TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 RELATÓRIO TÉCNICO

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014

RELATÓRIO TÉCNICO

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO .....................

Author Leonor Fraga Esteves

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TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014

RELATÓRIO TÉCNICO

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO ....................................................................................................................... 3 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4 2. CONTEXTO DE ATUALIZAÇÃO......................................................................................................... 4 3. METODOLOGIA .........................................................................................................................................5 3.1. ESCALA TERRITORIAL ......................................................................................................................5 3.2. INFORMAÇÃO DE BASE ...................................................................................................................5 3.3. CLASSIFICAÇÃO DAS SUBSECÇÕES ESTATÍSTICAS E DAS FREGUESIAS ............................................6 3.4. POPULAÇÃO URBANA .................................................................................................................. 15 3.5. ÁREAS URBANAS .......................................................................................................................... 15 4. CLASSIFICAÇÃO FINAL DAS FREGUESIAS DO TERRITÓRIO NACIONAL ......................................... 16 5. ÁREAS URBANAS ........................................................................................................................ 17 6. CLASSIFICAÇÃO NO SISTEMA DE METAINFORMAÇÃO DO INE .................................................... 18 ANEXOS ......................................................................................................................................... 19

ÍNDICE DE TABELAS TABELA 1. CRITÉRIOS E ESCALA TERRITORIAL DE OPERACIONALIZAÇÃO DA TIPAU 2014........................... 7 TABELA 2. CARATERIZAÇÃO DAS FREGUESIAS E DAS UNIDADES TERRITORIAIS CENSITÁRIAS SUBSECÇÕES E SECÇÕES ESTATÍSTICAS, 2011 ............................................................................................................ 8 TABELA 3. PROPORÇÃO DE SOLO URBANO AFERIDO À CAOP 2010, POR NUTS II....................................... 9 TABELA 4. NÍVEIS DE INTERSEÇÃO DAS SUBSECÇÕES ESTATÍSTICAS (BGRI 2011) COM O SOLO URBANO AFERIDO À CAOP 2010, 2011.............................................................................................................. 10 TABELA 5. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS SUBSECÇÕES ESTATÍSTICAS DE PORTUGAL ...................... 11 TABELA 6. FREGUESIAS E SUPERFÍCIE MÉDIA DAS FREGUESIAS, CAOP 2010 E CAOP 2013, POR NUTS II . 12 TABELA 7. CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS FREGUESIAS DE PORTUGAL .............................................. 14 TABELA 8. FREGUESIAS E POPULAÇÃO RESIDENTE SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO DAS FREGUESIAS, TIPAU 2014, CAOP 2010 E CAOP 2013, 2011 ................................................................................................ 16 TABELA 9. ÁREAS URBANAS, TIPAU 2014, CAOP 2010 E CAOP 2013, POR NUTS II, 2011 ......................... 17

ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA 1. TIPAU 2014: CLASSIFICAÇÃO DAS FREGUESIAS, CAOP 2010 E CAOP 2013, 2011…………………17 FIGURA 2. TIPAU 2014: ÁREAS URBANAS, CAOP 2010 E CAOP 2013, 2011…………………………………………..18

[2] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

SUMÁRIO EXECUTIVO A Tipologia de Áreas Urbanas de 2014 (TIPAU 2014) constitui uma nomenclatura territorial atualizada do grau de urbanização de Portugal mediante a classificação tripartida das freguesias do território nacional em “Áreas predominantemente urbanas (APU) ”, ”Áreas mediamente urbanas (AMU) ” e “Áreas predominantemente rurais (APR) ”, de acordo com a mais atual divisão administrativa – versão da Carta Administrativa Oficial de Portugal de 2013 (CAOP 2013) –, para além da versão da CAOP à data dos Censos 2011 (CAOP 2010). Adicionalmente, a TIPAU define o conceito de “População urbana” e delimita “Áreas urbanas” como sendo unidades territoriais constituídas por uma ou mais freguesias com designação própria, enquanto freguesias APU contíguas, confinadas ao limite do município (cf. conceitos no Anexo I). O presente documento técnico descreve o enquadramento, o contexto de atualização, a metodologia de trabalho e a informação de base utilizada na operacionalização da TIPAU 2014, nomeadamente, a informação estrutural disponível utilizada e atualizada na classificação aprovada em 2009: dados censitários de 2011, informação de ordenamento e planeamento do território ao nível municipal e informação de caráter administrativo relativa às sedes das Câmaras Municipais. Acresce uma síntese dos principais resultados obtidos na operacionalização da TIPAU 2014 e uma descrição sucinta dos princípios que orientaram a entrada da tipologia no Sistema de Meta informação do INE. A informação atualizada da TIPAU revela-se fundamental para a análise de dinâmicas territoriais diferenciadas e constitui-se como importante instrumento de suporte à monitorização e avaliação de políticas públicas, particularmente, em matéria de ordenamento do território e urbanismo.

[3] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

1. INTRODUÇÃO A atualização da Tipologia de Áreas Urbanas assume particular relevância no contexto do Sistema Estatístico Nacional (SEN), permitindo a estruturação de resultados estatísticos de acordo com uma classificação de urbano e rural específica para o território nacional, mas também no contexto da importância político-administrativa das freguesias na recente Reorganização administrativa do território das freguesias (Lei n.º 56/20121, Lei n.º61/20122 e Lei n.º 11-A/20133) e da participação das freguesias nos recursos públicos: no âmbito da Lei n.º 73/20134 que estabelece o regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais, esta tipologia constitui critério na distribuição do Fundo de Financiamento das Freguesias e

Sob este enquadramento, após a divulgação dos resultados definitivos dos Censos 2011 e alinhado com o Plano de Atividades de 2013 do Conselho Superior de Estatística, o INE iniciou a preparação da atualização da TIPAU 2009 com o objetivo de continuar a garantir um instrumento para a estruturação da informação estatística de acordo com diferentes graus de urbanização do território. Os trabalhos de atualização da TIPAU foram desenvolvidos numa Sessão Restrita da SPEBT/CSE, que no âmbito das competências previstas no Anexo E da 27ª Deliberação do CSE, deliberou a aprovação e a constituição de uma Sessão Restrita para a revisão da Tipologia de Áreas Urbanas (6ª Deliberação da SPEBT).

de reporte obrigatório à Assembleia da República, conjuntamente com a proposta de Lei do Orçamento do Estado. Acresce o compromisso assumido pelo INE no sentido de dar resposta a necessidades expressas de utilizadores de informação estatística, bem como das entidades representadas na Secção Permanente de Estatísticas de Base Territorial do Conselho Superior de Estatística (SPEBT/CSE).

2. CONTEXTO DE ATUALIZAÇÃO A atualização da Tipologia de Áreas Urbanas com base na informação censitária de 2011, dá continuidade ao trabalho iniciado pelo INE com base nos resultados dos Censos de 1991 – TIPAU 1998 – e ao qual foi dado seguimento com os dados dos Censos de 2001 – TIPAU 2009. A TIPAU 2014 consiste, à semelhança das anterio-

1

Procede à reorganização administrativa de Lisboa. Publicada no Diário da República, 1ª série, n.º 216, de 8 de novembro de 2012. 2 Fixa os limites territoriais entre os municípios de Faro e Loulé. Publicada no Diário da República, 1ª série, n.º 235, de 5 de dezembro de 2012. 3 Dá cumprimento à obrigação de reorganização administrativa do território das freguesias. Publicada no Diário da República, 1ª série, n.º 19, de 28 de janeiro de 2013. Esta lei foi objeto foi objeto de retificação: Declaração de Retificação n.º 19/2013, de 28 de março. 4 Estabelece o regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais. Publicada no Diário da República, 1ª série, n.º 169, de 3 de setembro de 2013.

res versões, numa classificação tripartida das freguesias do território nacional em Áreas predominantemente urbanas (APU), Áreas mediamente urbanas (AMU) e Áreas predominantemente rurais (APR). A TIPAU permite definir e calcular “População urbana” - conceito 3915 como a população residente em APU e identifica/delimita áreas urbanas com designação pró[4

Setembro de 2014

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pria, enquanto conjuntos de freguesias APU con-

territorial para a monitorização de políticas

tíguas, confinadas ao limite do município.

setoriais: a TIPAU é utilizada, nomeadamen-

Porquê uma atualização de urbano e rural?

te, no apuramento de resultados provenientes dos inquéritos às famílias (e.g. Inquérito ao Emprego, Inquérito às Despesas Familia-

A disponibilização de uma tipologia atualizada de

res), das estatísticas demográficas (e.g. esta-

urbano e rural para o território nacional justifica-

tísticas de nados-vivos e óbitos) e dos Qua-

se pelas seguintes razões principais:

dros de Pessoal.

a disponibilização dos resultados definitivos e correspondente geografia de difusão dos Censos 2011 (informação da responsabilidade do INE, I.P.); o recurso a instrumentos de planeamento e

3. METODOLOGIA A metodologia seguida para a classificação das freguesias de acordo com a TIPAU 2014 acompanha a metodologia definida na TIPAU 2009.

ordenamento do território atuais: necessidade de harmonizar a categorização e a qualificação do solo de acordo com a Carta do

3.1. Escala territorial

Regime de Uso do Solo do Continente

A escala territorial de base à classificação das

(CRUS) (informação da responsabilidade da

freguesias resulta de um trabalho de análise com

Direção Geral do Território (DGT);

base em micro unidades territoriais (secções e

a recente reorganização administrativa do território das freguesias: necessidade de garantir a adequação da Tipologia de áreas urbanas à mais atual divisão administrativa versão da Carta Administrativa Oficial de Portugal de 2013 (CAOP 2013), para além da

subsecções estatísticas) obviando, desta forma, as distorções que decorrem da diferente dimensão das freguesias e assegurando uma classificação que reflete diferentes graus de urbanização do território para diferentes escalas territoriais (subsecções estatísticas e freguesias).

versão da CAOP à data dos Censos 2011 (CAOP 2010) e assegurando a sua atualiza-

3.2. Informação de base

ção anual a partir da CAOP 2013 (informação

A base de dados de suporte aos procedimentos

da responsabilidade da DGT);

de atualização da TIPAU compreende a informa-

a estruturação de resultados estatísticos da

ção estrutural disponível, com base em três fon-

informação do SEN de acordo com uma clas-

tes de informação principais:

sificação territorial atualizada que reflita diferentes graus de urbanização do território

Dados definitivos do recenseamento geral da população e habitação de 2011 (Censos

dada a crescente relevância da dimensão [5] setembro de 2014

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2011) (informação da responsabilidade do

2. A segunda fase consistiu na aplicação dos

INE, I.P.);

critérios de ordenamento e planeamento do

Informação de ordenamento do território:

território através da análise do «solo urbano»

informação relativa à categorização e classi-

identificado nos Planos Municipais de Ordena-

ficação do solo de acordo com a Carta do

mento do Território (PMOT). Esta análise toma

Regime de Uso do Solo do Continente

como referência a informação harmonizada dis-

(CRUS) e de outros instrumentos planea-

ponível para o Continente através da Carta de

mento e ordenamento ao nível municipal

Regime do Uso do Solo (CRUS) ou, diretamente,

(informação da responsabilidade da Direção

as classes de espaço e/ou perímetros urbanos

Geral do Território (DGT);

dos PMOT, no caso das regiões autónomas (cf.

Informação de carácter administrativo: loca-

classes operativas e funcionais de classificação do

lização das freguesias sede das Câmaras

uso do solo com base na CRUS que constam do

Municipais (informação obtida a partir da

Anexo II).

Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP)).

Com base nesta informação, as subsecções estatísticas são tipificadas em duas categorias – solo urbano e solo não urbano – sendo a subsecção

3.3. Classificação das subsecções estatísticas e das freguesias

classificada como “solo urbano” sempre que mais

A metodologia de operacionalização da TIPAU

ção. Nos restantes casos a classificação do espaço

2014 pode ser descrita em quatro fases de acor-

é de “solo não urbano”.

de 50% da sua superfície está afeta a esta condi-

do com os seguintes procedimentos: 3. A terceira fase classificou as subsecções esta1. A primeira fase privilegiou a análise de crité-

tísticas de acordo com os resultados da aplica-

rios de carácter morfológico, tendo por referên-

ção dos critérios morfológicos (primeira fase) e

cia a efetiva ocupação do solo através da densi-

dos critérios de ordenamento e planeamento

dade populacional (à escala da secção estatística)

(segunda fase) numa única classificação de todas

e da pertença ao Lugar (à escala da subsecção

as subsecções estatísticas de Portugal em três

estatística) com base nos resultados definitivos

categorias:

dos Censos 2011. Nesta fase diferenciam-se os resultados em três categorias de acordo com

Espaço urbano

limiares de densidade populacional de 100 e 500

Espaço semiurbano

habitantes por Km². Tomam-se como valores de

Espaço de ocupação predominantemente

referência os valores dos lugares de 2 000 e 5 000

rural

habitantes.

[6] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

4. A quarta fase compreendeu a transposição

Área Predominantemente Urbana (APU)

dos resultados ao nível das subsecções estatísti-

Área Mediamente urbana (AMU)

cas para as freguesias e a integração de critérios

Área Predominantemente Rural (APR)

administrativos (sede da câmara municipal) e morfológicos (dimensão populacional e integração em lugares) à escala da freguesia, permitindo obter a classificação final destas unidades territo-

A Tabela 1 resume as várias fases - critérios e escala territorial - de operacionalização da TIPAU 2014.

riais em três categorias:

Tabela 1. Critérios e escala territorial de operacionalização da TIPAU 2014 Critérios

Escala territorial

1. Critérios morfológicos - Densidade Populacional

Secção

- Pertença a lugar

Subsecção

2. Critérios de ordenamento do território (CRUS) - Solo urbano vs. Solo não urbano

Subsecção

3. Junção de critérios 1. e 2. - Espaço urbano, espaço semiurbano e espaço de ocupação predominantemente rural 4. Transposição dos resultados para as freguesias

Subsecção Freguesia

5. Critérios adicionais para a classificação final ao nível da freguesia - Sede da Câmara Municipal

Freguesia

- Pertença a lugar

Freguesia

- Superficíe do Espaço de ocupação predominantemente rural

Freguesia

- Outros (e.g. dimensão populacional)

Freguesia

3.3.1. Critérios morfológicos: densidade populacional e pertença a lugar A aplicação dos critérios morfológicos ao nível das micro unidades territoriais (subsecções e secções estatísticas) tem subjacente os resultados definitivos dos Censos 2011 e a Base Geográfica de Referenciação da Informação 2011 (BGRI

secções e entre estas e os níveis da divisão administrativa que, no caso da BGRI 2011, são consistentes com a versão da CAOP 2010. Contudo, apesar dos lugares serem constituídos por uma ou mais subsecções, a sua delimitação pode abranger diferentes freguesias do mesmo município ou até de municípios distintos.

2011), designadamente, as subsecções, as sec-

O critério da densidade populacional, conside-

ções e os lugares. A estrutura das unidades espa-

rando os limiares de 100 e de 500 habitantes, é

ciais da BGRI é do tipo hierárquico garantido a

aplicado à secção estatística e não à subsecção

integração plena entre subsecções estatísticas e [7] setembro de 2014

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estatística, porque a secção assegura um critério

tística, a secção estatística apresenta-se como

de

defini-

uma unidade territorial censitária que garante

ção/delimitação – “área contínua de uma única

uma menor variabilidade em termos de popula-

freguesia com cerca 300 alojamentos destinados

ção residente e que, simultaneamente apresenta

à habitação”.

também o menor coeficiente de variação quando

De acordo com a Tabela 2, face à subsecção esta-

se considera a área e a densidade populacional.

dimensão

associado

à

sua

Tabela 2. Caraterização das freguesias e das unidades territoriais censitárias subsecções e secções estatísticas, 2011 População (Nº)

Área (Km²)

10 562 178

92 212

Total Freguesia

Secção

Subsecção Freguesia

Máximo

66 250

2 152

1 742

435,31

Mínimo

31

0

0

0,05

2 479

584

42

21,65

Média

Secção

Densidade Populacional (Nº/Km²) 114,5 Subsecção Freguesia

224,05 ə

164,44

29 495,4

0,00 0,35

0,9 497,6

Secção

Subsecção

97 915,6 288 617,6 0,0

n. a. 3185,1

892

402

22

11,29

5,10 28,26

0,03

78,5

4783,3 17,3

Desvio Padrão

5 088

238

66

34,59

12,48

2,00

1 673,6

8 202,0

6 391,4

Coeficiente de Variação (%)

205,2

40,6

157,5

159,8

244,7

576,3

336,4

171,5

200,7

Mediana

751,4

Nota: ə - valor inferior a metade da unidade utilizada; n. a. - não aplicável.

Na aplicação do critério da noção de pertença a

cuja densidade populacional seja superior

lugar ao nível da subsecção estatística - segundo

a 500 habitantes por Km²;

critério morfológico – consideram-se os limiares

Subsecções integradas em lugares com

de dimensão populacional dos lugares de 2 000 e

população residente igual ou superior a 5

5 000 habitantes. Importa neste contexto referir

000 habitantes.

o conceito censitário de “Lugar urbano” definido como o “lugar com população igual ou superior a 2000 habitantes”. Assim, na avaliação dos critérios morfológicos ao

2) A subsecção estatística é classificada como semiurbana sempre que cumpre um dos seguintes requisitos:

nível da subsecção estatística, o método utilizado

Estar contida numa secção estatística com

permite distinguir as subsecções estatísticas nas

densidade populacional superior a 100 habi-

categorias de urbanas, semiurbanas e rurais:

tantes por Km² e inferior ou igual a 500 habitantes por Km², desde que não incluída pre-

1) A subsecção estatística é classificada como urbana sempre que cumpre um dos seguintes requisitos: Subsecções contidas em secções estatísticas

viamente na categoria de espaço urbano pela aplicação de outros critérios; Integrar um lugar com população residente igual ou superior a 2 000 habitantes e infe[8]

setembro de 2014

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rior a 5 000 habitantes e não incluída na

Municipais para as regiões autónomas dos Açores

categoria espaço urbano.

e da Madeira.

3) Finalmente, a subsecção estatística é considerada Rural, sempre que respeita o conjunto das seguintes condições: Estar contida numa secção estatística com densidade populacional igual ou inferior a 100 habitantes por Km²; Não integrar nenhum lugar com população residente igual ou superior a 2 000 habitantes.

Para o Continente considerou-se a classe de espaço “solo urbano” com base no resultado da agregação das categorias operativas de “solo urbanizado” e “solo urbanizável” identificadas na CRUS. Para as regiões autónomas, a agregação das classes de espaço retidas para a classificação do “solo urbano”, no caso dos Açores, foi com base nas categorias de urbano identificadas no PDM e, no caso da Madeira, foi feita com base nos perímetros urbanos dos PMOT. Esta informa-

3.3.2. Critérios de ordenamento do território: solo urbano

ção foi fornecida ao INE pelo SREA e pela DREM. A informação relativa ao “solo urbano” para cada

A TIPAU 2009 incorporou deliberadamente na categoria de espaço urbano, ao nível da subsecção estatística, a noção de solo urbano/perímetro urbano: «Solo urbano» aquele para o qual é reconhecida vocação para o processo de urbanização e de edificação, nele se compreendendo os terrenos urbanizados ou cuja urbanização seja

município foi posteriormente aferida ao respetivo limite administrativo da CAOP 2010. Na sequência desta aferição, a Tabela 3 evidencia que a proporção de solo urbano atingiu os 7,1% em Portugal, valor que ao nível regional oscilou entre os 1,9% na região do Alentejo e os 26,4% na região de Lisboa.

programada, constituindo o seu todo o perímetro urbano” (Decreto-Lei nº. 310/2003, de 10 de dezembro).

Tabela 3. Proporção de solo urbano aferido à CAOP 2010, por NUTS II

O quadro de continuidade de critérios definidos em 2009 recomenda que se considere, na atualização da tipologia, critérios de ordenamento e planeamento do território atuais de harmonização da categorização e qualificação do solo, atribuindo especial relevância ao uso da informação

NUTS

Área

Solo urbano Km²

Norte

21 285,8

2 233,0

Centro

28 199,4

2 403,7

Lisboa

3 001,9

792,3

Proporção de solo urbano % 10,5 8,5 26,4

Alentejo

31 604,9

603,9

1,9

Algarve

4 996,8

204,4

4,1

R.A. Açores

2 322,0

208,7

9,0

801,1

84,7

10,6

georreferenciada relativa ao «solo urbano» da

R.A. Madeira

CRUS para o Continente, e dos Planos Diretores

Continente

89 088,9

6 237,3

7,0

Portugal

92 211,9

6 530,8

7,1

[9] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

Posteriormente à estimação do solo urbano atra-

refletindo assim a perspetiva do ordenamento e

vés das fontes de informação disponíveis, a

do planeamento do território.

metodologia consistiu, em identificar as subsecções estatísticas que seriam classificadas como “solo urbano”. A classificação de “solo urbano” foi atribuída sempre que uma subsecção era intersetada em mais de metade (> 50%) da sua área pelo “solo urbano” identificado nos PMOT,

Na Tabela 4 constam as frequências relativas e acumuladas resultantes dos ensaios realizados com diferentes limiares de intersecção e o respetivo significado em termos do número de subsecções, área e população abrangida.

Tabela 4. Níveis de interseção das subsecções estatísticas (BGRI 2011) com o solo urbano aferido à CAOP 2010, 2011 % de intersecção 100

Subsecções estatísticas % % acumulada 41,4 41,4

Área % % acumulada 2,2 2,2

População residente % % acumulada 58,9 58,9

]75; 100[

12,1

53,5

1,7

7,6

61,1

1,6

3,9 5,4

11,5 6,8

70,4

]50; 75] ]25; 50]

9,5

70,6

3,1

8,5

8,2

85,4

]0; 25]

15,1

85,8

57,5

66,0

8,4

93,8

0

14,2

100,0

34,0

100,0

6,2

100,0

3.3.3. Integração de Critérios Morfológicos e de Ordenamento do Território: classificação das subsecções estatísticas Na última fase de aplicação do método utilizado à escala da subsecção estatística agregam-se, numa única classificação, os resultados provenientes dos critérios morfológicos (primeira fase) e dos

77,2

por critérios de ordenamento e planeamento assume a categoria de “espaço urbano”; no caso da atribuição inicial ter sido não urbano, respeitase o resultado obtido através da aplicação dos critérios morfológicos classificando todas as subsecções estatísticas em “espaço urbano”, “espaço semiurbano” ou “espaço de ocupação predominantemente rural”.

resultados dos critérios de ordenamento e pla-

De acordo com este método de trabalho, as sub-

neamento (segunda fase). Com esse objetivo

secções estatísticas de Portugal são classificadas

considera-se que, na integração das duas aborda-

em espaço urbano, espaço semiurbano ou espaço

gens, se atribui sempre a categoria com maior

de ocupação predominantemente rural, através

nível de urbanização. Assim, sempre que uma

da conjugação dos critérios apresentados na

subsecção estatística é considerada urbana

tabela seguinte (Tabela 5).

[ 10 Setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

Tabela 5. Critérios de classificação das subsecções estatísticas de Portugal Classificação

Definição

Espaço Urbano (conceito 7251)

A subsecção estatística é classificada como Espaço Urbano sempre que cumpre um dos seguintes requisitos: - Subsecções tipificadas como “solo urbano” de acordo com os critérios de planeamento assumidos nos instrumentos de OT considerados; - Subsecções contidas em secções estatísticas cuja densidade populacional é superior a 500 habitantes por Km²; - Subsecções integradas em lugares com população residente igual ou superior a 5 000 habitantes.

Espaço Semiurbano (conceito 7250)

A subsecção estatística é classificada como Espaço Semiurbano sempre que tenha sido tipificada como “solo não urbano” de acordo com os critérios de planeamento assumidos nos instrumentos de OT considerados, e cumpre um dos dois requisitos: - Estar contida numa secção estatística com densidade populacional superior a 100 habitantes por Km² e inferior ou igual a 500 habitantes por Km², desde que não incluída previamente na categoria de espaço urbano pela aplicação de outros critérios; - Integrar um lugar com população residente igual ou superior a 2 000 habitantes e inferior a 5 000 habitantes e não incluída na categoria espaço urbano.

Espaço de Ocupação Predominantemente Rural (conceito 7249)

A subsecção estatística é considerada Espaço de Ocupação Predominantemente Rural, sempre que respeita o conjunto das seguintes condições: - Ter sido tipificada como “solo não urbano”, de acordo com os critérios de planeamento assumidos nos instrumentos de OT considerados; - Estar contida numa secção estatística com densidade populacional igual ou inferior a 100 habitantes por Km²; - Não integrar nenhum lugar com população residente igual ou superior a 2 000 habitantes.

3.3.4. Transposição da Classificação das Subsecções Estatísticas para as Freguesias

Lei n.º 56/2012, na Lei n.º61/2012 e na Lei n.º 11-

Nesta fase procede-se à transposição dos resul-

rações decorrentes do processo de reorganização

tados obtidos ao nível das subsecções estatísticas

administrativa foram significativas: o número de

(com base em critérios morfológicos e critérios

freguesias do país reduziu-se de 4 260 freguesias,

de ordenamento do território) para as freguesias.

na CAOP 2010 (CAOP à data dos Censos 2011),

A/2013. De acordo com a informação da Tabela 6, as alte-

para 3 092 na CAOP 2013 (-27,4%), aumentando Refira-se que em 2013 se procedeu à reorganização administrativa do território (37ª Deliberação da Secção Permanente de Coordenação Estatística do Conselho Superior de Estatística), através da criação de freguesias por agregação ou por alteração dos limites territoriais de acordo com os princípios, critérios e parâmetros definidos na

a dimensão média das freguesias de 21,6 para 29,8 km² (+37,8%). Ao nível das regiões NUTS II de Portugal continental, o impacto da reorganização administrativa na variação do número de freguesias e na dimensão média da área das freguesias, de 2011 para 2013, foi maior nas regiões de Lisboa e do Norte devido à agregação e/ou alteração dos limites territoriais: o número de [ 11

Setembro de 2014

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freguesias diminuiu 44,1% em Lisboa e quase

verificava em 2011. As freguesias das regiões

para um terço no Norte (29,7%) e a dimensão

autónomas dos Açores (a freguesia do Corvo é

média das freguesias aumentou, respetivamente,

considerada para efeitos estatísticos, embora,

78,8% e 42,2%. Não obstante, as regiões do Norte

por condicionalismos que lhe são próprios, esta

e de Lisboa mantiveram, entre 2011 e 2013, uma

freguesia não exista legalmente - artigo 136º da

dimensão média da área das freguesias inferior

Lei n.º 2/2009, de 12 de janeiro) e da Madeira

ao valor nacional. O Alentejo e o Algarve eram as

não foram objeto da reorganização administrati-

regiões NUTS II com maior dimensão média da

va de 2013 (Tabela 6).

área das freguesias em 2013, situação que já se

Tabela 6. Freguesias e superfície média das freguesias, CAOP 2010 e CAOP 2013, por NUTS II Freguesias CAOP CAOP 2010 2013 Nº

Variação CAOP %

Área média das Freguesias CAOP CAOP Variação 2010 2013 CAOP Km² %

Norte

2 028

1 426

-29,7

10,5

14,9

42,2

Centro

1 335

972

-27,2

21,1

29,0

37,3

Lisboa

211

118

-44,1

14,2

25,4

78,8

Alentejo

392

299

-23,7

80,6

105,7

31,1

Algarve

84

67

-20,2

59,5

74,6

25,4

156

156

0,0

14,9

14,9

0,0

54

54

0,0

14,8

14,8

0,0

R.A. Açores R.A. Madeira Continente

4 050

2 882

-28,8

22,0

30,9

40,5

Portugal

4 260

3 092

-27,4

21,6

29,8

37,8

Neste contexto, na atualização da TIPAU conside-

Abordagem ao nível das Freguesias: Passo 1

ra-se a análise do efeito das alterações decorren-

A transposição dos resultados obtidos ao nível

tes do processo de reorganização administrativa

das subsecções para a classificação das freguesias

na diferenciação urbano-rural dos territórios com

em APU, AMU e APR foi efetuada de forma itera-

base na classificação TIPAU das freguesias em

tiva: numa primeira fase, foram classificadas as

APU, AMU e APR, de acordo com os limites admi-

freguesias APU através da avaliação da importân-

nistrativos oficiais da CAOP 2013, para além dos

cia da média dos espaços urbanos. Neste contex-

limites administrativos da CAOP 2010.

to, a transposição dos resultados para a escala da

A abordagem ao nível da freguesia foi efetuada,

freguesia foi realizada avaliando, para cada fre-

em vários passos, e de forma iterativa.

guesia, uma média não ponderada da proporção de cada categoria de espaço tendo em conta a população residente afeta por essa categoria e a [12]

setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

área respetiva; numa segunda fase, foram classi-

em questão, a quota-parte respetiva da superfície

ficadas as freguesias AMU através da avaliação da

e população, considerando a categoria de espaço

média dos espaços urbanos conjuntamente com

original da subsecção. No caso da superfície, esta

os espaços semiurbanos; finalmente foram classi-

avaliação foi relativamente simples, mas no caso

ficadas as freguesias APR.

da população residente a distribuição da população da subsecção pelas freguesias teve em conta

Para impedir que subsistissem situações de forte concentração da população em áreas extrema-

a estimação de valores com base na georreferenciação dos edifícios.

mente reduzidas quando confrontadas com a área total da freguesia, impôs-se um limiar máximo de 50% de superfície dos espaços de ocupação predominantemente rural para permitir que a classificação de uma freguesia possa ser Predominante ou Mediamente Urbana (APU ou AMU). Neste sentido, a classificação de uma freguesia é função da(s) categoria(s) com maior peso médio de população residente e área, desde que a importância da área dos espaços de ocupação predominantemente rural seja igual ou inferior a 50%; caso contrário, isto é, se a percentagem de área dos espaços de ocupação predominantemente rural for superior a 50%, a classificação atribuída à freguesia será a do nível abaixo ao

Abordagem ao nível das Freguesias: Passo 2 O manuseamento da informação, tendo como unidade geográfica de análise a freguesia, deverá ser contextualizado, incorporando características desta unidade territorial per se, não devendo ser apenas o resultado de características das subsecções estatísticas que a constituem. Assim, poderão existir circunstâncias que, à escala da freguesia, potenciem uma alteração da categoria atingida no passo descrito anteriormente. Deste modo, consideram-se mais duas opções metodológicas posteriores à classificação que decorreu no primeiro passo:

indicado pelo maior peso médio de população

i) a introdução de um critério administrativo com

residente e área.

base na localização da sede da Câmara Municipal5

Neste processo e tendo em conta quer não existe uma integração plena entre as subsecções esta-

(associado à dimensão populacional), garantindose deste modo que, ao nível dos municípios, exis-

tísticas (BGRI) e a nova delimitação das freguesias de acordo com a CAOP 2013, foram tomadas 5

opções metodológicas para a aferição da população residente e da superfície associadas a cada categoria de espaço nas freguesias da CAOP 2013: sempre que uma subsecção estatística era intersectada por um limite de freguesia da CAOP 2013, a opção passou por reter, nas freguesias

Esta informação” foi obtida a partir da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e operacionalizada através de um processo de cruzamento (análise espacial em ambiente SIG) da informação georreferenciada de base pontual dos “Paços do Concelho” dos municípios, para o ano de 2011 (determinada por processo de Geocodificação) com os limites administrativos oficiais ao nível da Freguesia (de base poligonal) da versão da CAOP 2010 (DGT, 2010) e da versão da CAOP 2013 (DGT, 2013).

[13] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

tirá, pelo menos, uma freguesia com classificação

da concentração da população é refletido na

superior a APR:

classificação final da freguesia):

as freguesias identificadas como sede da

assegurar que na passagem da subsecção

Câmara Municipal não são classificadas

estatística para a freguesia, através de uma

como Predominantemente Rurais: são Pre-

proporção, não se anula o significado abso-

dominantemente Urbanas se a sua popula-

luto deste critério, garantindo-se que, se

ção residente ultrapassar os 5 000 habitan-

uma freguesia integrar um lugar com popu-

tes e Mediamente Urbanas nos restantes

lação residente igual ou superior a 5 000

casos, garantindo-se que, em cada municí-

habitantes e onde pelo menos um dos rácios

pio, pelo menos uma freguesia assumirá

“População do lugar na freguesia/ População

características mais urbanas (AMU ou APU) e

da freguesia” ou “População do lugar na fre-

que decorrem das competências assumidas

guesia/ População do lugar” seja igual ou

pelas autarquias.

superior a 50%, será classificada como predominantemente urbana (e o mesmo para

ii) a reintrodução do critério de concentração/dimensão, através da análise dos lugares com expressão no contexto da freguesia (efeito

freguesias mediamente urbanas se o lugar apresentar uma população residente igual ou superior a 2 000 habitantes e inferior a 5 000 habitantes).

Uma síntese da abordagem ao nível da freguesia para a classificação final destas unidades territoriais nas categorias de APU, AMU e APR pode ser observada na Tabela 7.

Tabela 7. Critérios de classificação das freguesias de Portugal Classificação

Definição

A freguesia é classificada como Área Predominantemente Urbana (APU) sempre que cumpre pelo menos um dos seguintes requisitos: Área - O maior peso médio da população residente e da área no total da freguesia era ocupado em espaços urbanos, desde Predominantemente que o peso da área em espaços de ocupação predominantemente rural fosse no máximo de 50% da área total; Urbana - A freguesia contenha a sede da Câmara Municipal e apresente uma população residente superior a 5 000 habitantes; (APU) - A freguesia integre total ou parcialmente um lugar com população residente igual ou superior a 5 000 habitantes e (conceito 1070) onde pelo menos um dos rácios “População do lugar na freguesia/ População da freguesia” ou “População do lugar na freguesia/ População do lugar” seja igual ou superior a 50%. A freguesia é classificada como Área Mediamente Urbana (AMU) sempre que, não tendo sido já integrada em APU, apresente uma das seguintes características: - O maior peso médio da população residente e da área no total da freguesia era ocupado por subsecções estatísticas classificadas como espaço urbano, mas em que o peso da área em espaços de ocupação predominantemente rural Área Mediamente também ultrapassava os 50% da área total. Urbana - O maior peso médio da população residente e da área no total da freguesia era ocupado em espaços urbanos ou (AMU) semiurbanos, desde que o peso da área em espaços de ocupação predominantemente rural não ultrapasse os 50% da área total. (conceito 1089) - A freguesia contenha a sede da Câmara Municipal com população residente igual ou inferior a 5 000 habitantes. - A freguesia integre total ou parcialmente um lugar com população residente igual ou superior a 2 000 habitantes e inferior a 5 000 habitantes onde pelo menos um dos rácios “População do lugar na freguesia/População da freguesia” ou “População do lugar na freguesia/ População do lugar” seja igual ou superior a 50%. Área Predominantemente A freguesia é classificada como Área Predominantemente Rural (APR) nos restantes casos. Rural (APR) (conceito 1084)

[14] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

3.4. População Urbana O mandato atribuído à estrutura do CSE (consti-

Por coerência com a lógica de continuidade de

tuída em Sessão Restrita da SPEBT/CSE, a 6 de

critérios adotados na TIPAU 2009 e para efeitos

maio de 2013) e do plano de ação aprovado a 4

de comparabilidade, mantém-se o conceito de

de fevereiro de 2014 de acordo com a 8ª Delibe-

população urbana já aprovado (conceito nº 3915,

ração da SPEBT/CSE (DOCT/3796/CSE/BT-2), para

da base de conceitos do INE) - População residen-

atualização da tipologia, estipula que se efetue

te nas áreas predominantemente urbanas.

uma definição da forma de cálculo da população urbana.

3.5. Áreas Urbanas Paralelemente à classificação das freguesias em

Na Tipologia de áreas urbanas 2014 os critérios

APU, AMU e APR, o mesmo mandato refere a

orientadores para a identificação das designações

necessidade de “identificar áreas urbanas, com

distintivas para as áreas urbanas têm por base a

designação distintiva, enquanto freguesias isola-

delimitação/denominação atribuída na TIPAU

das ou conjuntos de freguesias contíguas classifi-

2009 - CAOP 2010 (na CAOP 2010), a delimita-

cadas como APU considerando o Código da Divi-

ção/denominação atribuída na TIPAU 2014-CAOP

são Administrativa à data dos Censos 2011 (CAOP

2010 (na CAOP 2013), a identificação das fregue-

2010) e o Código da Divisão Administrativa após

sias que integram as cidades estatísticas6, a loca-

reforma administrativa (CAOP 2013) ”.

lização da freguesia sede da Câmara Municipal, a

Os critérios de base à delimitação de áreas urbanas propostos pelo INE constituíram-se apenas como uma orientação de trabalho, mantendo-se na TIPAU 2014, o objetivo de delimitação de áreas urbanas ao nível do município obedecendo ao critério de contiguidade espacial. Atribui-se especial relevância ao papel fundamental das CCDR, do SREA e da DREM, pela sua implantação de base regional, atribuições e relações privilegiadas com as administrações locais e outros agentes de base local e regional, na identificação e delimitação de áreas urbanas com designação distintiva.

identificação das freguesias que integram o Lugar com 5 mil ou mais habitantes e outros (designação da freguesia, identidade própria, etc.). Não obstante este conjunto de orientações, coube às CCDR, ao SREA e à DREM um papel essencial na delimitação das áreas urbanas, nomeadamente, na identificação de áreas urbanas compostas por 6

Por definição uma cidade estatística consiste, na maioria dos casos (ver INE (2002) Atlas das Cidades de Portugal), ao ajustamento do perímetro urbano consagrado nos instrumentos jurídicos de ocupação de solos, às subsecções estatísticas utilizadas pelo INE na sua BGRI. No entanto, o facto de não existir num determinado município uma cidade definida legalmente, isso não invalida que não existam espaços com grandes aglomerações urbanas mas que não tenham sido elevadas a cidade. É o caso, por exemplo, de Sintra, Cascais.

[15] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

duas ou mais freguesias contíguas, e na atribui-

final de áreas urbanas e a atribuição de designa-

ção de designação distintiva. Os contributos rece-

ção distintiva acompanha as propostas efetuadas

bidos evidenciaram, em geral, uma concordância

pelas CCDR, pelo SREA e pela DREM.

com a proposta inicial de denominação de áreas urbanas do INE, em 94% dos casos na CAOP 2010 e em 86 % dos casos nas CAOP 2013%. A delimitação

4. CLASSIFICAÇÃO FREGUESIAS DO NACIONAL

FINAL DAS TERRITÓRIO

Manteve-se o conceito de população urbana já aprovado - conceito nº 3915 da Base de Conceitos do INE - como sendo a “População residente nas áreas predominantemente urbanas”.

A classificação final das freguesias de Portugal

A taxa de urbanização de Portugal em 2011

nas categorias de APU, AMU e APR, de acordo com a CAOP 2010 e com a CAOP 2013, pode ser

corresponde, de acordo com os limites admi-

observada na Tabela 8 e na Figura 1 e expressa o

nistrativos oficiais da CAOP 2010, a 71% e

predomínio de freguesias APU e freguesias AMU

deacordo com os limites administrativos da

na faixa litoral de Portugal continental.

CAOP 13 a 72%.

Tabela 8. Freguesias e população residente segundo a classificação das freguesias, TIPAU 2014, CAOP 2010 e CAOP 2013, 2011 Freguesias Classificação

População residente

CAOP 2010

CAOP 2013

CAOP 2010







%

%

CAOP 2013 %



%

APU

1 050

25

732

24

7 469 723

71

7 614 451

72

AMU

1 025

24

737

24

1 626 065

15

1 539 280

15

APR

2 185

51

1 623

52

1 466 390

14

1 408 447

13

Portugal

4 260

100

3 092

100

10 562 178

100

10 562 178

100

[16] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

Figura 1. TIPAU 2014: Classificação das freguesias, CAOP 2010 e CAOP 2013, 2011 Frequências Freguesias

Frequências Freguesias

1050 1025

2185

732

Classificação de freguesias

737

1623

Classificação de freguesias

APU

APU

AMU

AMU

APR

APR

Limites territoriais

Limites territoriais

NUTS II

NUTS II

0

50 Km

0

50 Km

Fonte: INE, I.P., Recenseamento da População e Habitação 2011; Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia Direção-Geral do Território, Carta Administrativa Oficial de Portugal - CAOP 2010 e 2013.

5. ÁREAS URBANAS urbanas aumenta de 38,1 para 49,6 Km²

Foram identificadas, em estreita articulação com

(+30,3%), verificando-se também um acréscimo

as CCDR, o SREA e a DREM, 380 áreas urbanas na

em termos médios na população residente em

CAOP 2010 e 339 áreas urbanas na CAOP 2013.

áreas urbanas, de 19 657 indivíduos de acordo

No âmbito do processo de reorganização admi-

com a CAOP 2010 para 22 462 indivíduos de

nistrativa, e a par do aumento da dimensão

acordo com a CAOP 2013 (+14,2%) (Tabela 9 e

média das freguesias de 21,6 para 29,8 Km²

Figura 2).

(+37,8%) também a dimensão média das áreas

Tabela 9. Áreas urbanas, TIPAU 2014, CAOP 2010 e CAOP 2013, por NUTS II, 2011 Freguesias APU Regiões NUTS II

CAOP CAOP CAOP 2010 2013 Variaçã 2010 Nº % Nº

Norte

555

380

Centro

179

Lisboa

179 59

Alentejo

Dimensão média das áreas urbanas População Área residente CAOP CAOP CAOP CAOP

Áreas Urbanas

Freguesias CAOP CAOP CAOP 2013 Variaçã 2010 2013 % Nº -11,8

5,0

3,9

2010 2013 Km² 25,0

2010

2013 Nº

-31,5

110

97

30,8 24 179 27 803

136

-24,0

107

101

-5,6

1,7

1,3

29,2

36,3 10 102 11 436

99

-44,7

84

62

-26,2

2,1

1,6

21,1

29,4 32 237 43 733

44

-25,4

36

38

5,6

1,6

1,2

148,4

180,0 10 578 10 786

Algarve

24

19

-20,8

20

18

-10,0

1,2

1,1

49,1

55,7 15 386 17 137

R. A. Açores

30

30

0,0

16

16

0,0

1,9

1,9

14,3

14,3

R. A. Madeira

24

24

0,0

7

7

0,0

3,4

3,4

39,2

39,2 31 524 31 524

1 050

732

-30,3

380

339

-10,8

2,8

2,2

38,1

49,6 19 657 22 462

Portugal

7 003

7 003

[ 17 Setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

Figura 2. TIPAU 2014: Áreas urbanas, CAOP 2010 e CAOP 2013, 2011

Área urbana (exemplo)

Área urbana (exemplo)

Limites territoriais

Limites territoriais

NUTS II

NUTS II

0

50 Km

0

50 Km

Fonte: INE, I.P., Recenseamento da População e Habitação 2011; Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia Direção-Geral do Território, Carta Administrativa Oficial de Portugal - CAOP 2010 e 2013.

6. CLASSIFICAÇÃO NO SISTEMA DE METAINFORMAÇÃO DO INE Versão floating, que toma como referênA TIPAU 2014, após respetiva publicação em Diá-

cia a organização das freguesias decor-

rio da República, é disponibilizada em duas ver-

rentes da Reorganização Administrativa

sões distintas, no módulo de classificações do

Territorial Autárquica (CAOP 2013) e que

Sistema de Meta informação do Portal de Estatís-

integra atualizações posteriores ocorridas

ticas Oficiais do INE (www.ine.pt):

no Código da Divisão Administrativa, com

Versão estática, reportada à geografia

data de referência a 31 de dezembro de

utilizada para difusão dos Censos de 2011

cada ano.

(CAOP 2010);

.

[18] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

ANEXOS ANEXO I - CONCEITOS ESTATÍSTICOS Designação

Definição

ÁREA MEDIAMENTE URBANA (conceito 1089)

Integram as Áreas Mediamente Urbanas as freguesias que não tendo sido já integradas em APU cumpram, pelo menos, um dos seguintes requisitos: 1) o maior valor da média entre o peso da população residente na população total da freguesia e o peso da área na área total da freguesia corresponde a Espaço Urbano, sendo que o peso da área de espaço de ocupação predominantemente rural ultrapassa 50% da área total da freguesia; 2) o maior valor da média entre o peso da população residente na população total da freguesia e o peso da área na área total da freguesia corresponde a espaço urbano em conjunto com espaço semi-urbano, sendo que o peso da área de espaço de ocupação predominantemente rural não ultrapassa 50% da área total da freguesia; 3) a freguesia integra a sede da Câmara Municipal e tem uma população residente igual ou inferior a 5.000 habitantes; 4) a freguesia integra total ou parcialmente um lugar com população residente igual ou superior a 2.000 habitantes e inferior a 5 000 habitantes, sendo que o peso da população do lugar no total da população residente na freguesia ou no total da população residente no lugar, é igual ou superior a 50%.

ÁREA PREDOMINANTEMENTE Integram as Áreas Predominantemente Rurais as freguesias não classificadas como "Área Predominantemente Urbana" nem "Área RURAL Mediamente Urbana". (conceito 1084) ÁREA PREDOMINANTEMENTE URBANA (conceito 1070)

Integram as APU as freguesias que cumpram, pelo menos, um dos seguintes requisitos: 1) o maior valor da média entre o peso da população residente na população total da freguesia e o peso da área na área total da freguesia corresponde a espaço urbano, sendo que o peso da área em espaço de ocupação predominantemente rural não ultrapassa 50% da área total da freguesia; 2) a freguesia integra a sede da Câmara Municipal e tem uma população residente superior a 5.000 habitantes; 3) a freguesia integra total ou parcialmente um lugar com população residente igual ou superior a 5 000 habitantes, sendo que o peso da população do lugar no total da população residente na freguesia ou no total da população residente no lugar, é igual ou superior a 50%.

CIDADE ESTATÍSTICA (conceito 4686)

Corresponde, na maioria dos casos, ao ajustamento do perímetro urbano consagrado nos instrumentos jurídicos de ocupação de solos, às subsecções estatísticas utilizadas pelo INE na BGRI (Base Geográfica de Referenciação da Informação).

DENSIDADE POPULACIONAL (conceito 166)

Intensidade do povoamento expressa pela relação entre o número de habitantes de uma área territorial determinada e a superfície desse território (habitualmente expressa em número de habitantes por quilómetro quadrado).

ESPAÇO DE OCUPAÇÃO PREDOMINANTEMENTE RURAL (conceito 7249)

Subsecção estatística tipificada como "solo não urbano", de acordo com os critérios de planeamento assumidos nos Planos Municipais de Ordenamento do Território, que contempla o conjunto dos seguintes requisitos: 1) não foi incluída previamente na categoria de espaço urbano ou semi-urbano; 2) tem densidade populacional igual ou inferior a 100 habitantes por Km2; 3) não integra um lugar com população residente igual ou superior a 2.000 habitantes.

ESPAÇO SEMIURBANO (conceito 7250)

Subsecção estatística tipificada como "solo não urbano", de acordo com os critérios de planeamento dos Planos Municipais de Ordenamento do Território, que não foi incluída previamente na categoria de espaço urbano, e contempla, pelo menos um dos seguintes requisitos: 1) integra uma secção com densidade populacional superior a 100 habitantes por Km2 e inferior ou igual a 500 habitantes por Km2; 2) integra um lugar com população residente igual ou superior a 2.000 habitantes e inferior a 5.000 habitantes.

ESPAÇO URBANO (conceito 7251)

Subsecção estatística que contempla um dos seguintes requisitos: 1) tipificada como "solo urbano", de acordo com os critérios de planeamento dos Planos Municipais de Ordenamento do Território; 2) integra uma secção com densidade populacional superior a 500 habitantes por Km2; 3) integra um lugar com população residente igual ou superior a 5.000 habitantes.

FREGUESIA (conceito 3223)

Circunscrição administrativa em que se subdivide o Concelho.

LUGAR (conceito 998)

Aglomerado populacional com dez ou mais alojamentos destinados à habitação de pessoas e com uma designação própria, independentemente de pertencer a uma ou mais freguesias.

LUGAR URBANO (conceito 7774)

Lugar com população igual ou superior a 2000 habitantes.

POPULAÇÃO URBANA (conceito 3915)

SECÇÃO ESTATÍSTICA (conceito 1009)

SOLO URBANO (conceito 3102)

População residente nas áreas predominantemente urbanas. Unidade territorial correspondente a uma área contínua de uma única Freguesia com cerca de 300 alojamentos destinados à habitação. De acordo com a densidade de alojamentos familiares, a Secção Estatística classifica-se em: a) concentradas: todas as subsecções estatísticas da secção são constituídas por quarteirões; b) dispersas: todas as subsecções estatísticas da secção são constituídas por lugares não divididos em quarteirões e/ou isolados; c) mistas concentradas: a maior parte das subsecções estatísticas da secção são constituídas por quarteirões; d) mistas dispersas: a maior parte das subsecções estatísticas da secção são constituídas por lugares não divididos em quarteirões ou isolados. Solo ao qual é reconhecida vocação para o processo de urbanização e edificação e no qual se integram os terrenos urbanizados ou cuja urbanização seja programada.

Unidade territorial que identifica a mais pequena área homogénea de construção ou não, existente dentro da secção estatística. SUBSECÇÃO ESTATÍSTICA Corresponde ao quarteirão nas áreas urbanas, ao lugar ou parte do lugar nas áreas rurais, ou a áreas residuais que podem (conceito 1012) conter ou não alojamentos (isolados).

Fonte: INE, I.P., Sistema de Metainformação.

[19] setembro de 2014

TIPOLOGIA DE ÁREAS URBANAS 2014 Relatório Técnico

ANEXO II – CARTA DE REGIME DO USO DO SOLO DO CONTINENTE (CRUS) Classes, categorias operativas e funcionais CATEGORIA FUNCIONAL Decreto Regulamentar nº 11/2009 de 29 de maio

CLASSE Es pa ço Agrícola ou Fl ores ta l Es pa ço Agrícola Es pa ço Fl ores ta l de Produçã o Es pa ço Fl ores ta l de Conserva çã o

Es pa ço de Uso Múl tipl o Agrícol a e Fl ores ta l Es pa ços de Explora çã o de Recurs os Geol ógi co Es pa ço Na tura l SOLO RURAL

Es pa ço de Ati vi da des Industria is Aglomera do Rura l Área de Edi fica çã o Dis pers a Es pa ço Cul tura l Es pa ço de Ocupa çã o Turís tica Es pa ço pa ra Equipa mentos e Infra es trutura s Indefi ni da Di s crepâ nci a CATEGORIA FUNCIONAL Decreto Regulamentar nº 11/2009 de 29 de maio

CATEGORIA OPERATIVA Nã o Atribuída Espa ço Centra l Espa ço Res i denci a l

Espa ço de Ba ixa Dens i da de SOLO URBANIZADO

Espa ço de Ati vi da des Económi ca s Espa ço verde Espa ços de Uso Es peci a l – Equipa mentos e Infra es trutura s Espa ços de Uso Es peci a l – Turi s mo Indefi nida Dis crepâ nci a Nã o Atribuída Espa ço Centra l Espa ço Res i denci a l Espa ço de Ba ixa Dens i da de

SOLO URBANO SOLO URBANIZÁVEL

Espa ço de Ati vi da des Económi ca s Espa ço verde Espa ços de Uso Es peci a l – Equipa mentos e Infra es trutura s Espa ços de Uso Es peci a l – Turi s mo Indefi nida Dis crepâ nci a Nã o Atribuída Espa ço Centra l Espa ço Res i denci a l Espa ço de Ba ixa Dens i da de

NÃO ATRIBUÍDA

Espa ço de Ati vi da des Económi ca s Espa ço verde Espa ços de Uso Es peci a l – Equipa mentos e Infra es trutura s Espa ços de Uso Es peci a l – Turi s mo Indefi nida Dis crepâ nci a

CLASSE INDEFINIDA (NEM RURAL NEM URBANA)

Observações

Di s crepâ nci a

Dentro de um úni co PDM.

(Vá ri a s a tri bui ções no res petivo PDM pa ra a me sma á rea – i mpos sível de cla s s ifi ca r)

Poder-se-i a a ca ba r com a di screpâ ncia a o nível da cl a ss e a o a dota r uma (Urba na ou Rura l ), por opçã o (o ma i s poss ível dentro de uma certa lógi ca )

DISCREPÂNCIA

Nã o s e a pl i ca

NÃO SE APLICA

Nã o s e a pl i ca

Área de s obrepos içã o entre PDM

NÃO SE APLICA

Nã o s e a pl i ca

Áre a nã o contempl a da em nenhum PDM

Fonte: Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia - Direção-Geral do Território.

[20] setembro de 2014

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