Estou, estou na moda.
É duro andar na moda,ainda que a moda
Seja negar minha identidade,Trocá­la por mil, açambarcandoTodas as marcas registradas,Todos os logotipos do Mercado[...]
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.

ANDRADE, C. D. de. Eu, etiqueta. In: Corpo. Rio de Janeiro: Record, 1984.

Abordando questões próprias da realidade social contemporânea, o poema está apontando para a

Valorização das empresas que definem a produção de um país.

Preservação da criatividade em uma era de produtos tecnológicos.

Manifestação dos estilos que marcam o caráter de uma nação.

Proteção da diversidade dos costumes étnicos de uma sociedade.

Padronização das escolhas pessoais em uma cultura do consumo.
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