir que o país pule no precipício. Nem a situação econômica calamitosa nem a baixa popularidade de Maduro fizeram o governo sequer cogitar qualquer correção de rumos ou abrir canais para envolver a oposição na busca de uma saída da crise. Não será agora que o fará. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- O futuro da indústria Por Luciano Coutinho Murchou, infelizmente, a esperança de retomada firme da economia. As expectativas de crescimento do PIB, segundo o boletim Focus, caíram para 0,39% em 2017 e 2% em 2018. Esse crescimento lento realimenta círculos viciosos: as receitas tributárias minguam, o déficit público infla e a relação dívida bruta/PIB sobe a níveis preocupantes. Se depender do crédito a economia dificilmente crescerá em 2017. O estoque oferecido às empresas continuou se retraindo nesse 1º semestre. Em maio caiu 1%. Segundo o BC o volume de crédito às pessoas jurídicas recuou de R$ 1,71 trilhão em dezembro de 2015 para R$ 1,48 trilhão em maio de 2017 (queda de R$ 230 bilhões). No mesmo período o crédito à indústria encolheu 22%.

Apesar dos repiques em abril e maio a vida da nossa indústria manufatureira continua difícil: a produção industrial e a formação bruta de capital fixo se encontram, hoje, respectivamente, 24% e 32% abaixo do patamar observado em 2014. O crescimento em ritmo tartaruga e a alta ociosidade fabril retardarão a recuperação dos investimentos. A demanda derivada da pujança da agricultura e a exportação são os únicos fatores positivos de tração sendo seus efeitos concentrados em setores dominados por grandes empresas. A política de ciência e tecnologia precisará ser mais eficiente para impulsionar a indústria em direção ao futuro Em resumo, a indústria brasileira se defronta com sério desafio de sobrevivência e suas pequenas e médias empresas remanescem sufocadas pelo arrocho creditício. Mas, além da luta pela sobrevivência no curto prazo, se aguça a ansiedade diante de inovações tecnológicas disruptivas nos próximos dez anos. As tecnologias de informação e comunicações (TICs) evoluem para um novo estágio de ampla interconexão, via internet, entre computadores, máquinas, equipamentos, sensores, celulares, tablets. Segundo a OCDE, o número de "coisas" conectadas via "internet das coisas" ascenderá de 1 bilhão em 2016 para cerca de 14 bilhões em 2022. Em 2030, o número de dispositivos pessoais de acesso à web pode alcançar 8 bilhões e o total de objetos conectados pode alcançar 30 bilhões, formando uma super rede global integrada e interconectada. A indústria fará parte desta imensa rede. A automação via internet transformará profundamente as cadeias industriais. Os processos de gestão empresarial, manufatura, suprimento, estocagem, manutenção, logística, comercialização, marketing, inteligência de mercados tendem a mudar radicalmente. Essa automação interconectada, combinada com avanços da robótica e da manufatura aditiva (impressão 3D), ensejará notáveis saltos de produtividade. A completa digitalização dos elos das cadeias de valor propiciará inédita capacidade de acumular dados em grande escala (Big Data). Esse dados, devidamente estruturados, serão analisadas (Data Analytics) para otimizar processos e, muito importante, para viabilizar o aprendizado autônomo de máquinas e sistemas através da Inteligência Artificial (IA). Processos artificiais de aprendizado, baseados em algoritmos matemáticos que emulam redes neurais, utilizarão a Big Data para identificar padrões e perfis, por exemplo, de indivíduos, entidades, doenças, fenômenos científicos; reconhecer imagens; reconhecer linguagens e interagir por comando de voz. Dotados de capacidade computacional de altodesempenho, equipamentos avançados poderão adquirir capacidades cognitivas próprias (visão,

sensoriamento, comunicação multimodal, raciocínio lógico). O acúmulo dessas capacitações viabilizará a aprendizagem, a autonomia operacional e a independência decisória destes equipamentos. Incipiente, a IA já promete inovações impactantes: carros autônomos; robots capazes de imitar e aprender; sistemas inteligentes de diagnóstico médico, gestão de estoques, manutenção preventiva. Paralelamente às transformações geradas pelas TICs, a convergência de supercomputação em nuvem, com custo acessível, e instrumentos de pesquisa científica muito mais poderosos impulsiona rápidos avanços na genômica, neurociências, nanotecnologias, nanomateriais e armazenamento de energia. Os sistemas de saúde, energia, educação, agropecuária, transportes, infraestruturas e seus respectivos setores industriais supridores de bens e serviços serão profundamente impactados. Apesar de atrasada na absorção dessas inovações radicais a indústria brasileira não está condenada à guilhotina. Em muitos setores ela tem condições de acompanhar e gerar inovações relevantes. São exemplos: as agroindústrias; os insumos básicos (por exemplo, siderurgia, celulose, insumos para construção); as cadeias química e petroquímica; o setor de petróleo e gás; a cadeia automotiva; a cadeia aeronáutica; os bens de capital (por exemplo, máquinas agrícolas, para energia, motores, máquinas-ferramenta); a farmacêutica; os bens de consumo (por exemplo, têxtil-vestuário, calçados, cosméticos, eletrodomésticos). Em setores incipientes como o das TICs as oportunidades se multiplicarão. A onda de inovações abrirá espaço crescente para start ups e PMEs de base tecnológica. Mas, para que a indústria possa defletir as disrupções e tirar proveito das oportunidades a economia precisa sair logo da crise. É possível reduzir os juros mais incisivamente e, além disso, estimular o crédito de giro com custos menores. É urgente relançar os investimentos em energia e infraestruturas através do setor privado. A política de ciência, tecnologia e inovação precisará ser mais eficiente, perene e muito mais forte para impulsionar a nossa indústria em direção ao futuro. Ou, então, esquece, o futuro será dos outros. O nosso... uma pálida miragem. Luciano Coutinho, economista, é professor convidado do Instituto de Economia da Unicamp e escreve mensalmente neste espaço. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- Governo avalia futuro da Transnordestina Por Daniel Rittner O futuro da Transnordestina deverá ser traçado em meados de agosto. É quando um grupo de trabalho montado pelo governo com representantes da Casa Civil, do Ministério dos Transportes e do Ministério de Planejamento prevê concluir sua análise sobre as perspectivas de conclusão da ferrovia, que tem trajeto de 1.720 km e corta os estados de Pernambuco, Ceará e Piauí.. Para isso, as autoridades esperam uma atualização dos estudos de viabilidade econômica do projeto e das estimativas de demanda de carga. Controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do empresário Benjamin Steinbruch, a Transnordestina Logística (TLSA) está tocando diretamente esse trabalho. A estatal Valec tem 41% de participação na empresa. A atualização dos estudos é uma exigência do Tribunal de Contas da União (TCU), que determinou o congelamento de aportes do governo na ferrovia enquanto isso não acontecer. Além disso, a TLSA prometeu entregar nos próximos meses o projeto executivo de engenharia da obra, que nunca foi feito. Para técnicos do governo, dificilmente a Transnordestina vai ser concluída sem a entrada de um novo sócio no empreendimento. A CSN sinalizou ao Palácio do Planalto que estava em tratativas com a gigante asiática China Communications Construction Company (CCCC), mas as conversas estavam em estágio inicial e não evoluíram como o esperado pela concessionária. Estimativas que chegaram ao Palácio do Planalto apontam a necessidade de investimentos da ordem de R$ 3 bilhões para concluir a ferrovia. Se esse dinheiro for realmente injetado, pode-se imaginar sua inauguração em 2020 com dez anos de atraso em relação ao planejamento original. A idéia é priorizar o trecho entre o município de Salgueiro (PE) e o porto de Pecém (CE), visto como menos problemático do que o trecho Eliseu Martins (PI) a Suape (PE). Uma possibilidade aberta com a conversão em lei da Medida Provisória 752, editada no fim do ano passado, é uma "devolução amigável" do projeto para o governo. Ainda não há negociações concretas em torno disso, mas a hipótese é considerada pelo governo como uma alternativa se a CSN não trouxer um novo sócio e nem demonstrar a viabilidade de continuar sozinha no empreendimento. Nesse caso, os atuais donos da Transnordestina receberiam uma indenização e a ferrovia seria relicitada.

Anteontem, Steinbruch deixou o conselho da ferrovia e indicou para seu lugar Pedro Brito, diretor de portos da CSN. A companhia não comenta as mudanças em análise no governo. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- Robotizada, usina revela nova cultura da Gerdau Por Juliano Basile A temperatura está próxima de 1.565 graus Celsius e o local é fechado. Máquinas do tamanho de um edifício de dois andares conduzem do alto três gigantescas palhetas alaranjadas pelo fogo a um imenso tonel onde há milhares de pedaços de sucatas de aço. O choque das palhetas com as sucatas produz um show de faíscas. As descargas elétricas e o fogo ofuscam a visão até daqueles que estão usando óculos protetores. Os ruídos são tão intensos que é necessário usar um tapa-ouvido. O ar ganha diversos feixes nebulosos e mesmo com casacos elaborados com tecidos protetores é possível sentir ondas constantes de calor, como se as pessoas estivessem diante da grelha de uma churrasqueira gigante. Muito próximo ao fogo, há um robô pronto para fazer ajustes no material resultante do contato da sucata com o fogo. Ele usa um imenso braço, com cumprimento equivalente a duas pessoas. Antes da chegada do robô, eram três funcionários por turno de oito horas que faziam esse serviço. Até a década passada era difícil virar o ano sem a ocorrência de ao menos um acidente. Mas a chegada do androide faz parte de um processo de automação que tornou a usina de Petersburg, no interior do Estado da Virgínia, uma das cinco mais eficientes na siderurgia mundial. Os acidentes zeraram nos últimos anos e a produção aumentou.

Considerada uma joia da Gerdau, a usina tem capacidade para entregar 900 mil toneladas de aço por ano. De lá, saíram perfis estruturados que hoje estão no World Trade Center, em Nova York, no estádio Soldier Field, em Chicago, na ponte Cooper River, em Charleston, na Carolina do Sul, e no campus da Apple, em Cupertino, na Califórnia. Sozinha, a unidade de Petersburg consome mais energia do que toda a cidade de Richmond, a capital da Virgínia, com mais de 200 mil habitantes. A conta supera US$ 2,5 milhões mensais. Em troca, a usina produz 150 tamanhos e formatos diferentes de vigas de aço. Apenas outras duas unidades nos Estados Unidos, na Pensilvânia e no Texas, conseguem fazer produtos em tamanhos e quantidades semelhantes. "É uma das usinas mais estruturadas dos Estados Unidos", definiu Peter Campo, presidente da Gerdau no país. "Os perfis estruturados feitos lá são relativamente únicos no planeta. " No mundo, Petersburg está numa lista restrita ao lado de outras quatro usinas no Japão, em Luxemburgo, na China e no Oriente Médio, capazes de produzir lâminas de aço de grande porte para vários usos. Algumas chapas têm formatos em "U" e outras em "I". As diferentes dimensões permitem a utilização nas mais diversas obras, inclusive para a contenção de água e areia em grandes quantidades. "Elas funcionam para fazer obras na construção de metrôs e de barragens", diz André Gerdau Johannpeter, presidente global do grupo. Algumas chapas de Petersburg estão no Canal do Panamá. Digitalização da usina de Petersburg permitiu contratação de pessoal mais especializado e com salários melhores A automação dessa usina faz parte da estratégia da Gerdau, nos últimos três anos, de fazer produtos diferentes de acordo com novas demandas do mercado. Isso envolve desenvolver sistemas com alto grau de sensibilidade e mecanismos digitalizados que serão utilizados dentro do ambiente inóspito das fábricas da indústria pesada. Próximo ao forno de Petersburg, lâminas de aço com cores de lava e o cumprimento de um andar alto de um edifício são transportadas por linhas verticais por rolamentos especiais antes de ganhar os retoques finais. A manutenção do sistema de transporte das vigas alaranjadas pelo fogo é feita por um sistema desenvolvido pela GE para turbinas de aviões. Com ele, a usina não tem de parar a produção para ver se as máquinas correm o risco de quebrar pelo peso e pela temperatura alta das chapas. Um computador avisa eventuais avarias, os rolamentos são trocados e a usina funciona durante seis dias e meio por semana sem paralisações. No lado externo da unidade, uma área maior do que três campos de futebol está tomada por cilindros gigantes que tornam possível o rolamento das lâminas e são constantemente trocados.

A usina tem 300 funcionários e é a terceira maior da Gerdau América do Norte. A robotização retirou algumas vagas daqueles que ficavam próximos ao forno. Por outro lado, Petersburg passou a contratar pessoal mais especializado e com salários melhores. Alguns são engenheiros que surgem de programas desenvolvidos pela Gerdau. "Sempre que se puder remover uma pessoa de perto do forno é algo bom a se fazer", disse Gustavo Rodrigues, um dos brasileiros que trabalha na usina. Há 20 anos no ramo, diz que Petersburg é a unidade mais moderna em que trabalhou. "A automação é o destino dessa indústria e a inovação também ajuda a evitar acidentes", diz. Os robôs que trabalham próximos ao forno foram adquiridos junto à companhia italiana BM, que atua especificamente no desenvolvimento de soluções para a indústria siderúrgica. A Gerdau está buscando outras parcerias para melhorar a eficiência de suas unidades. André Gerdau contou ao Valor que está constantemente à procura de "startups" com idéias inovadoras para a produção e logística na indústria pesada. "Elas nos trazem soluções logísticas, de informação mais rápida, de estatísticas. São pessoas e empresas muito ágeis, que vivem de desafios e nos entregam resultados muito bons", revelou. Algumas dessas empresas já estão atuando dentro de usinas no Brasil, onde as unidades contam com mais de mil sensores digitais que, agora, deverão se espalhar pelos Estados Unidos a partir de novas parcerias, como a realizada com a GE. "É um novo ecossistema que surgiu com empresas ágeis, rápidas e com uma mentalidade diferente. Chamamos de contaminação positiva o fato de trazer 'startups' para dentro da Gerdau", definiu o presidente. Próximos aos fornos, os sensores ajudam a prevenir eventuais falhas no sistema na fabricação das lâminas, mantendo a continuidade da produção num processo de inteligência artificial que foi levado para dentro da indústria pesada. Os funcionários da unidade de Petersburg observam e monitoram os robôs ao lado do fogo com a clara visão de que eles são o futuro do setor de siderurgia. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- Brasil Brokers espera mais negócios no 2º semestre Por Chiara Quintão A Brasil Brokers segunda maior rede de imobiliárias do país avalia que há sinais de que o fechamento de negócios nos próximos seis meses será maior do que na primeira metade do ano. Segundo o presidente da empresa, Claudio H ermolin, o mercado de São Paulo, o maior do país, Claudio Hermolin, presidente: "O primeiro semestre poderia ter sido melhor"

tem mostrado esboços de reação em lançamentos, o que ainda está ocorrendo de maneira "mais tímida" em outras praças.

No cargo de presidente da Brasil Brokers há sete meses, o executivo conta que, no segundo trimestre, o desempenho da companhia de vendas de lançamentos e de imóveis usados foi superior ao do primeiro e diz acreditar que tenha sido crescido também na comparação anual, embora os números ainda não estejam fechados. "A delação da JBS resultou na postergação de alguns lançamentos. O segundo trimestre e o primeiro semestre poderiam ter sido melhores", pondera Hermolin. Na avaliação do executivo, embora o cenário político seja de incerteza sobre a continuidade do presidente da República, Michel Temer, no cargo, os fundamentos da economia estão mais fortes do que os de um ano atrás, com redução da taxa de juros e queda da inflação. "Se conseguirmos achar solução para a instabilidade de hoje e as reformas forem votadas e aprovadas neste ano, continuaremos em viés de melhora", diz. Hermolin diz que há mais volatilidade em decorrência das incertezas no mercado primário, ou seja, de imóveis novos, do que no secundário, de unidades usadas. "Em momentos de confiança, vemos uma enxurrada de lançamentos, mas o volume se retrai em períodos de incertezas", compara. A Brasil Brokers atua ainda em loteamentos e oferece serviços de locação, de crédito imobiliário em parceria com Bradesco e de consórcio. O ano começou, segundo ele, com aumento da procura por imóveis no site da companhia, em portais imobiliários e nos estandes de vendas. "As propostas também melhoraram, mas nem tanto, e há sinalização de que o ritmo de

fechamento de vendas nos mercados primário e secundário será maior neste semestre do que no primeiro", afirma o executivo, que se diz "otimista por natureza". A avaliação do executivo é que os preços de imóveis estão no "menor patamar possível de ser alcançado". "Descontos, se ocorrerem, serão marginais", afirma. A avaliação se estende aos mercados primário e secundário de imóveis. No dia 19, a empresa vai concluir a operação de aumento privado de capital de até R$ 70 milhões. "Os recursos serão destinados à realização de projetos de gestão, tecnologia e inovação, com o objetivo de criar o alicerce necessário para o crescimento da Brasil Brokers, preparando a empresa para a retomada do mercado", diz Hermolin. A captação será direcionada também para aumentar seus serviços oferecidos em sua plataforma imobiliária. O presidente da Brasil Brokers ressalta que a capitalização permite levantar os recursos mais rapidamente do que por meio da geração de caixa orgânica. A companhia tem operado com prejuízo desde o quarto trimestre de 2014. A empresa tornouse a segunda maior rede de imobiliárias do país com aquisições. No período de forte crescimento do mercado, entre 2007 e 2011, a preocupação com custos não era prioridade para a companhia, que crescia em decorrência da expansão das incorporadoras. A partir de 2012, os lançamentos foram reduzidos, com forte impacto no negócio. A empresa fez sucessivos cortes de custo, com redução do quadro de pessoal e do número de lojas, além da diminuição da área ocupada, principalmente no período de 2014 a 2016. No primeiro semestre, as despesas gerais e administrativas foram reduzidas ao patamar de 10% a 15%. Há previsão de que novos cortes, se ocorrerem, sejam pontuais, mas a proporção pode ser maior caso o mercado não tenha o desempenho esperado atualmente, diz o executivo. "Nossa retomada é mais rápida do que a das incorporadoras, que continuam tendo estoques e volume de passivos maior", afirma. VOLTAR

Fonte: Valor Econômico 06/07/2017

- Petrobras pode exportar derivados do Comperj Por Rodrigo Polito e André Ramalho Parte da produção futura de combustíveis da refinaria do Comperj, em Itaboraí (RJ), será exportada, caso a Petrobras e a chinesa CNPC firmem parceria para a retomada do projeto, disse uma fonte a par do assunto. A conclusão das obras do empreendimento, cuja construção já atingiu cerca de 85% de execução, depois de investimentos de US$ 13 bilhões, é um dos pontos em aberto no memorando de entendimento assinado pelas duas companhias, terça-feira, em Pequim, capital da China. De acordo com o memorando firmado entre as partes, "as empresas se comprometem a avaliar, conjuntamente, oportunidades no Brasil e no exterior em áreas-chave de interesse mútuo, beneficiando-se de suas capacidades e experiências em todos os segmentos da cadeia de óleo e gás, incluindo potencial estruturação do financiamento". De acordo com a fonte, o documento não lista que projetos serão desenvolvidos em conjunto, mas na prática as companhias acertaram que estudarão parcerias em alguns ativos nas áreas de exploração e produção e refino, dentre eles o Comperj. Chinesa CNPC já é sócia no projeto de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, no qual detém 10% do consórcio A principal dentre as alternativas em estudo prevê que a CNPC assuma todos os custos para concluir o empreendimento, de cerca de US$ 2,3 bilhões segundo estimativas da Petrobras de 2015. Nesse caso, em troca, a chinesa teria uma participação minoritária na refinaria equivalente ao total dos aportes. Com isso, explicou a fonte, a Petrobras não colocará nenhum dinheiro novo no projeto. Ainda não há uma data prevista para a conclusão da negociação, nem para a retomada do empreendimento e sua conclusão. O projeto do Comperj previa uma capacidade de processamento de 165 mil barris diários de petróleo. De acordo com outra fonte, as negociações estão em linha com a estratégia definida pela Petrobras no plano de negócios de 20172021, segundo o qual qualquer iniciativa de alocação de recursos para a conclusão do Comperj deve vir, obrigatoriamente, de parceria.

O banco UBS classificou como positiva a possível parceria entre a Petrobras e a CNPC para conclusão das obras da refinaria Comperj. O banco de investimentos destaca que, se o consumo de combustíveis começar a crescer novamente no Brasil, haverá demanda por novas refinarias e lembrou que o único novo projeto de refino previsto no país é o do segundo trem da Rnest, em Pernambuco, que deve começar a operar em 2023. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) já chegou a afirmar que as importações de derivados poderiam atingir entre 1,14 milhão e 1,2 milhão de barris diários até 2030, a depender da conclusão, ou não, do Comperj, que hoje se encontra fora do horizonte do plano de negócios da Petrobras. A única obra do projeto fluminense atualmente prevista pela estatal é a construção da unidade de processamento de gás natural (UPGN), que demandará investimentos de US$ 2 bilhões e está prevista inicialmente para 2020. A licitação para a execução das obras, porém, ainda não foi concluída. Enquanto isso, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, o canteiro de obras está parado 600 pessoas trabalham diariamente, no local, basicamente com a manutenção do Comperj. A assinatura do memorando de entendimentos com a CNPC ocorreu um dia após a entrada em vigor da nova política de preço de combustíveis da Petrobras, com possibilidade de reajustes diários e, portanto, mais aderente ao mercado internacional. Especialistas avaliam que a nova política deverá aumentar a atratividade do setor de refino para novos investidores. A CNPC já é parceira da Petrobras no projeto de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. A chinesa tem 10% do consórcio, em sociedade com a compatriota CNOOC (10%), a Total (20%) e a Shell (20%). A estatal brasileira é a operadora com 40%. A previsão é iniciar este mês a produção no campo, por meio de um teste de longa duração (TLD). VOLTAR

2ª Parte: 05/07/2017 28/06/2017 Fonte: O Globo 05/07/2017

- Já pensou num plano B para sua carreira? Especialista aponta qual o melhor momento para repensar sua vida profissional

- Arquivo RIO — Além de uma crise econômica, o brasileiro enfrenta uma profunda mudança no mercado de trabalho. Isso exigirá do profissional uma nova visão sobre emprego, carreira e necessidade de um aprendizado permanente. No terceiro vídeo da série em que a especialista em gestão de carreira, a coach Eva Hirsh Pontes fala sobre o novo mercado de trabalho, mostramos qual o momento de repensar a carreira e traçar um plano B que amplie seu leque de atividades. VOLTAR

Fonte: O Globo 05/07/2017

- Comissão prevê mais de 40 horas de debate sobre denúncia contra Temer Na próxima segunda-feira, o relator Sergio Zveiter deve apresentar seu parecer

Temer quer entregar a defesa na terça-feira - Andre Coelho / Agência O Globo BRASÍLIA - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), anunciou nesta quarta-feira o rito da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Hoje, às 15h30, será protocolada a defesa do presidente pelo advogado Antonio Mariz. Na próxima segunda-feira, dia 10, o relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ) deve apresentar seu parecer, conforme antecipou O GLOBO. Em seguida a defesa se pronunciará, e a expectativa é que haja um pedido de vista. Se isso se confirmar, somente na quarta-feira, dia 12, seria retomado o assunto e iniciado o debate, com previsão de mais de 40 horas de discussão. Após se reunir com todos os partidos, Pacheco decidiu dar a todos os 132 membros da CCJ - 66 titulares e 66 suplentes - o direito de discursar. Cada um poderá falar por 15 minutos. Além deles, outros 40 deputados que não integram a CCJ poderão debater o assunto também: 20 contra a denúncia e 20 a favor. Nesse caso, o tempo será de 10 minutos. Depois do debate, o relator pode defender seu relatório por 20 minutos e a defesa de Temer pode falar em seguida também por 20 minutos.

Depois de tudo isso, os deputados votam em painel nominal. Seguindo esse rito, dificilmente a denúncia será votada na CCJ na próxima semana, devendose a estender para a semana do dia 17 de julho. A oposição quer que sejam ouvidas testemunhas. Já há requerimentos para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor da denúncia de corrupção passiva contra Temer fale à comissão. Pacheco disse que como é uma questão sobre o rito de tramitação do processo, cabe a ele, como presidente, decidir. O deputado se comprometeu a deliberar sobre isso até amanhã. Zveiter deve cumprir o prazo e apresentar seu parecer na segunda. Ele disse que já conta com uma equipe de juristas que o ajudarão na análise da denúncia e que, como advogado, está acostumado a cumprir prazos rígidos. — Não me cabe decidir sobre o rito, mas como advogado estou acostumado a virar noites para produzir pareceres — afirmou. VOLTAR

Fonte: O Globo 05/07/2017

- BC vai divulgar conteúdo dos votos das reuniões da diretoria Iniciativa estava prevista na Lei de Acesso à Informação (LAI)

Banco Central do Brasil - Ailton de Freitas / Agência O Globo BRASÍLIA - Depois de um aumento de pedidos de informações nos últimos anos, o Banco Central resolveu tornar público o conteúdo dos votos das reuniões de diretoria. Isso inclui todas as mudanças regulatórias como, por exemplo, mudança nos depósitos compulsórios e outras normas bancarias. Já os votos da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) seguirão resguardados por sigilo. A mudança foi anunciada na manhã desta quarta-feira. Normalmente, nesse dia da semana é que são feitas as reuniões de diretoria. Segundo o Banco Central, a medida faz parte da política de aperfeiçoamento da transparência da autarquia. Na página do BC na internet, serão disponibilizados os conteúdos de todos os votos regulatórios aprovados pela Diretoria Colegiada a partir de 1º de julho. Ou seja, serão expostos os documentos contêm os motivos que embasam as decisões dos mais diversos assuntos regulatórios tratados pela diretoria. De acordo com o Banco Centra, isso é transparência ativa. E essa iniciativa estava prevista na Lei de Acesso à Informação (LAI). No entanto, a medida não abrange votos que possuem dados protegidos por sigilo bancário, fiscal, pessoal e empresarial. ―Além de permitir o acesso do conteúdo dos votos a toda sociedade, reduzindo a assimetria de informações, a transparência ativa dessas informações permite o estreitamento da comunicação com a sociedade. Até então, os votos regulatórios eram disponibilizados apenas mediante demanda, ou seja, via chamada transparência passiva‖, disse o BC em nota. VOLTAR

Fonte: O Globo 05/07/2017

- Temer mantém acordo e pagará 13º de aposentados e pensionistas em agosto Em conversa com o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força (SD-SP), na manhã desta quarta-feira, o presidente Michel Temer prometeu manter o acordo de pagar a primeira parcela do abono natalino a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na folha de agosto. Com isso, o pagamento deve começar no dia 23 do próximo mês e seguir até o quinto dia útil de setembro. O adiantamento do benefício para cerca de 28 milhões de aposentados e pensionistas faz parte de uma acordo firmado entre os sindicatos representantes da categoria e o governo federal, em 2006, ainda na gestão do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2015, porém, em meio ao ritmo fraco da economia e a consequente queda da arrecadação, o governo, ainda sob o comando da presidente afastada Dilma Rousseff, só fez o pagamento da primeira parcela em setembro, que se estendeu até o início de outubro De acordo João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados (Sindinapi), ligado à Força Nacional, o pagamento antecipado é importante para aposentados e pensionistas. — Foi uma conversa por telefone na manhã desta quarta com o presidente Temer e ele disse que definirá o assunto com o ministro da Fazenda Henrique Meireles, mas prometeu o pagamento na folha de agosto. Essa medida é importante para os aposentados, que já contam com esse dinheiro antecipado, especialmente para pagar contas — diz Inocentini. Além disso, afirma Inocentini, ―Temer considera o pagamento na folha de agosto um direito adquirido de aposentados e pensionistas, e não faz sentido mudar isso nesse momento‖. BAIXA POPULARIDADE A promessa de Michel Temer aos aposentados e pensionistas vem em momento que a popularidade do presidente está em baixa e o governo tenta aprovar medidas populares em meios a escândalos de corrupção. Nesta semana, a Caixa Econômica Federal decidiu antecipar o calendário de pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do tempo de Serviço (FGTS) para quem faz aniversário em dezembro. Previsto inicialmente para começar no dia 14 de julho, a Caixa informou na última segunda-feira que os pagamentos da última fase terão início no próximo sábado.

Mais de 2,5 milhões de brasileiros têm direito ao saque a partir do mês de julho. O valor total disponível para saque neste mês ultrapassa R$ 3,5 bilhões e equivale a aproximadamente 8% do total de recursos disponíveis no programa. VOLTAR

Fonte: O Globo 05/07/2017

Comissão aprova adiamento reoneração da folha para janeiro

da

MP será analisada ainda pelos plenários da Câmara e do Senado

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao lado do deputado André Moura (PSC-SE), líder do governo em plenário durante sessão sobre projeto de renegociação da dívida dos estados - Givaldo Barbosa/Agência O Globo BRASÍLIA — A Comissão Especial do Congresso responsável por analisar a medida provisória 774, que trata do fim da desoneração previdenciária da folha de pagamentos para cerca de 50 setores da economia, aprovou nesta quartafeira um texto que adia para janeiro de 2018 o aumento do imposto. No texto

original encaminhado pelo governo, a reoneração aconteceria já em julho deste ano. A medida agora será agora analisado pelos plenários da Câmara e do Senado. Caso haja recesso parlamentar, a proposta perde efeitos no dia 10 de agosto. Sem a pausa parlamentar, o prazo fica ainda menor e a MP perde validade no fim de julho. Por isso, os parlamentares governistas trabalham para votar a proposta no plenário da Câmara dos Deputados e no Senado na semana que vem. O governo tentou durante todo o dia de ontem manter na comissão a data da reoneração para este ano. Diante da forte pressão de parlamentares e da necessidade de acelerar a votação, aceitou nesta quarta-feira um texto com o prazo dilatado. O líder do governo do Congresso, deputado André Moura (PSCSE), disse, porém, que durante a votação da MP no plenário da Câmara vai negociar com os deputados para a desoneração valer no dia da publicação do projeto. Se a mudança na data de reoneração da folha for confirmada no plenário das duas casas para janeiro de 2018, o adiamento representa mais um problema do governo para fechar as contas neste ano. A estimativa inicial do governo era arrecadar neste ano R$ 2,1 bilhões com a reoneração da folha (que eleva a contribuição previdenciária patronal). Os parlamentares deixaram de fora do texto final da medida mais setores que não terão reoneração na folha, além de empresas jornalísticas, construção civil e transporte urbano, beneficiados no texto original da MP. Os novos ramos contemplados são: tecnologia de informação e comunicação, têxtil, calçados e couros, call center, indústria bélica e de defesa, construção de carrocerias de ônibus e caminhões, bens de capital mecânico e transporte rodoviário de cargas. O governo conseguiu colocar no texto uma alteração que permitirá ao presidente Michel Temer impor vetos a setores que serão beneficiados sem a desoneração. Uma errata feita pelo relator, senador Airton Sandoval (PMDBSP), a pedido do governo, vai distinguir cada setor, permitindo que Temer faça os vetos separadamente. A política de desoneração da folha de pagamento começou em 2011. Ela substituiu a cobrança de uma alíquota de 20% de contribuição previdenciária sobre a folha de salários por um percentual que varia de 1,5% a 2,5% do faturamento dependendo do setor empresarial. VOLTAR

Fonte: O Globo 05/07/2017

- Pesquisa mostra que 25% dos brasileiros tiveram crédito negado em maio A crise afeta a capacidade de compras dos brasileiros e 25% dos consumidores tiveram crédito negado no último mês de maio quando tentaram fazer uma compra a prazo ou contratar algum tipo de empréstimo ou financiamento, de acordo com Indicador de Uso do Crédito apurado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). Os principais motivos para a negativa foram o ―nome sujo‖, ou seja, incluído em cadastros de inadimplentes (10%) ou a falta de comprovação de renda (4%). O levantamento revelou que 46% dos brasileiros consideram ‗difícil ou muito difícil‘ contratar empréstimos ou linhas de financiamento. Somente 13% dos consumidores avaliam o processo como fácil. A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, alertou que a facilidade na obtenção de crédito nem sempre representa algo positivo para o cliente, que pode acabar se endividando ou adquirindo crédito com taxas de juros muito elevadas. Os cartões de crédito (35%) e os cartões de loja e crediário (16%) foram as modalidades mais usadas em maio. O cheque especial foi usado por 7% dos consumidores, enquanto 5% recorreram a empréstimos e 4% buscaram financiamentos. VOLTAR

Fonte: O Globo 05/07/2017

- Dólar sobe 0,30% e vale R$ 3,32, antes da ata do Fed Ibovespa cai 0,22%, mas ações da Eletrobras disparam com rumor de venda de ativos

- Dimas Ardian / Bloomberg RIO E SÃO- O dólar comercial sobe 0,30% nesta quarta-feira, cotado a R$ 3,32 para venda, em um movimento global de valorização da moeda americana poucas horas antes da divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, banco central do país). No mercado acionário, o índice de referência Ibovespa registra desvalorização de 0,22%, aos 63.092 pontos. No exterior, o ―dollar index‖, que calcula a divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, tem valorização de 0,14%. Além do teor do documento que será divulgado pelo Fed às 15h, pesa ainda sobre o mercado de câmbio a tensão geopolítica após o lançamento de um míssel de longo alcance pela Coreia do Norte. Na agenda doméstica, é destaque a aprovação em plenário, por 46 votos favoráveis e 19 contrários, do requerimento de urgência para a reforma trabalhista. A votação do mérito do projeto, contudo, ficará para a próxima terça-feira, segundo acordo costurado entre líderes do governo e da oposição. O requerimento aprovado deve servir para evitar que uma eventual emenda apresentada pelos senadores oposicionistas tivesse o poder de levar o projeto de volta às comissões.

— É pouco provável que o dólar aqui recue aos níveis praticados na semana passada, em se considerando as incertezas políticas que a cada dia se acentuam, iminente aumento de impostos e potenciais acordos de colaboração em fase de negociação junto a Procuradoria Geral da República — avaliou Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio. Em meio a esse cenário, os negócios do mercado de ações operam pressionados, com todas as ações mais negociadas em queda. Os papéis preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras recuam 1,20%, cotados a R$ 12,28, e os ordinários (ONs, com direito a voto) caem 1,12%, a R$ 13,17. A razão é a desvalorização do petróleo no mercado internacional. O barril do tipo Brent cai 2,82%, a US$ 48,21. Também estão com desempenho negativo as ações da Vale. As preferenciais caem 1,64% e as ordinárias, 1,99%. O mesmo acontece com os bancos, que possuem o maior peso na composição do Ibovespa. As PNs do Bradesco recuam 0,56% e os papéis do Banco do Brasil caem 1,13%. As preferenciais do Itaú estão estáveis. Entre as altas, destaque para os papéis da Eletrobras. Os preferenciais sobem 6,52% e os ordinários avançam 7,90% com a possibilidade da estatal vender parte de seus ativos ou mesmo de subsidiárias inteiras. VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- Cenários alternativos e uma articulação ausente Quem valoriza a política, faz política, dedica-se a estudá-la, gosta de acompanhá-la ou simplesmente sofre suas consequências, costuma se beneficiar com a apresentação de cenários possíveis, nos quais a organização de algumas variáveis, propostas e circunstâncias pode ajudar a que se decifrem os enigmas do futuro imediato. Como não caminhamos em uma só direção, nem com um mapa claro nas mãos, e como as situações são confusas e complicadas, estamos sempre a procurar sinais que nos ajudem a seguir em frente, dando-nos direcionamento, algumas pistas, uma razão a mais para a mobilização ou ao menos algum conforto. Os dados estão lançados no Brasil atual. Crise política, economia que patina, desemprego que se mantém, desarticulação e fragmentação social – tudo parece indicar que estamos indo em direção ao precipício. Será assim mesmo? Estamos sem opções, ou elas existem e devem ser analisadas? Consideremos alguns cenários possíveis. Um. A Câmara e o STF aceitam a denúncia de Janot e aprovam o afastamento de Temer, que é substituído pelo presidente da Câmara dos Deputados. Com o governo de Rodrigo Maia, a base política atual se recompõe e pode, ou arquivar as reformas para cuidar da própria sustentação, ou reajustá-las e diluílas conforme novos vetos e apoios. Dois. A Câmara rejeita a denúncia de Janot e não autoriza o STF a julgar o presidente por crime de corrupção. Fortalecido com a decisão, Temer tem caminho livre para governar por mais um ano e meio. Três. Se tiver sensibilidade, Temer procurará organizar uma ―mesa democrática‖ de conciliação nacional, chamando novas forças e pessoas para auxiliá-lo e emprestar-lhe credibilidade. Neste caso, as reformas ganharão impulso adicional, com base na negociação com os novos parceiros. Serão submetidas a um debate amplo, de forma a incluir a sociedade e os diferentes interesses.

Quatro. Uma variante da adoção desta ―mesa democrática‖ poderá ser a antecipação das eleições de 2018, caso em que se definiriam cronograma, regras e prazos específicos. Outra variante seria a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para a reforma política ou, como opção, a fixação da reforma política como agenda emergencial do Congresso Nacional. Cinco. Se não tiver sensibilidade e optar pela mesmice depois da rejeição da denúncia, Temer terminará por se fechar em copas, reforçar seu time de aliados fiéis, abraçar o baixo clero e o PMDB, governando até o fim de 2018 sem prestar atenção nos reais problemas do país e na opinião pública. Neste caso, o país permanecerá na corda bamba e o processo eleitoral do próximo ano tenderá a se organizar contra ele, num quadro de grande fragmentação. Seis. Parlamentares e partidos políticos (PT, PMDB de PSDB) patrocinam um acordo de ―salvação nacional‖, de caráter fisiológico, que negocia a saída de Temer, desmonta a Lava Jato, absolve os crimes de caixa 2 e adota algumas reformas tidas como prioritárias, tudo sob a coordenação do presidente da Câmara. Neste caso, o novo governo recebe uma blindagem parlamentar mas pode entrar em rota de colisão com a opinião pública. Sete. Um acordo deste tipo poderá ser viabilizado, também, por um arco de forças extraparlamentar, incluindo instituições, lideranças da sociedade civil e alguns movimentos sociais. Neste caso, assumiria a feição de um acordo democrático reformador, que poderia limpar o terreno minado pelas polarizações artificiais e traçar um roteiro para a convergência política rumo a um ―projeto nacional‖. Oito. Contagiadas pelos sucessos da Lava Jato, pela crise, pelo desemprego e pela desconfiança em relação aos políticos, bem como por sucessivos protestos do PT e dos movimentos sociais, as ruas sitiam o Palácio do Planalto, depõem o Presidente e exigem a convocação imediata de eleições diretas. Posto contra a parede, o mundo político se desarvora e é forçado a reagir de forma emergencial, dividindo-se entre candidaturas de velhos barões, outsiders e novas caras. Cada um desses cenários apresenta vantagens e desvantagens, implica riscos e incertezas. Beneficia certas forças e prejudica outras. Podem ser combinados entre si. Alguns são mais razoáveis do que outros. O horizonte de cada um deles pode ser mais amplo ou menos, assim como pode contemplar os interesses gerais em maior ou menor medida. Passa-se o mesmo com o potencial de transição: alguns nos levariam mais longe do que outros. São cenários que trazem consigo desdobramentos e efeitos difíceis de serem prognosticados. Seus pressupostos estão dados, mas não estão materializados politicamente, e isso porque faltam os agentes decisivos: as massas da população e os políticos com capacidade de liderança e articulação.

Por isso, a maior probabilidade é que fiquemos sem sair do lugar, ou andando de lado, à espera de 2018, quando então, em suas urnas, poderemos enxergar a imagem refletida do nosso infortúnio e de nossas expectativas. O problema teria como ser equacionado por uma articulação democrática de forças plurais, com desprendimento suficiente para correr o risco da ousadia. Como isso não existe, o ambiente fica turvo e inconclusivo. Os que poderiam ativar essa articulação ausente comportam-se hoje como pêndulos desgovernados. Ora torcem pela queda de Temer, ora acham melhor que a pinguela vá até 2018. Ora aderem à crítica inflamada e intransigente, ora atuam como pacificadores. Ora contam com a mobilização popular, ora trabalham para mobilizar as elites democráticas. Olham para frente e não conseguem vislumbrar terrenos sólidos para ações criativas e contundentes. De algum modo, desperdiçam-se algumas energias importantes. A neutralização desta condição pendular é o que fará com que algo de novo desponte no horizonte. Valendo-se de Romain Rolland, Gramsci falava em ―pessimismo da razão, otimismo da vontade‖. Não seria interessante começarmos a pensar também em um ―otimismo da razão‖? VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- Desemprego e política prejudicam perspectivas para reforma da Previdência, diz Fitch Agência de classificação de risco entende que aproximação das eleições de 2018 pode reduzir a janela política para as reformas

O desemprego, as dívidas públicas e os desenvolvimentos políticos no Brasil prejudicam as perspectivas para a reforma da Previdência e também para o ajuste fiscal, apontou a agência de classificação de risco Fitch em relatório.

A Fitch espera que a queda dos juros e o ganho real dos salários deem suporte à recuperação econômica Foto: Brendan McDermid/Reuters "Os riscos negativos para as previsões de crescimento permanecem, devido ao ambiente político desafiador e uma agenda de reformas parada. Além disso, a alta taxa de desemprego e dívidas domésticas e do setor privado também devem pesar sobre a recuperação. As incertezas políticas cresceram nas últimas semanas, com acusações de corrupção ligadas ao presidente Michel Temer", segundo a agência. A aproximação das eleições de 2018 pode reduzir a janela política para as reformas, avalia a Fitch. "A reforma da Previdência é essencial para tornar o teto de gastos públicos aprovado em dezembro efetivo e com credibilidade. A

recuperação na confiança do consumidor e dos negócios se mostrou irregular desde o impeachment", apontou a agência.

A revisão da meta de inflação no Brasil deve ajudar a ancorar as expectativas de inflação no médio prazo, à medida que o Banco Central ganha credibilidade. De acordo com a agência, isso deve dar apoio ao ajuste fiscal e à recuperação econômica. A Fitch ainda espera que a queda dos juros e o ganho real dos salários deem suporte à recuperação econômica. No entanto, os riscos de queda para as previsões de crescimento permanecem por causa da agenda desafiador e o tom do risco continua sendo dado pela política. VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- Inflação das 20 maiores economias do mundo cai pelo quarto mês seguido A inflação de todas as economias desenvolvidas também caiu em maio e atingiu seu nível mais baixo neste ano

A inflação no G-20, grupo que reúne os países que representam a maior parte da atividade econômica mundial, caiu pelo quarto mês consecutivo, em maio, para seu menor nível desde agosto de 2016, segundo informou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na terça-feira, 4.

A inflação em todas as economias desenvolvidas também caiu pelo terceiro mês consecutivo em maio Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Dados divulgados pela agência de pesquisa também mostraram que a inflação em todas as economias desenvolvidas caiu pelo terceiro mês consecutivo em maio e para seu nível mais baixo registrado neste ano. A queda das taxas de inflação em todo o mundo acontece quando alguns importantes bancos centrais começam a contemplar a retirada das medidas de estímulos que foram implementados desde a crise financeira. Em declarações feitas na última semana, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, o do Banco de Inglaterra, Mark Carney, e do Banco do Canadá, Stephen Poloz, sinalizaram que em breve chegará o momento de considerar uma redução de seu estímulo ao crescimento econômico. Dos três, apenas Carney está enfrentando uma taxa de inflação acima da meta de 2% - que é compartilhada pela maioria das autoridades monetárias nos países desenvolvidos. Embora no Reino Unido a inflação tenha avançado de 2,7% em abril para 2,9% em maio, no Canadá ela caiu de 1,6% para 1,3%, e na zona do euro recuou de 1,9% para 1,4%. A inflação também perdeu força nos EUA, e um dirigente do Federal Reserve advertiu que falar de políticas futuras mais apertadas pode ser uma das causas do enfraquecimento das expectativas de futuros aumentos nos preços. Grande parte da volatilidade da inflação nos últimos anos deveu-se aos preços da energia, que tiveram um papel semelhante em 2017. Excluindo os preços da

energia e dos alimentos, a taxa básica de inflação na OCDE caiu num ritmo mais moderado em maio, de 1,9% para 1,8%. os economistas esperem uma aceleração no crescimento econômico mundial neste ano, após um decepcionante 2016, ainda falta um ingrediente para uma taxa de inflação sustentada em torno da meta de 2% dos bancos centrais dos países desenvolvidos: uma aceleração nos salários. Os bancos centrais estão intrigados com o ritmo lento dos aumentos de salários, tendo em vista declínios contínuos nas taxas de desemprego. Mas eles acreditam que o crescimento econômico acabará por eliminar o hiato entre o que suas economias podem produzir e o que estão produzindo agora, elevando os salários e os preços. / DOW JONES NEWSWIRE VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- Fim da „guerra fiscal‟ avança no Senado Projeto passou ontem na Comissão de Assuntos Econômicos e agora segue para votação no Plenário

BRASÍLIA - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou ontem o relatório do projeto que regulariza benefícios fiscais concedidos pelos Estados para acabar com a chamada guerra fiscal, pela qual governadores reduzem impostos para atrair empresas. O texto agora segue para o plenário do Senado. O relatório aprovado, do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), retirou a mudança inserida pela Câmara dos Deputados que acabava gradualmente com os benefícios de alguns setores, como comércio e portos. Os senadores já haviam aprovado projeto sobre o tema, mas o texto foi modificado pela Câmara e teve que voltar para o Senado.

Ferraço defende prazo para que empresas se preparem para fim de incentivos Foto: ANDRE DUSEK | ESTADAO CONTEUDO A guerra fiscal é justificada pelos Estados como uma maneira eficiente de atrair investimentos. Em troca, abrem mão de parcelas do ICMS, principal fonte de recursos de todos os governos estaduais. No fim de maio, a Câmara aprovou um texto que dava carência de 15 anos para Estados acabarem com as isenções, prazo que já estava previsto no projeto que saiu do Senado. Entre os deputados, o Estado de São Paulo, com o apoio do Ministério da Fazenda, tentou reduzir os benefícios gradualmente já a partir de 2018 para todos os setores. Mas, depois de muita negociação, a Câmara manteve os 15 anos de carência para indústria e agropecuária, como defendiam Estados do Norte e Nordeste. Os deputados, no entanto, criaram uma redução gradual para algumas áreas. Para empresas de atividades portuárias e aeroportuárias, os benefícios fiscais deveriam ser reduzidos aos poucos durante oito anos, sendo 10% durante os seis primeiros anos e 15% no sétimo e oitavo anos. Para o comércio, as isenções teriam de ser diminuídas ao longo de cinco anos, sendo 10% no primeiro ano e 20% a partir do segundo ano. Havia ainda a previsão de redução gradativa em três anos para carne in natura e de encerrar os benefícios para as demais atividades em um ano. Em seu relatório, Ferraço defendeu que é necessário dar prazo para que as empresas beneficiadas possam se preparar financeiramente para o fim dos incentivos fiscais e criticou a carência diferenciada por setor econômico. ―Ainda que se intencionasse a manutenção da diminuição gradativa dos incentivos, não haveria razão para não inserir esses setores no mesmo contexto‖, afirmou. O relatório do senador manteve outros pontos do projeto, como o fim da unanimidade entre os membros do Conselho Nacional de Política Fazendária

(Confaz) para autorizar a concessão de novos benefícios fiscais. A proposta prevê que novos convênios para concessão de isenções terão de ser aprovados e ratificados pelo Confaz com voto de, no mínimo, dois terços dos Estados, sendo que, desses dois terços, um terço deve ser de unidades federativas da região a qual pertence o Estado. Também foi mantida a obrigação de dar publicidade aos contratos de benefícios fiscais concedidos na internet. VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- Veja o voto de cada senador no pedido de urgência para a reforma trabalhista Requerimento acelerou tramitação de proposta que muda 100 pontos na CLT; votação final será na próxima semana

O Senado aprovou nesta terça-feira, 4, um pedido de urgência para a votação da reforma trabalhista por 46 votos a 19, em um placar considerado confortável para o governo por analistas do mercado. Na prática, o requerimento acelera a tramitação da proposta, cuja votação final é prevista para a semana que vem.

+ Governo corre contra o tempo para convencer indecisos O projeto, que altera mais de 100 pontos da CLT, precisa apenas da maioria simples dos senadores em plenário para ser aprovado e ir à sanção presidencial. Para garantir apoio ao projeto, o presidente Michel Temer já garantiu alterar os pontos mais polêmicos do texto por meio de Medida Provisória.

Veja como votou cada senador:

SIM Aécio Neves - PSDB-MG Airton Sandoval - PMDB-SP Ana Amélia - PP-RS Antonio Anastasia - PSDB-MG Armando Monteiro - PTB-PE Ataídes Oliveira - PSDB-TO Benedito Lira - PP-AL Cássio Cunha Lima - PSDB-PB Cidinho Santos - PR-MT Dalirio Beber - PSDB-SC Dário Berger - PMDB-SC Edison Lobão - PMDB-MA Eduardo Lopes - PRB-RJ Elmano Ferrer - PMDB-PI Fernando Coelho - PSB-PE Flexa Ribeiro - PSDB-PA Garibaldi Alves Filho - PMDB-RN Gladson Cameli - PP-AC Ivo Cassol - PP-RO José Agripino - DEM-RN José Maranhão - PMDB-PB José Medeiros - PSD-MT José Serra - PSDB-SP Lasier Martins - PSD-RS Magno Malta - PR-ES Marta Suplicy - PMDB-SP

Omar Aziz - PSD-AM Paulo Bauer - PSDB-SC Pedro Chaves - PSC-MS Raimundo Lira - PMDB-PB Ricardo Ferraço - PSDB-ES Roberto Rocha - PSB-MA Romário - PSB-RJ Romero Jucá - PMDB-RR Ronaldo Caiado - DEM-GO Rose de Freitas - PMDB-ES Sérgio Petecão - PSD-AC Simone Tebet - PMDB-MS Tasso Jereissati - PSDB-CE Telmário Mota - PTB-RR Valdir Raupp - PMDB-RO Vicentino Alves - PR-TO Waldemir Moka - PMDB-MS Wellington Fagundes - PR-MT Wilder Morais - PP-GO Zezé Perrella - PMDB-MG

NÃO Ângela Portela - PDT-RR Antonio C. Valadares - PSB-SE Eduardo Amorim - PSDB-SE Fátima Bezerra - PT-RN João Capiberibe - PSB-AP Jorge Viana - PT-AC

José Pimentel - PT-CE Kátia Abreu - PMDB-TO Lídice da Mata - PSB-BA Lindbergh Farias - PT-RJ Otto Alencar - PSD-BA Paulo Paim - PT-RS Paulo Rocha - PT-PA Randolfe Rodrigues - Rede-AP Regina Sousa - PT-PI José Reguffe - Sem partido - DF Renan Calheiros - PMDB-AL Roberto Requião - PMDB-PR Vanessa Grazziotin - PCdoB-AM VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- E AGORA, TODO MUNDO? Analisando o momento brasileiro, o setor de seguros teve um desempenho positivo, mas há mais a se considerar...

Quando parecia que o Brasil tomaria jeito, os últimos eventos no universo político vieram jogar água na fervura. Ainda é cedo para afirmar que a vaca foi

pro brejo, mas, mais uma vez, corremos o risco de ver os esforços para sairmos da crise ameaçados. O que isso quer dizer ninguém sabe. Ainda é cedo para análises mais profundas sobre o nosso futuro, mesmo o de curto prazo. Por outro lado, a economia tem se mostrado extremamente resistente às pancadas que vão sendo dadas para todos os lados e tem se comportado de maneira exemplar, dentro do cenário atual. O dólar não disparou, a Bolsa não desmoronou, a inflação está abaixo da meta, o comércio apresenta números melhores, a indústria ameaça uma tênue recuperação, ainda que setorial, e o agrobusiness dá show de produtividade, mesmo com o Governo fazendo muito menos do que o mínimo necessário. Diz o ditado que contra números não há argumentos. Prefiro mudar um pouco para dizer que contra argumentos negativos, nada como números positivos. É o que o setor de seguros apresenta. Pode parecer espantoso, no Brasil de hoje, algum setor apresentar um crescimento consistente de 4% acima da inflação. É tarefa para gente grande e é o que o setor de seguros tem para mostrar como resposta para quem duvida da sua solidez e capacidade de resistência à crise. Ninguém nega, as seguradoras sofreram bastante com a recessão que atingiu a indústria automobilística. A queda da venda de veículos novos impactou severamente as empresas que têm foco mais forte no seguro de automóveis, bem como a grande maioria dos corretores de seguros, que têm neste seguro o grosso de sua produção. Da mesma forma, o desemprego brutal, que atingiu mais de 14 milhões de pessoas, impactou a carteira de seguros de vida de várias seguradoras. E reduziu em mais de 3 milhões de vidas o número de pessoas atendidas pelos planos de saúde privados. São dados preocupantes e que expõem a situação dramática que as administrações petistas deixaram como grande legado. Ao contrário do gritado aos quatro cantos pela propaganda do governo Dilma Rousseff, a crise que o Brasil atravessa é muito mais séria do que qualquer outro momento de nossa história, não apenas porque a crise quebrou de fato parte da nação, mas porque os parâmetros morais foram rasgados, em nome da mais deslavada corrupção, transformada em política pública para manter o partido no poder. Evidentemente, o setor de seguros sofreu com a situação. Não teria como uma atividade de apoio se manter ao largo da tormenta, esperando o tempo melhorar para navegar de novo. Não é assim que as coisas funcionam. O setor esteve presente no dia a dia nacional, oferecendo suas apólices como opção para proteção do patrimônio social, pagando bilhões de reais em indenizações,

parte delas decorrentes dos fatores adversos que feriram milhões de brasileiros e quebraram ou reduziram a capacidade de milhares de empresas. Além disso, as empresas do setor investem regularmente quase um trilhão de reais provenientes de suas reservas, oferecendo massa significativa de recursos para girar a economia, diminuindo os efeitos da recessão. Dada a renovação dos negócios já existentes, a demanda pelos produtos da previdência complementar, a busca pelos planos de capitalização, o setor compensou o impacto direto da crise em vários ramos de seguros. O resultado dessas ações e da capacidade profissional e dedicação dos corretores de seguros tornaram possíveis os números que colocam o setor 4% acima da inflação. Mas uma pergunta incomoda: e agora, todo mundo? Na época da República de Weimar, quando a Alemanha atravessava uma crise política e econômica devastadora, um grande jurista, consultado sobre a verdadeira caça às bruxas que se instalara no país, perguntou o que os promotores e o Judiciário perseguiam, a justiça ou a paz social. Essa é a pergunta atual: o que o Brasil quer? Colocar atabalhoadamente todos os que alguém acha que são os culpados na cadeia e arrebentar o país, ou fazer o que tem que ser feito da forma certa e dentro da lei, para voltar a crescer de forma sadia, dentro de uma verdadeira democracia? VOLTAR

Fonte: Petronotícias 05/07/2017

- GASODUTO FORÇA SIBERIANA VAI COMEÇAR A ENTREGAR O GÁS PARA CHINA NO FIM DE 2019 A entrega de gás russo à China através do gigantesco gasoduto ―Força Siberiana‖ deve começar em dezembro de 2019, o presidente da Gazprom, Alexei Miller, disse que “Foi fechado um acordo entre a Gazprom e o nosso sócio chinês, a CNPC, sobre a data para começarem as estregas gás pelo „Força Siberiana‟. Acordamos o dia 20 de dezembro de 2019”. Após dez anos de duras negociações, a gigante de

energia Gazprom e a CNPC assinaram, em 21 de maio de 2014, um contrato de fornecimento de gás russo à China pelo gasoduto, estimado em cerca de 400 bilhões de dólares, em um período total de 30 anos. Esse gasoduto, batizado de ―Força Siberiana”, vai conectar, através de mais de 4 mil km de tubos, os campos de gás da imensa República da Iakútia, na Rússia, e o Mar do Japão, assim como o leste da fronteira chinesa. A Gazprom anunciou em várias ocasiões sua intenção de aumentar suas entregas na Ásia, um forte mercado com preços elevados, enquanto preserva suas relações com os clientes europeus. VOLTAR

Fonte: Petronotícias 05/07/2017

- MIT CRIA VANT QUE USA GÁS NATURAL COM UMA AUTONOMIA DE TRÊS DIAS O tempo de autonomia tem sido um grande desafio para os aviões não tripulados de qualquer tamanho e tipo. Sejam gigantescos veículos militares ou pequenos Drones para diversão. Para resolver esse problema, os engenheiros do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts – tiveram a ideia de equipar seu Jungle Hawk Owl com um tanque de gás que pode fazer com que o brinquedinho se mantenha continuamente no ar por até cinco dias. Esse projeto teve início com uma proposta feita pela Força Aérea norteamericana, que desafiou diversas equipes do país a construírem um VANT (veículo aéreo não tripulado) feito sob medida para a entrega de equipamentos de comunicação a áreas devastadas por desastres naturais ou em situação de emergência. As principais exigências dos militares era que o aparelho conseguisse se manter em voo por longos período e fosse alimentado por energia solar. No caso de aplicação na indústria de óleo e gás, ele pode ser usado com câmeras infravermelhas capazes de enviar imagens noturnas para fiscalizar grandes oleodutos e gasodutos que, no Brasil, sofrem ataques de gangues especializadas. O drone não é pequeno, mas é muito eficiente. Não demorou para que boa parte dos times envolvidos na competição percebessem que esse último item era extremamente limitante e não permitir que o primeiro fosse seguido à risca. Para se alimentar adequadamente da luz do sol e voar com mais autonomia, o drone teria que ser ainda maior do que a sua forma final – com cerca de 7,3 metros de envergadura – e perderia boa parte de sua capacidade de carga tendo que transportar sempre uma bateria grande e pesada dentro de

si. Os engenheiros recorreram ainda a materiais leves, mas bastante resistentes Uma equipe chefiada pelo professor Warren Hoburg encontrou no gás natural um meio termo entre a tradicional gasolina e as energias limpas, mais facilmente acessíveis. Para ajudar a ampliar a autonomia do veículo, os engenheiros recorreram ainda a materiais leves, mas bastante resistentes, como fibra de carbono e kevlar. Com isso, Hoburg afirma que ele e seus companheiros “gastam mais combustível dirigindo até o campo de lançamento do que voando o drone por três dias”.

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Fonte: Petronotícias 05/07/2017

- ANP COMEÇA CONSULTA PÚBLICA SOBRE PRÉ-EDITAIS DAS RODADAS DE LICITAÇÕES DE PARTILHA DO PRÉ-SAL

A ANP começou a realizar hoje(5) a consulta pública relativa aos préeditais e minutas dos contratos das 2ª e 3ª Rodadas de Licitações de Partilha de Produção, de áreas no pré-sal. A consulta vai até o dia 21 deste mês. A audiência pública sobre o tema ocorrerá no dia 25 de julho, em local a ser definido. A etapa pública do processo permitirá à ANP obter subsídios e informações adicionais sobre os pré-editais e minutas de contratos e propiciar aos agentes econômicos e demais interessados a

possibilidade de encaminhamento de comentários e sugestões, dando publicidade e transparência às ações da Agência. Na elaboração dos pré-editais e das minutas dos contratos, foram realizados aprimoramentos de forma, que resultaram na simplificação do texto e melhor organização das informações, e de conteúdo, que adaptaram as regras às novas resoluções do CNPE e demais legislações relevantes. Entre as principais mudanças estão: informações específicas relativas aos procedimentos de individualização da produção para a 2ª Rodada; inclusão de regras que permitam a participação, na modalidade de não-operador, dos Fundos de Investimento em Participações, possibilidade de aproveitamento de documentos apresentados em uma rodada de partilha para a outra; adequação da cláusula de P,D&I à Resolução Pedefor; alteração da cláusula de conteúdo local para adaptação à Resolução CNPE. Destaca-se ainda a adaptação dos textos ao direito de preferência da Petrobrás em atuar como operadora. A empresa exerceu direito de preferência para a área unitizável adjacente ao campo de Sapinhoá, ofertada na 2ª Rodada, e nos blocos de Peroba e Alto de Cabo Frio Central, oferecidos na 3ª Rodada. Desse modo, para cada rodada, foram elaboradas duas minutas de contrato, sendo uma com e outra sem a participação de 30% da Petrobrás como operadora. As duas rodadas estão previstas para ocorrerem no dia 27 de outubro, no Rio de Janeiro. Os documentos relacionados à consulta e à audiência públicas, procedimentos para envio de sugestões e para participação na audiência, bem como informações e cronogramas das rodadas estão disponíveis na página http://www.brasil-rounds.gov.br/. A consulta pública também pode ser acessada na página http://www.anp.gov.br/wwwanp/consultas-audiencias-publicas/emandamento/3854-consulta-e-audiencia-publicas-n-15-2017. VOLTAR

Fonte: Petronotícias 05/07/2017

- RÚSSIA E VIETNÃ ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO NUCLEAR, MAS NÃO PREVÊ CONSTRUÇÃO DE USINAS NUCLEARES A Rússia assinou um memorando de entendimento com o Vietnã para um um projeto de cooperação nuclear com a Rosatom. No acordo está previsto a participação do Ministério da Ciência e Tecnologia do Vietnã, que vai construir um centro de ciência e tecnologia nuclear. O memorando foi assinado em Moscou pelo diretor-geral da Rosatom, Alexey Likhachov, e o vice-ministro da Ciência e Tecnologia do Vietnã, Tran Dai Thanh. O acordo entre o Vietnã e a Rússia prevê a consulta sobre os termos e as condições de financiamento do projeto. Nos termos desse acordo, o governo russo deveria fornecer empréstimos no valor de US $ 500 milhões para a construção do centro. Os dois lados desenvolverão um plano para uma maior cooperação no desenvolvimento da infraestrutura nuclear do Vietnã. O centro de ciência será equipado com reatores de pesquisa de design russo, um ciclotron polivalente, bem como laboratórios de pesquisa, um complexo de engenharia, equipamentos e infraestrutura para assegurar uma operação segura. Será usado para treinamento de pessoal um programa de energia nuclear do Vietnã. Em outubro de 2010, a Rússia assinou um acordo intergovernamental com o Vietnã para a construção da primeira usina nuclear no país do Sudeste Asiático. O acordo exigiu a construção da subsidiária da Rosatom, AtomStroyExport, da usina nuclear de Ninh Thuan 1, em Phuoc Dinh, na província de Ninh Thuan. A planta deveria incluir dois reatores de água pressurizada VVER de 1200 MWe e ser de propriedade e operada pela eletricidade estatal do Vietnã. A fábrica de Ninh Thuan 2, em Vinh Hai, na Cam Ranh Bay, a cerca de 20 quilômetros a nordeste de Phouc Dinh, deveria ser desenvolvida sob uma

parceria com o Japão. No entanto, em novembro a legislação do Vietnã aprovou a decisão do governo de abandonar os planos para construir as duas primeiras usinas nucleares do país em favor das energias renováveis e das importações de energia em meio aos preços mais baixos do petróleo e do carvão. VOLTAR

Fonte: Petronotícias 05/07/2017

- SIEMENS INVESTE R$ 10 MILHÕES EM MÁQUINA PARA MELHORAR PERFORMANCE DE SUA FÁBRICA DE TURBINAS A Siemens do Brasil investiu R$ 10 milhões em uma nova Mandrilhadora para modernizar os processos fabris e, ao mesmo tempo, aumentar a produtividade de sua fábrica de Turbinas a Vapor, em Jundiaí, São Paulo. A máquina, comprada do fabricante TOS Vansdorf, da República Tcheca, foi adquirida com o objetivo de acompanhar a evolução da empresa atendendo demandas de setores variados mais rapidamente e já está em operação. O gerente da fábrica de Turbinas a Vapor da Divisão Power & Gas e coordenador do projeto, Adriano Pescuma Rodriguez, diz que a nova máquina oferece maior segurança e precisão, além de ser dez vezes mais rápida do que a anterior: “Nossa expectativa é reduzir o tempo de processamento de operações de

usinagem em pelo menos 40%, pois a alta tecnologia do equipamento vai proporcionar um trabalho mais eficiente, preciso e automatizado”, explica.

Responsável por usinar e dar acabamento a peças fundidas de até cinco metros de altura e com uma mesa rotativa de capacidade de carga para 50 toneladas, a Mandrilhadora conta com ferramentas que atendem demandas de diversos segmentos distintos, como óleo e gás e geração de energia hidráulica e eólica. Além disso, seus processos são automatizados, o que auxilia a Siemens a estar cada vez mais integrada ao conceito de Indústria 4.0. A Mandrilhadora segue os requisitos da norma de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego: “Dois engenheiros e operadores foram à sede do fabricante fazer treinamentos, o que garante que toda a equipe vai conseguir trabalhar de forma assertiva e entregar os melhores resultados”, concluiu Rodriguez.

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Fonte: Petronotícias 05/07/2017

- REGNIER FECHA CONTRATO COM EMPRESA DO MERCADO DE FPSOS E PLANEJA EXPANSÃO TERRITORIAL NO BRASIL O momento de crise da nossa economia não assustou a fabricante francesa de cilindros hidráulicos Regnier, que entrou no mercado nacional em 2014 e já mira nos próximos passos de expansão. De acordo com o diretor-geral da companhia no Brasil, Jeremy Matioszek, a meta da empresa é aumentar a carteira de clientes e ampliar a presença no Brasil, abrindo unidades em São Paulo e Paraná. Além disso, o executivo também revelou que a Regnier fechou recentemente um contrato com uma empresa estrangeira que atua em FPSOs no Brasil. O setor siderúrgico também está nos planos de expansão da companhia, que ainda tem planos de promover a capacitação de funcionários brasileiros. ―Queremos mandar profissionais para fora para se especializarem. Temos plano de treinamento para brasileiros na França, que vão passar dois meses lá em treinamento. Queremos investir mais no Brasil, tanto em maquinário quanto em mão de obra―, afirmou.

Qual é o foco da atuação da empresa? Nós somos uma empresa de origem francesa que fabrica cilindros hidráulicos para as indústrias offshore, siderúrgica, nuclear, enfim, para todas as indústrias pesadas. No Brasil, o foco é a manutenção corretiva de cilindros hidráulicos. A empresa tem mão de obra nacional e também traz técnicos estrangeiros para as operações. Neste momento, estamos enxutos para otimizar custos e acompanhar o mercado.

Quando a empresa chegou ao Brasil? Chegamos ao Brasil em 2014 e inicialmente contávamos com um escritório de representação no Rio de Janeiro. No ano passado, decidimos abrir uma planta fabril no Espírito Santo, na Grande Vitória. Tivemos a oportunidade de atender um cliente de fora e demos esse passo para atender na área de pós venda.

Como estão os negócios no mercado brasileiro? A situação está difícil porque estamos enfrentando uma economia muito retraída. As empresas não querem investir tanto na área de manutenção corretiva. Estão preferindo fazer manutenções mais baratas e com efeitos que durem menos. O nosso trabalho é fazer uma manutenção corretiva de alto nível. Nós viemos com o posicionamento de uma empresa que traz qualidade de 40 anos do mercado, principalmente nas áreas de petróleo e gás e nuclear. A duração da nossa manutenção corretiva é muito maior.

Como a companhia atua dentro do setor de óleo e gás do Brasil? Nós acabamos de fechar um projeto de empresa estrangeira que atua em FPSOs no Brasil e que está renovando o seu parque hidráulico de levantamento de carga. Também estamos em manutenção de cilindros em PLSVs. Além disso, oito navios que estão no Brasil tem cilindros fabricados por nossa empresa.

Quais são as perspectivas dentro do setor de óleo e gás? Pelo fato do setor de petróleo e gás ter se retraído um pouco, nós estamos trabalhando mais com siderurgia no momento. Sabemos que o segmento de óleo e gás vai voltar. Já estamos vendo alguns sinais de aquecimento de mercado. Estamos saindo dessa fase de “banho-maria”.

E em que outros setores a Regnier deseja crescer? Principalmente no siderúrgico. Existe um gap em termos de cilindros hidráulicos, que são muito mal consertados. Vemos que existem muitos erros de concepção. Estamos trabalhando com algumas empresas do mercado para uma mudança de concepção de cilindros, visando dar uma confiabilidade maior. Temos know how fora do Brasil e queremos aplicá-lo no País.

Como andam os negócios dentro do segmento nuclear? Por enquanto estamos com algumas conversas, mas nada de concreto. É um setor que ainda não focamos.

Como a empresa planeja crescer neste momento de crise? Atualmente, a Regnier trabalha muito enxuta, com poucos contratos. Prevemos que vamos ter um crescimento de mais ou menos de 2% ao mês ao longo deste ano. Estamos nos preparando para voltar ao mercado. Queremos mandar profissionais para fora para se especializarem. Temos plano de treinamento para brasileiros na França, que vão passar dois meses lá em treinamento. Queremos investir mais no Brasil, tanto em maquinário quanto em mão de obra. Já fizemos um investimento acima de R$ 2 milhões e temos previsão de investir mais R$ 500 mil por ano até 2020.

Quais serão os próximos passos da companhia? No médio prazo, queremos ampliar nossa carteira de clientes, sempre trabalhando com as maiores dificuldades deles. Queremos investir nestes clientes e trazer mais soluções e tecnologia. Além disso, queremos ainda contratar mais pessoas e

ampliar nossas atividades em outros estados. Hoje, estamos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo e visamos entrar em São Paulo e Paraná. Não será uma expansão com uma planta fabril, necessariamente, mas com uma representação comercial. Também visamos ampliar nossa presença na América Latina.

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Fonte: Tnpetróleo 05/07/2017

- Vai de hoje (05) até 21 de julho consulta pública relativa aos pré-editais e minutas dos contratos das 2ª e 3ª Rodadas

A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocambustíveis (ANP) realiza entre hoje (5/7) e 21 de julho a consulta pública relativa aos pré-editais e minutas dos contratos das 2ª e 3ª Rodadas de Licitações de Partilha de Produção, de áreas

no pré-sal. A audiência pública sobre o tema ocorrerá no dia 25 de julho, em local a ser definido. A etapa pública do processo permitirá à ANP obter subsídios e informações adicionais sobre os pré-editais e minutas de contratos e propiciar aos agentes econômicos e demais interessados a possibilidade de encaminhamento de comentários e sugestões, dando publicidade e transparência às ações da Agência. Na elaboração dos pré-editais e das minutas dos contratos, foram realizados aprimoramentos de forma, que resultaram na simplificação do texto e melhor organização das informações, e de conteúdo, que adaptaram as regras às novas resoluções do CNPE e demais legislações relevantes. Entre as principais mudanças estão: informações específicas relativas aos procedimentos de individualização da produção para a 2ª Rodada; inclusão de regras que permitam a participação, na modalidade de não-operador, dos Fundos de Investimento em Participações (FIPs); possibilidade de aproveitamento de documentos apresentados em uma rodada de partilha para a outra; adequação da cláusula de P,D&I à Resolução Pedefor nº 1/2017; alteração da cláusula de conteúdo local para adaptação à Resolução CNPE nº 07/2017. Destaca-se ainda a adaptação dos textos ao direito de preferência da Petrobras em atuar como operadora. A empresa exerceu direito de preferência para a área unitizável adjacente ao campo de Sapinhoá, ofertada na 2ª Rodada, e nos blocos de Peroba e Alto de Cabo Frio Central, oferecidos na 3ª Rodada. Desse modo, para cada rodada, foram elaboradas duas minutas de contrato, sendo uma com e outra sem a participação de 30% da Petrobras como operadora. Ambas as rodadas estão previstas para ocorrerem no dia 27 de outubro, no Rio de Janeiro. Os documentos relacionados à consulta e à audiência públicas, procedimentos para envio de sugestões e para participação na audiência, bem como informações e cronogramas das rodadas estão disponíveis na página http://www.brasil-rounds.gov.br/. A consulta pública também pode ser acessada na página http://www.anp.gov.br/wwwanp/consultas-audiencias-publicas/em-andamento/3854consulta-e-audiencia-publicas-n-15-2017. VOLTAR

Fonte: Tnpetróleo 05/07/2017

- Brent estabiliza próximo dos US$ 50

O Brent aumentou por nove dias seguidos e é o maior período de ganhos desde julho de 2009. No final de maio e na maior parte de junho foram predominantemente de preços baixos, na medida em que a produção dos EUA aumentou e as dúvidas cresceram sobre a capacidade da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de controlar a produção. Mas o sentimento começou a mudar no final de junho, quando os dados mostraram uma caída na produção de petróleo dos EUA e uma pequena queda na perfuração para a nova produção. Os preços subiram nos últimos dias, apesar da produção da Opep atingir um máximo de 32,72 milhões de barris por dia (bpd) em junho de 2017, de acordo com uma pesquisa realizada pela Reuters. Os esforços do grupo para reequilibrar o mercado foram prejudicados pelo aumento da produção da Líbia e da Nigéria, que estão isentos de um acordo de redução do resultado. A Líbia está bombeando cerca de 1 milhão de barris de petróleo bruto, uma alta de quatro anos.

As exportações da Opep subiram pelo um segundo mês consecutivo em junho para 25,92 milhões de bpd, 1,9 milhão de barris por ano no mesmo mês do ano passado, de acordo com a Thomson Reuters Oil Research. "Vemos uma recuperação dos preços do petróleo no segundo semestre de 2017 a partir dos níveis atuais, com os cortes na produção da Opep, uma desaceleração no crescimento da oferta global e uma demanda sazonada reafirmando os preços", disse a BMI Research, e acrescentou que "apesar de um aumento na produção, teremos um crescimento dos preços no ano em 2018. " VOLTAR

Fonte: Tnpetróleo 05/07/2017

- Emprego reaquece e cria 73 mil novas vagas em maio para candidatos jovens

O mercado de trabalho para os jovens está reaquecendo e novas oportunidades de emprego estão surgindo, segundo o Ministério do Trabalho. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de 1,24 milhão de contratações em maio, 611,42 mil foram de trabalhadores com até 29 anos. Como resultado, a diferença entre admissões e desligamentos gerou um saldo positivo de 73,29 mil novas vagas somente para essa faixa etária. Segundo o Ministério do Trabalho, esta não foi a primeira vez que a criação de empregos para trabalhadores jovens teve um desempenho positivo no Caged. De janeiro a maio, o grupo de trabalhadores de até 24 anos teve saldo positivo de 320,55 mil vagas formais de trabalho. O saldo entre admitidos e demitidos de todas as faixas etárias nesses cinco meses chegou a 25,23 mil vagas, ou seja, 12 vezes menor. No acumulado dos últimos 12 meses, quando o saldo geral foi negativo em 887,62 mil vagas, a criação de vagas para os mesmos trabalhadores de até 24 anos apresentou saldo positivo de 545, 91 mil vagas. ―Embora as faixas etárias mais elevadas ainda não tenham apresentado saldos positivos de emprego, a forte presença dos jovens na geração de empregos formais deve ser comemorada, considerando as dificuldades que esse grupo enfrenta no mercado de trabalho‖, informou o ministério, em nota, citando dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta

que, no 1º trimestre de 2017, a taxa de desocupação dos trabalhadores entre 18-24 anos foi 28,8%, o dobro da média nacional (13,7%). Atividade econômica

Dos oito setores de atividade econômica, seis deles concentram os maiores saldos positivos de emprego para jovens dos 18 aos 24 anos, segundo o ministério. Só o setor de serviços, em maio, abriu 21,8 mil vagas formais para esses trabalhadores. Na indústria da transformação, foram 12,6 mil, e no comércio, 11,8 mil postos. Também tiveram desempenho positivo para esta faixa etária, a construção civil, com saldo de mil postos; os serviços de utilidade pública, com cerca de 400; e a extrativa mineral, com 165 vagas a mais. O estado que mais empregou jovens em maio foi São Paulo, com a criação de 26.861 vagas formais para trabalhadores com até 29 anos. A maioria, 20.123, tinha entre 18 e 24 anos. Em segundo lugar ficou Minas Gerais, com um saldo positivo de 14.581, sendo 10.140 para a faixa de 18 a 24. E o terceiro foi o Paraná, com saldo de 6.150. VOLTAR

Fonte: Tnpetróleo 05/07/2017

- Odebrecht Agro comemora 10 anos de atuação

A diretoria da UDOP parabeniza a Odebrecht Agroindustrial pela comemoração de seus 10 anos de atuação, ocorrida neste mês de julho. "É sem dúvida algo a se celebrar, uma vez que a Odebrecht Agro significou um grande divisor de águas nos rumos do setor da bioenergia. Uma empresa com uma visão de futuro excepcional e que em 10 anos marcou de forma destacada sua trajetória no setor", destaca o presidente executivo da UDOP, Antonio Cesar Salibe. Com mais de 11 mil integrantes, a Odebrecht Agro é marca registrada na excelência do segmento, com mais de 6 milhões de horas em capacitação, 400 mil participações e cerca de R$ 80 milhões investidos em cursos de qualificação profissional em suas nove Unidades Agroindustriais. "Com um sistema de gestão altamente eficiente, capitaneado pelo Dr. Genésio Lemos Couto, vice-presidente de Pessoas, Sustentabilidade e Comunicação, a Odebrecht Agro é referência quando o assunto é qualificação de seus integrantes, utilizando-se, inclusive, de toda a estrutura da UniUDOP Universidade Corporativa da UDOP, em treinamentos que vão desde o chão de fábrica até os nossos cursos de MBA", destacou ainda Salibe. Na safra 2016/17, o Programa Acreditar, desenvolvido pelo grupo, capacitou 244 pessoas em 17 cursos de qualificação para a indústria sucroenergética, enquanto o Acreditar Jr. beneficiou 415 jovens. Durante o último ano, a Odebrecht Agroindustrial criou também o Projeto Acreditar na Diversidade, para inclusão de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho. Desenvolvido no Polo São Paulo, o projeto foi reconhecido pela ONU em 2016,

durante as comemorações dos 10 anos da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Colheita de resultados

Em seus 10 anos de atuação, a Odebrecht Agro já produziu 11,5 bilhões de litros de etanol, capazes de evitar 23 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera; 3,5 milhões de toneladas de açúcar; e 9,5 mil GWh de energia elétrica, mostrando que é possível associar o crescimento da produção à construção de um futuro limpo. Comemorando os 10 anos o grupo produziu um vídeo destacando os integrantes que fazem, da Odebrecht Agro, a referência que se tornou. Confira a vídeo clicando aqui. VOLTAR

Fonte: Tnpetróleo 05/07/2017

- Rio Amazonas: Global Water Summit incentiva diálogo intersetorial e voltado para ação Foi navegando pelo Rio Amazonas, uma das principais bacias de água de doce do país, que representantes da sociedade civil e do setor privado discutiram durante três dias, entre 29 de junho e 1º de julho, a segurança hídrica e os desafios de como as mudanças climáticas podem afetar a população, diante de um cenário desafiador: até 2030, se nada for feito, duas em cada três pessoas não terão acesso à água. Realizado no percurso de barco entre Manaus e Parintins, no Amazonas, o Global Water Summit tem como objetivo contribuir para a construção da agenda do 8º Fórum Mundial da Água, que acontecerá em março de 2018 em Brasília.

A Carta de Parintins endereçará uma série de demandas e sugestões, como a necessidade de um diálogo voltado para ação, e sem protagonismo individual, mas sim coletivo, com um pensamento integrado e intersetorial. O evento foi realizado pela Coca-Cola Brasil em parceria com o Grupo Focal de Sustentabilidade do 8º Fórum Mundial da Água, sob liderança do CEBDS e WWF Global. Os painéis de diálogo reuniram representantes de diversas entidades brasileiras e internacionais que trabalham com o tema água, aproximando o setor privado e a sociedade civil. As discussões foram embasadas nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organizações das Nações Unidas (ONU), em especial o ODS 6+, que trata especificamente de água e saneamento para todos. A avaliação dos organizadores

―Foi muito inspirador ouvir todas as discussões que tivemos nesses três dias. Sabemos que é através do diálogo que evoluímos nas nossas estratégias. Isso tem sido uma constante para a Coca-Cola Brasil. Nosso papel, como líderes do setor, é começar a ouvir e chamar a indústria e outros parceiros. Estamos convencidos de que é papel das empresas atuar além dos marcos regulatório e leis‖, disse Henrique Braun, presidente da Coca-Cola Brasil. ―Queremos fazer do tema água uma alta prioridade, levá-lo para um patamar como os das discussões de mudanças climáticas. Temos sempre de buscar novas formas e soluções que nos ajudem a conscientizar, engajar e mobilizar a sociedade, os governos e as empresas para essa agenda. Água é fundamental e sem ela não temos nada nesse mundo. O Fórum no Brasil será a oportunidade que teremos de juntar uma série de stakeholders de diferentes níveis. Nosso desafio é conseguir incentivar essa agenda única, com objetivos convergentes, em prol de todos‖, disse Karin Krchnak, diretora do World Wide Fund for Nature e membro do Conselho do Fórum Mundial de Água. ―A parceria entre a Coca-Cola Brasil e o CEBDS para a realização do Global Water Summit foi inovadora e muito importante para construção da agenda do Fórum Mundial da Água. Nestes três dias de encontro, tivemos a oportunidade de falar e debater temas relevantes e fundamentais para o desenvolvimento da agenda. Juntamos representantes do setor privado e da sociedade civil em um diálogo livre. Pudemos vivenciar isso em um ambiente propício para a reflexão e discussão. No fim, criamos consenso e apontamos caminhos. O Brasil tem muita relevância quando se fala de água, mas precisamos partir para as ações‖, ressaltou Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). ―Água é um tema prioritário para a sustentabilidade do nosso negócio e para o planeta. Sem água não há vida e não há negócio. Ao longo da nossa trajetória

e da nossa relação com os recursos hídricos, conseguirmos afinar a nossa estratégia e evoluir no nosso papel a partir de diálogos com a sociedade civil. Agora estamos indo além, viabilizando o acesso à água potável para comunidades por meio da nossa plataforma Água +Acesso. Nesse caminho, o diálogo com a sociedade civil sempre foi o ponto de inflexão. O Global Water Summit é mais um passo. Queremos usar o momento do fórum para acelerar essa agenda‖, explicou Pedro Massa, diretor de Valor Compartilhado da CocaCola Brasil. Os painéis do Global Water Summit

No primeiro painel, que trouxe o debate ―Água para todos – garantindo a segurança e a biodiversidade‖, Alan Bojanic, da Food and Agriculture Organization (FAO), ao falar sobre eficiência dos recursos hídricos e da necessidade de soluções inovadoras na produção de alimentos, lembrou que hoje a agricultura consome 70% da água. ―Precisamos de mais criatividade nos sistemas de irrigação, por exemplo. Israel tem exemplos de boas práticas‖, afirmou. Já Telma Rocha, da Fundação Avina, trouxe a discussão sob o prisma das pessoas. ―A base do trabalho é estar em processos que envolvam pessoas, sejam de acesso ou de políticas públicas. Quem tem acesso hoje não tem garantia que terá acesso amanhã. A informação é algo essencial nessa jornada‖, garantiu. Pedro Massa, da Coca-Cola Brasil, trouxe a experiência da empresa que, a partir do diálogo, entendeu que precisava ir além dos muros. ―Mudamos a forma de encarar o tema água e abraçamos o diálogo, o que nos fez evoluir muito na forma como tratamos esse tema e para estar onde estamos hoje. Nossa evolução é da inciativa privada como um todo – não só para nossos produtos, mas também para os insumos que compramos para a produção. Agua é essencial para o nosso negócio‖, disse. Para Samuel Barreto, representante da The Nature Conservancy (TNC), o principal desafio é a questão climática. ―Precisamos rever nossas relações de trabalho já na nossa geração para conseguirmos tratar a questão climática, temos de desenvolver novas habilidades e isso exige soluções rápidas. O horizonte de impacto é daqui a 15 anos. Se não conseguirmos estabilizar o clima, podemos comprometer os outros esforços‖, alertou ele. Foi de Barreto também a iniciativa de propor a construção de uma cúpula no âmbito da ONU para tratar de água e discutir compromissos que monitorem o tema e culminem em ações efetivas. A ideia foi abraçada por todos os participantes. Como inserir o tema água na agenda dos governos e da iniciativa privada, além da criação de um legado, foi o cerne da discussão no painel ―Água para sempre – construindo o futuro‖. Tatiana Fedotova, diretora de água do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), lembrou que não há mais tempo para novas discussões. Ela também destacou a importância da

comunicação e a melhoria na transparência e linguagem da informação. ―Há uma falta de unidade entre os profissionais de água, o que é um desafio para compromissos. Não se trata de reinventar nada de novo, mas potencializar todos os entes que já trabalham o tema‖, apontou. Um dos grandes desafios é o uso eficiente da água nas produções agrícolas, como ressaltou Rafael Pizzi, diretor da startup Agrosmart. Ele apresentou um caso que utiliza dados para ajudar produtores rurais a tomarem decisões e terem melhores práticas de irrigação, evitando o desperdício. ―Há um desconhecimento sobre as melhores formas de se irrigar, inclusive por parte de grandes produtores. Não temos muito investimento em tecnologia de irrigação no Brasil. Isso é um desafio que precisa ser superado‖, disse. Hugo Flores, representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Perpétuo Cajazeiras, do Banco do Nordeste, fizeram apresentações sobre as políticas de investimentos de recursos em projetos de água. No encerramento do encontro, Marina Grossi, do CEBDS, liderou a roda de diálogos com Karin Krchnak, do WWF, e Marússia Whately, da Aliança pela Água. Elas falaram sobre expectativas, resultados, inclusão e participação da sociedade no Fórum Mundial de Água, além de impactos, estratégias, evolução e próximos passos. ―Falta consenso entre os diferentes atores que trabalham na agenda de água. Sabemos que ela é ampla e talvez o mais interessante seja escolher um foco para fazer um trabalho mais assertivo, monitorado e que apresente resultados‖ sugeriu Marina. ―Temos de pensar como dar continuidade ao que será discutido no fórum, principalmente na questão da governança, envolvendo as empresas e os governos. Vamos propor uma carta de compromissos das empresas para chegarmos a um novo patamar. Precisamos fazer disso um movimento mais virtuoso‖. Marússia lembrou que, nos últimos 20 anos, o tema água vem ganhando uma nova dimensão e se tornou emergente. ―A crise hídrica saiu da categoria de um problema ambiental e entrou na de um desafio global da sociedade. O gap de gestão no Brasil é imenso para lidar com problemas como escassez. A governança é muito complexa, envolve diversas esferas governamentais, assim como várias instituições, o que dificulta entender quem efetivamente cuida da água‖, assinalou ela. Para Karin Krchnak, o fórum é uma oportunidade para o engajamento das empresas. ―Temos uma série de desafios para o fórum, como, por exemplo, documentar e compartilhar as soluções que surgirem ou que serão apresentadas. Vejo a importância de engajar todos em ações coletivas e regionais. É um grande momento para trazer as empresas e buscar ações práticas e concretas. É o caso da Coca-Cola Brasil, que tem sido referência para a agenda de água e pode compartilhar seus resultados. Quem sabe as

empresas poderiam ajudar a financiar uma maior participação da sociedade?‖, sugeriu a integrante do conselho do Fórum Mundial de Água. VOLTAR

Fonte: O Globo 05/07/2017

- Santander vai lançar estratégia para crédito imobiliário com juro abaixo de 10% e processo pelo Objetivo do aplicativo é reduzir o tempo de concessão do crédito celular imobiliário

Homem caminha em frente a uma agência do banco Santander em Madri - Simon Dawson / Bloomberg MADRI – O banco Santander, que é o quarto maior em crédito imobiliário no país, vai lançar uma nova estratégia para o segmento, que inclui taxa de juros para financiamento abaixo de 10% ao ano e um sistema de pedido de empréstimos totalmente digital, pelo celular. A informação é do presidente Sérgio Rial, durante o XVI Encontro Santander América Latina. A nova taxa de juros – atualmente o número fica perto de 11%, 11,5% ao ano – passa a valer nesta sexta-feira. — Acreditamos que o segmento imobiliário será o que vai reagir primeiro no crédito. Nesta quinta-feira, vamos lançar uma iniciativa com 50 incorporadoras para lançamentos de empreendimentos financiados abaixo de 10%. O modelo de aplicativo vai reduzir drasticamente o tempo de concessão do crédito imobiliário. Hoje o prazo médio é de 90 a 120 dias. Nossa idéia em um primeiro momento é reduzir para 60 dias — afirmou Rial. A taxa de juros abaixo de 10% é inicialmente promocional, mas a ideia do banco é que possa se tornar permanente. A estratégia é se preparar para o período de pós-crise e a retomada do crédito imobiliário. Além do novo sistema para pessoas físicas – que poderão enviar os documentos digitalizados –, há um novo programa diretamente para as empresas, para o financiamento dos lançamentos residenciais, também com taxa de juros de um dígito. Se os projetos incluírem reúso de água e fontes de energia renováveis, terão direito a uma taxa ainda maior.

CRESCIMENTO DO BANCO Rial reforçou sua aposta na continuidade do crescimento do Santander no Brasil, mas disse que isso não passa necessariamente por novas aquisições. Mais cedo, a presidente mundial do banco, Ana Botín, disse que há espaço para crescimento orgânico no Brasil. Ele negou que haja qualquer negociação no momento para compra de compra de plataformas de investimento digital, embora reconheça que o banco está sempre de olho em oportunidades. Rumores de mercado sugeriam interesse da instituição no Banco Original. — O Brasil é grande o suficiente para ter um terceiro banco privado. Somos uma alternativa e estamos fazendo um importante trabalho de base, muito focado na experiência do cliente e no lado digital. Estou super confiante com o crescimento do banco: os outros cresceram menos. (...) O banco não precisa comprar ninguém para continuar crescendo, não sou um grande comprador. (...) Mas eu olho tudo.

*A repórter viajou a convite do Santander VOLTAR

Fonte: O Globo 05/07/2017

- Senado aprova projeto que cancela precatórios depositados há mais de 2 anos Governo pretende engordar a arrecadação para garantir o cumprimento da meta fiscal BRASÍLIA - O plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, por 44 votos favoráveis e 23 contrários, o texto base do projeto que modifica as regras de pagamento de precatórios (valores que a União é obrigada a pagar a pessoas físicas e empresas em ações judiciais transitadas em julgado). Após a análise dos destaques, o projeto será encaminhado à sanção. A proposta prevê o cancelamento de precatórios e Requisições de Pequeno Valor (RPV) depositados há mais de dois anos e que não tenham sido sacados pelos beneficiários. Essa é uma das estratégias do governo para engordar a arrecadação este ano e garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões. Quando o projeto foi enviado ao Congresso a previsão da equipe econômica era de que os cancelamentos rendessem R$ 8,6 bilhões aos cofres públicos. Eles estariam inscritos em 493.301 contas vinculadas a precatórios e RPVs.

Conforme mostrou o GLOBO, no entanto, os valores ―abandonados‖ pelos trabalhadores nas contas vinculadas são muito baixos. Na verdade, segundo o Conselho da Justiça Federal, a maior parte desses R$ 8,6 bilhões não foram retirados dos bancos porque há pendências nas ações. O projeto enfrentou a resistência de senadores da oposição e da própria base. O senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES), afirmou que há problemas de constitucionalidade na iniciativa. — Há uma série de questionamentos não apenas no mérito, mas na duvidosa constitucionalidade dessa iniciativa. Esse projeto não faz nada para resolver a ineficiência que decorre do fato de que, muitas vezes, o credor sequer sabe que esses recursos estão disponíveis para serem retirados (...). O que se propõe, em lugar de resolver essa ineficiência, é cancelar o direito transitado em julgado de se receberem valores líquidos e certos — disse. — O dinheiro tem proprietários. Isso não é nada mais do que uma operação de crédito. Só que operação de crédito não pode ser feita pelo governo. É uma pedalada, é ilegal — completou a senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB/AM). VOLTAR

Fonte: O Globo 05/07/2017

- Presidente do Santander diz que economia brasileira não está paralisada Para Sérgio Rial, aumento de vendas no varejo e a redução da taxa de juros são exemplos de desenvolvimento

Sérgio Rial, presidente do Santander no Brasil - Divulgação MADRI – O presidente do Santander no Brasil, Sérgio Rial, afirmou que a economia brasileira segue seu rumo, embora em ritmo mais lento, e não está paralisada por causa da nova crise política. Ao participar do XVI Encontro Santander América Latina, ele citou o aumento de vendas no varejo, a redução da taxa de juros e o impacto dos saques das contas inativas do FGTS como exemplos de que "as coisas estão andando". — O varejo está vendendo mais que no ano passado, apesar de ser uma base baixa. O Brasil micro está estruturalmente melhor, com taxa de juros caindo, que ajuda a alavancar, e o FGTS teve impacto muito maior que a imprensa e o mercado foram capaz de entender. (...) Não acho que a gente está paralisado, acho que a economia está seguindo seu rumo, de forma mais lenta. Mas acho que o país está cansado — disse. Para o executivo, a delação do presidente da JBS, Joesley Batista – divulgada em maio pelo colunista do GLOBO, Lauro Jardim – não teve impacto nos pedidos de empréstimos das companhias. Ele ressaltou que não se pode confundir o que acontece com os controladores das empresas do grupo com o que ocorre com as companhias. Apesar da maior lentidão na agenda macroeconômica, Rial acredita que a reforma trabalhista será aprovada pelo Congresso por falta de alternativas e, no caso da Previdência, pelo menos a questão da idade mínima deve avançar. As mudanças, no entanto, são classificadas por Rial muito mais como atualizações da legislação que exatamente reformas. — Se não fizermos reforma, o custo da Previdência vai chegar a 20% do PIB. O Brasil para. Do jeito que está, fica em 15% do PIB. Vocês verão pelo menos mais duas reformas. Na verdade, devemos chamar de atualização. Atualização Previdência fase 1, atualização Previdência fase 2.... — concluiu. VOLTAR

Fonte: O Globo

05/07/2017

- Governo discute alternativas ao fim do imposto sindical BRASÍLIA (Reuters) - O governo negocia uma alternativa de financiamento aos sindicatos, mas não deverá incluir na medida provisória que irá alterar pontos da reforma trabalhista a volta do imposto sindical, como gostaria o setor. Em reunião na manhã desta quarta-feira, o presidente Michel Temer discutiu o tema com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente da Força Sindical. "Eu falei da dificuldade que seria a recomposição do imposto sindical por parte da Câmara. Isso precisaria ser muito bem trabalhado pelo deputado Paulinho", disse Rodrigo Maia ao chegar na Câmara depois do encontro no Palácio do Jaburu. "Agora, sem a reconstrução dos deputados... isso não é tema que agrade à Câmara". O fim do imposto sindical --a cobrança de um dia de trabalho de todos os trabalhadores, redistribuída entre os sindicatos-- não estava previsto no projeto de lei com mudanças trabalhistas enviado pelo governo, mas foi incluído pela Câmara, assim como outras alterações. Para acelerar a sanção da lei, o Palácio do Planalto fez um acordo com o Senado de enviar uma medida provisória com modificações nos pontos que os senadores não concordam --a volta do imposto sindical não está entre eles. No entanto, as centrais sindicais pressionam o governo para encontrar uma alternativa de financiamento, mesmo que não seja a volta do imposto. De acordo com fontes governistas, então em estudo uma regulamentação da chamada contribuição assistencial, que é decidida em assembleia e cobrada mensalmente dos representados na convenção coletiva, mesmo que não sejam sindicalizados. Em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a cobrança era ilegal para trabalhadores não sindicalizados. O governo estuda ainda um tempo de transição para o fim do imposto sindical, que poderia chegar a quatro anos, de redução gradativa do imposto. O Planalto planeja publicar a MP com alterações no mesmo dia em que Temer sancionar a reforma trabalhista. (Reportagem de Lisandra Paraguassu)

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Fonte: O Globo 05/07/2017

- Maia diz a Temer que reoneração enfrentará dificuldades no plenário da Câmara

Adiamento do benefício foi aprovado em comissão da Casa

Rodrigo Maia chega ao Supremo Tribunal federal para tratar do rito da denúncia contra Temer (Arquivo-04-07-2017) - ANDRE COELHO / Agência O Globo BRASÍLIA - O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteve nesta manhã com o presidente Michel Temer e não deu boas notícias da economia: disse que há dificuldade para aprovar em plenário a proposta de reoneração da folha de pagamento de setores da economia — que foi aprovada em comissão da Casa esta tarde — e a manutenção do imposto sindical por algum tempo. No caso da reoneração, Maia disse que já informara ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que esse assunto teria ―dificuldades‖ no Congresso e questionou se a medida não vai prejudicar a economia já em crise, porque aumenta impostos. Ele esteve no Palácio do Jaburu logo cedo, acompanhado do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). — A reoneração é uma matéria polêmica, num momento de crise. Tem que entender por que alguns setores foram beneficiados e outros não. Às vezes têm explicação. A gente precisa tem que entender porque a crise ainda existe e é profunda. Isso vai gerar arrecadação, mas vai gerar desemprego também. Já disse ao ministro Meirelles. Esse texto vai ser dificuldades no plenário — disse Maia. Maia disse que o encontro foi pedido pelo deputado Paulo Pereira da Silva para tratar da questão do imposto sindical. O problema é que a reforma trabalhista acaba com a obrigatoriedade do imposto sindical. E sindicalistas querem que Temer reveja isso. — Falamos sobre a dificuldade do tema da recomposição do imposto sindical. Não é um tema que agrade os deputados — disse Maia.

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Fonte: Estadão 05/07/2017

- Ministro comemora projeto dos precatórios e diz que decisão ajudará contas públicas Projeto de lei que permite resgate dos valores deve injetar mais de R$ 8,6 bilhões nos cofres da União

Em meio à ameaça de paralisação de órgãos da administração pública devido à restrição orçamentária, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, comemorou no Twitter a aprovação do projeto de lei que permite o resgate de precatórios não sacados por beneficiários no prazo de dois anos. A medida é importante para trazer alívio ao quadro fiscal do governo, que é delicado diante do corte de R$ 39 bilhões em despesas que ainda está em vigor. O resgate dos precatórios vai injetar mais de R$ 8,6 bilhões nos cofres da União, segundo estimativas da área econômica.

Dyogo Oliveira comentou, no perfil do Ministério do Planejamento no Twitter, que a decisão dos parlamentares é “acertada e contribui para o ajuste das contas públicas”. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom|Agência Brasil A medida já havia sido ratificada pela Câmara dos Deputados e nesta quartafeira, 5, e foi aprovada no plenário do Senado. Agora, o texto vai à sanção presidencial. Oliveira comentou, no perfil do Ministério do Planejamento no Twitter, que a decisão dos parlamentares é ―acertada e contribui para o ajuste das contas públicas‖. ―A aprovação dos precatórios permite em um primeiro momento o atendimento de despesas urgentes e prioritárias para a manutenção de serviços públicos essenciais. Até 22 de julho, o governo vai divulgar o relatório de receitas e despesas do 3º bimestre com as alterações orçamentárias‖, disse o ministro. O governo tem sido pressionado por órgãos como a Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal por liberação de recursos. Na semana passada, a PF paralisou a emissão de passaportes alegando falta de dinheiro, e o Congresso Nacional já está analisando um projeto que reforça o Orçamento do órgão, enviado pelo Ministério do Planejamento. Hoje, a PRF anunciou

suspensão de algumas atividades sob a mesma justificativa de ausência de verba, embora o governo alegue que o órgão ainda tem R$ 50,7 milhões para serem comprometidos em novas despesas de custeio. O ingresso dos R$ 8,6 bilhões dos precatórios é parte das medidas com que o governo conta para adicionar R$ 14,8 bilhões às estimativas de receita e, assim , conseguir liberar mais uma parte do Orçamento que hoje ainda está bloqueado. Do corte inicial de R$ 42,1 bilhões, o governo só conseguiu até agora liberar R$ 3,1 bilhões. A área econômica reconhece que precisa

desbloquear mais recursos para não comprometer as atividades da administração pública. Mas, mesmo com esses recursos, a equipe econômica deve fazer uma avaliação criteriosa do comportamento das receitas administradas, que têm tido frustração mês a mês. Como mostrou o Estadão/Broadcast no mês passado, o quanto o governo poderá ou não liberar depende também das outras medidas e de como está se comportando a arrecadação de tributos, afetada por fatores como o ritmo da economia. O governo hoje projeta crescimento de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, mas o mercado prevê em média alta de 0,39%. A aprovação do projeto dos precatórios vinha sendo tratado como prioridade pela equipe econômica, devido ao grande volume de recursos envolvidos e à necessidade crescente de liberar a parte do Orçamento contingenciada. VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- A experiência afetiva de valorizar a biodiversidade Preservar o meio ambiente é um tema pelo qual todo cidadão tem simpatia. No entanto, contribuir para valorizar um dos nossos maiores patrimônios ainda é atitude para poucos convertidos.

O impacto negativo da indústria no meio ambiente já é assunto conhecido da população, e essa correlação aumentou consideravelmente entre as pessoas na última década. É impressionante observar como a expectativa da sociedade para que as empresas contribuam para um mundo melhor tem crescido ano a ano. Neste contexto, espera-se que as companhias desenvolvam suas iniciativas não apenas dentro dos próprios muros, mas também envolvam seu entorno e mobilizem o maior número de pessoas possível.

Na nossa jornada sobre causas de marketing aprendemos que o cidadão, além de consciente e cada vez mais crítico, também quer agir, mas na maioria das vezes não sabe por onde começar. Vejo aí, portanto, uma janela de oportunidades para marcas se engajarem com causas legítimas, envolvendo a sociedade de maneira que ela possa contribuir de maneira fácil e, se possível, ainda ganhe uma recompensa pela mudança de hábito.

Somos movidos por motivações emocionais e racionais. Para os emocionais, uma boa história vai fazê-lo mover montanhas. Para os racionais a estratégia é atraí-los com benefícios que o permita conhecer o novo. Sensibilizar e atrair o cidadão para a temática é um fator fundamental. Uma vez despertado o interesse, educar para a ação passa a ser a missão de muitas marcas. O ápice acontece quando conseguimos fazer as pessoas agirem. Neste quesito, o crowdfunding (financiamento coletivo) desponta nos últimos tempos como uma ferramenta eficiente que contribui para várias entregas: tem sempre uma história emocional, oferece benefícios racionais e contribui para projetos mais sustentáveis. Claro que, na prática, não é fácil arrecadar a meta proposta e na verdade exige muito esforço. Histórias de empreendedores sociais e suas iniciativas criativas para arrecadar os recursos financeiros inspiram e comovem quem está longe da realidade da prática de mudar o mundo. De lançamentos de satélites a uma nova câmara fria para processar jabuticabas, acompanhar estas experiências pode ser bem educativo e divertido. Recentemente, a cervejaria Colorado, que usa ingredientes da biodiversidade brasileira na composição de seus produtos, resolveu valorizar e apoiar a causa por meio da divulgação de três projetos ligados à temática. Um deles fala exatamente da jabuticaba. No interior de São Paulo, um grupo de produtores tem como meta ampliar seu espaço e comprar uma câmara fria para aumentar a produção de produtos à base de jabuticaba. Em parceria com a EMBRAPA, eles desenvolveram uma técnica que

transforma a fruta em pó e facilita a produção de diversos produtos, como o jabutipasta – o famoso macarrão de jabuticaba da fazenda. Como esta é minha fruta favorita e também adoro cerveja, lá fui eu contribuir com a causa. Para minha surpresa, descobri que ao doar os R$100,00 para a campanha, eu teria direito a ir até a fazenda e colher jabuticaba no pé, na época da safra. Mesmo para mim, uma convertida das causas sociais e ambientais, o benefício racional me fez sonhar com a colheita junto com meus filhos, numa experiência que com certeza vai trazer muita memória afetiva para a família toda. Sinto o gosto da infância… Já experimentou valorizar a biodiversidade? Delicie-se. VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- Temer aceita discutir imposto sindical genérico, diz sindicalista Em reunião, presidente teria indicado apoio à 'contribuição negocial' após fim de imposto sindical

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer indicou em reunião com sindicalistas que o governo vê positivamente a ideia de uma nova contribuição sindical a ser paga pelos trabalhadores que participam dos acordos coletivos. A medida seria uma alternativa ao fim do imposto sindical previsto na reforma trabalhista. Em encontro realizado nesta quarta-feira, 5, Temer reafirmou o compromisso de ajustar a reforma trabalhista em alguns pontos após eventual aprovação no plenário do Senado.

Presidente Michel Temer teria indicado apoio à 'Contribuição Negocial' após fim de Imposto Sindical, diz sindicalista Foto: Dida Sampaio/Estadão "O presidente disse que topa fazer a discussão sobre essa proposta de financiamento aos sindicatos", disse o primeiro-secretário da Força Sindical, Sergio Luiz Leite, que participou do encontro no Palácio do Jaburu. A entidade defende que haja livre negociação entre sindicatos e trabalhadores beneficiados por uma convenção - independentemente de o empregado ser ou não sindicalizado. "Queremos a livre negociação e dar poder para que as assembléias decidam a maneira dessa contribuição", explicou o sindicalista. O estudo da nova forma de financiamentos dos sindicatos havia sido antecipada pelo Broadcast no início de junho.

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Luiz Leite nota que "há tempo suficiente" para a discussão desse novo modelo. "Sancionada pelo presidente da República, a reforma trabalhista entrará em vigor em 120 dias. Não precisaremos atropelar a discussão e vamos caminhar para uma saída que tenha sustentabilidade jurídica", disse. Além de representantes da Força Sindical, a reunião com Temer também contou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que prometeu apoio à iniciativa e discutirá o tema no Congresso. Algumas entidades defendem o fim gradual do imposto sindical, mas esse não é o "Plano A" do Palácio do Planalto. Para o governo, o ideal é acabar com o imposto como propõe a reforma trabalhista e criar o mecanismo da "contribuição negocial" como alternativa de financiamento. Para especialistas do mercado de trabalho, esse novo mecanismo deve fortalecer sindicatos que sejam eficientes nas negociações entre patrões e empregados e enfraquecerá aqueles que não lideram acordos coletivos. Na reunião, Temer também confirmou aos sindicalistas que alterará alguns pontos da reforma trabalhista se o texto for aprovado sem mudanças no Senado - como quer o governo. Entre os itens que o presidente promete ajustar, está a regulamentação do trabalho intermitente com limitação dos setores e quarentena de 18 meses para um trabalhador formal ser contratado pelo novo sistema, mudança na regra para o trabalho insalubre para grávidas e lactantes e a manutenção da assistência dos sindicatos nas homologações. VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- Juiz encaminha a Temer perguntas de Cunha sobre FI-FGTS Lista de ex-deputado é elaborada no âmbito de ação penal que apura liberação de recursos da Caixa BRASÍLIA – O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira encaminhou nesta terçafeira, 4, ao presidente Michel Temer uma lista com 22 perguntas elaborada pela defesa do deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no âmbito de uma ação penal que apura um suposto esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FIFGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal. Segundo o Estado/Broadcast Político apurou, o presidente terá ―preferencialmente‖ 10 dias para responder às perguntas, mas não é obrigado a apresentar esclarecimentos. Caso Temer decida não enviar respostas, o juiz federal pode encaminhá-las novamente ao presidente, reiterando o pedido. A lista inclui questionamentos se o presidente tinha conhecimento de pagamentos de vantagens indevidas. ―Vossa Excelência teve conhecimento de alguma vantagem indevida, seja à época de Moreira Franco ( ministro da Secretaria-Geral da Presidência), seja posteriormente, para liberação de financiamento do FI-FGTS?‖, questionam os advogados de Cunha a Temer. Confira abaixo a relação completa das perguntas encaminhadas ao presidente Michel Temer. 1 – Vossa Excelência foi presidente do PMDB em que período? 2 – Vossa Excelência foi apontado como o responsável pela nomeação do senhor Moreira Franco para a vice-presidência da Caixa de fundos e loterias. O senhor era o presidente do PMDB à época? Quando foi isso? 3 – Em 2010, Moreira Franco teve de deixar a Caixa para ocupar a representação do PMDB na coordenação da campanha presidencial. Vossa Excelência indicou o então gerente de Moreira, Joaquim Lima, como seu substituto? 4 – Vossa Excelência conheceu o senhor André da Souza, representante até 2012 no Conselho FI/FGTS, dos trabalhadores ou do PT?

5 – Vossa Excelência fez alguma reunião para tratar de pedidos para financiamento com FI-FGTS, com Moreira Franco e André de Souza? Se sim, quando? Com quem? 6 – Vossa Excelência conhece Benedicto Junior e Léo Pinheiro? 7 – Vossa Excelência participou de alguma reunião com eles e Moreira Franco para doação de campanha para os pleitos eleitorais de 2010, 2012 ou 2014? 8 – Se a resposta for positiva, estava vinculada a alguma liberação do FIFGTS? 9 – André de Souza participou de alguma dessas reuniões? 10 – Onde se deram essas reuniões? 11– Joaquim Lima continuou como vice-presidente da Caixa, em outra área, a partir de 2011. Quem foi o responsável pela sua manutenção? 12 –- Vossa Excelência conheceu Fábio Cleto? 13 – Teve alguma participação na sua nomeação? 14 – Houve interferência do então prefeito Eduardo Paes visando à aceleração do projeto Porto Maravilha para as Olimpíadas? 15 – Vossa Excelência teve conhecimento de alguma vantagem indevida, seja à época de Moreira Franco, seja posteriormente, para liberação de financiamento do FI-FGTS? 16 – Vossa Excelência conhece Henrique Constantino? Esteve alguma vez com ele? Qual foi o tema? Tinha a ver com algum assunto ligado ao financiamento do FI-FGTS? 17 – A denúncia trata da suspeita do recebimento de vantagens indevidas do consórcio Porto Maravilha (OAS, Carioca e Odebrecht), da Haztec, da Aquapolo e Odebrecht Ambiental, Saneatins, Eldorado Participações (Grupo JBS), Lamsa (Linha Amarela S.A.), Brado, Moura Debeux, BR Vias. Vossa Excelência tem conhecimento, como presidente do PMDB até 2016, se essas empresas fizeram doações a campanhas do PMDB? Se sim, de que forma? 18 – Alguma delas fez doação para a campanha de Gabriel Chalita em 2012? 19 – Se positiva a resposta, houve a sua participação? Estava vinculada à liberação desses recursos da Caixa no FI-FGTS? 20 – Como vice-presidente da República desde 2011, Vossa Excelência tem conhecimento da participação de Eduardo Cunha em algum fato vinculado a

essa denúncia de cobrança de vantagens indevidas para liberação de financiamentos do FI-FGTS? 21 – Vossa Excelência tem conhecimento de algum pagamento de vantagem indevida pelo senhor Benedicto Junior a Moreira Franco para liberação de financiamento do FI-FGTS à Odebrecht Transportes para associação no Porto de Santos? 22 –Vossa Excelência tem conhecimento de qualquer vantagem indevida solicitada ou recebida pelo senhor Moreira Franco para liberação, no âmbito do FI-FGTS, em qualquer projeto, incluindo o Porto Maravilha? VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- Número de lançamentos de imóveis dobra, mas base ainda é pequena Levantamento da Fipe em parceria com a Abrainc mostra que lançamentos tiveram salto de 96,6% em comparação com o mesmo mês de 2016, quando protestos enfraqueceram negócios do setor; vendas cresceram 7,8%

O mercado mostrou recuperação nos lançamentos e nas vendas de imóveis residenciais, comerciais e lotes em abril, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O resultado positivo se deve a uma base de comparação fraca, uma vez que os negócios do setor foram prejudicados pelas mobilizações e protestos nas ruas em abril de 2016.

Novos empreendimentos enquadrados no Minha Casa Minha Vida somaram 2.316 unidades em abril Foto: Sérgio Castro/Estadão A pesquisa mostrou que os lançamentos totalizaram 3.106 unidades em abril, um salto de 96,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado. O crescimento foi puxado pela oferta de novos empreendimentos imobiliários enquadrados no Minha Casa Minha Vida (MCMV), que totalizaram 2.316 unidades, alta de 88,6%. Já os lançamentos de imóveis de médio e alto padrão chegaram a 790 unidades no mês, avanço de 124,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, o mercado registrou o lançamento de 69.540 unidades, avanço de 8%. As vendas de imóveis somaram 7.840 unidades em abril, crescimento de 7,8% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse resultado também foi puxado pelos imóveis enquadrados no MCMV - foram vendidas 4.439 unidades desse segmento, um avanço de 28,3%. Entre os empreendimentos de médio e alto padrão, foram vendidas 2.683 unidades, baixa de 11,2%. As demais vendas se referem a salas comerciais e lotes. No acumulado de 12 meses, o mercado registrou 103.686 vendas, queda de 2% em comparação com o período anterior. Os cancelamentos de vendas (distratos) em abril somaram 3.108 unidades, queda de 26,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em 12 meses, as rescisões totalizaram 41.334 unidades, retração de 12%. O mercado chegou ao fim de abril com um estoque de 119.077 imóveis novos à venda (na planta, em obras e recém-construídos), aumento de 5,4% em um ano. VOLTAR

Fonte: Estadão 05/07/2017

- Governo está concluindo nova lei de recuperação judicial, diz Meirelles No Twitter, ministro da Fazenda afirma que objetivo é agilizar o processo de recuperação das empresas

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou ao Twitter nesta quarta-feira, 5, para repetir que a pasta está concluindo a proposta para uma nova Lei de Recuperação Judicial para as empresas. Segundo ele, o objetivo do projeto é facilitar o processo de retomada da atividade das empresas em dificuldade.

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a falar dos programas do governo em seu Twitter Foto: Ueslei Marcelino/Reuters "Recuperação judicial mais rápida e segura permite que empresas voltem a operar e preservem os empregos de funcionários e de fornecedores", disse o ministro na rede social. Em entrevista ao Estadão/Broadcast em maio, Meirelles havia adiantado que o governo pretendia enviar em breve ao Congresso Nacional o projeto de uma nova Lei de Recuperação Judicial, com a redução para dois anos, em média, de todo o processo.

Hoje, esse tempo pode chegar a sete ou oito anos. Segundo o ministro, o projeto dará mais poderes aos credores, viabilizando a negociação de ativos das empresas, além de regular melhor a sucessão empresarial. Na ocasião, Meirelles também destacou a importância da mudança da lei para viabilizar a concessão de novos financiamentos para que a empresa tenha condições de sobreviver durante o processo de recuperação. O governo quer, com a nova lei, reduzir o risco de interessados em comprar empresas em dificuldades. A ideia é evitar que o passivo de um grupo contamine o ativo. VOLTAR

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