Explique a linha de raciocínio de Milton Santos sobre a Globalização.
(mín 30 linhas)
Gente urgente é pra amanhã ofereço 60 pontos
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fabiolasousa1
O presente trabalho tem como objetivo apresentar ao público geral uma das obras mais esclarecedoras acerca dos processos de integração planetários denominados Globalização. Publicado pela editora Record e recentemente comemorado por estar em sua vigésima terceira edição, Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal é síntese de longos anos de experiência intelectual do Professor Milton Santos. Bacharel em Ciências Jurídicas e Doutor em Geografia, o Prof. Milton Santos se firmou como um dos maiores pensadores da contemporaneidade após extenso trabalho acadêmico com a publicação de inúmeros artigos, mais de quarenta livros e ao obter o Prêmio Internacional Vautrin Lud.
A obra em questão é resultado de “[…] reescritura de aulas, conferências, artigos de jornais e revistas, entrevistas à mídia, cada qual oferecendo um nível de discurso e a respectiva dificuldade.” (p.12). Em seu prefácio Santos imediatamente dispensa a extensa lista de referências bibliográficas de um trabalho eminentemente acadêmico e afirma a personalidade objetiva do texto. Reconhece de maneira honesta que a colaboração dos diversos amigos citados foi condição essencial para a existência da presente produção. E informa que “A ênfase central do livro vem da convicção do papel da ideologia na produção, disseminação, reprodução e manutenção da globalização atual” (p.14). De forma antecipada Santos explicita seu marxismo heterodoxo ao propor “Estamos convencidos de que a mudança histórica em perspectiva provirá de um movimento de baixo para cima, tendo como atores principais os países subdesenvolvidos e não os países ricos […]” (p.14). O livro apresenta seis capítulos: introdução, início do processo de produção da globalização, globalização na atualidade, limites da globalização, racionalidade vigente e atuação dos povos periféricos, e a conclusão.
Na introdução Santos faz considerações acerca do progresso das ciências e da velocidade do mundo explicados pelas insuficientes teorias mecanicistas. Estabelece um marco na estruturação do que poderia ser uma percepção do mundo global ao assertir:
“De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização” (p.18)
Em O mundo tal como nos fazem crer informa que o mito da globalização é apresentado como processo dinâmico que permite a fluidez dos mecanismos de satisfação das necessidades humanas aos diversos meios sociais. A idéia de aldeia global como é mostrada influi peremptoriamente para melhorar a qualidade de vida das nações e facilitar a integração social, cultural, política e econômica dos povos. Tavares1, citada por Santos diz que “Este mundo globalizado, visto como fábula, erige como verdade um certo número de fantasias, cuja repetição, entretanto, acaba por se tornar uma base aparentemente sólida de sua interpretação.” Nesta perspectiva aventa-se a tentativa de homogeneização do espaço por agentes econômicos e o discurso central do Estado mínimo.
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GabsAmarela
Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada, obrigada. Você salvou minha alma
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A obra em questão é resultado de “[…] reescritura de aulas, conferências, artigos de jornais e revistas, entrevistas à mídia, cada qual oferecendo um nível de discurso e a respectiva dificuldade.” (p.12). Em seu prefácio Santos imediatamente dispensa a extensa lista de referências bibliográficas de um trabalho eminentemente acadêmico e afirma a personalidade objetiva do texto. Reconhece de maneira honesta que a colaboração dos diversos amigos citados foi condição essencial para a existência da presente produção. E informa que “A ênfase central do livro vem da convicção do papel da ideologia na produção, disseminação, reprodução e manutenção da globalização atual” (p.14). De forma antecipada Santos explicita seu marxismo heterodoxo ao propor “Estamos convencidos de que a mudança histórica em perspectiva provirá de um movimento de baixo para cima, tendo como atores principais os países subdesenvolvidos e não os países ricos […]” (p.14). O livro apresenta seis capítulos: introdução, início do processo de produção da globalização, globalização na atualidade, limites da globalização, racionalidade vigente e atuação dos povos periféricos, e a conclusão.
Na introdução Santos faz considerações acerca do progresso das ciências e da velocidade do mundo explicados pelas insuficientes teorias mecanicistas. Estabelece um marco na estruturação do que poderia ser uma percepção do mundo global ao assertir:
“De fato, se desejamos escapar à crença de que esse mundo assim apresentado é verdadeiro, e não queremos admitir a permanência de sua percepção enganosa, devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização” (p.18)
Em O mundo tal como nos fazem crer informa que o mito da globalização é apresentado como processo dinâmico que permite a fluidez dos mecanismos de satisfação das necessidades humanas aos diversos meios sociais. A idéia de aldeia global como é mostrada influi peremptoriamente para melhorar a qualidade de vida das nações e facilitar a integração social, cultural, política e econômica dos povos. Tavares1, citada por Santos diz que “Este mundo globalizado, visto como fábula, erige como verdade um certo número de fantasias, cuja repetição, entretanto, acaba por se tornar uma base aparentemente sólida de sua interpretação.” Nesta perspectiva aventa-se a tentativa de homogeneização do espaço por agentes econômicos e o discurso central do Estado mínimo.