Na Idade Média , a ética das virtudes, reconfigurada pelos valores inerentes ao cristianismo, apresenta-se como paradigma da excecionalidade do ser humano que consegue elevar-se acima da rudeza e dos vícios, sintonizando-se com uma vida orientada para o plano divino.
Explicação:
Desta forma, o homem tem consciência sobre seus atos e escolhas, porém essas escolhas devem aproximar o homem de Deus. Portanto, para exercer o bem, o homem tem duas condições: a graças de Deus e o livre-arbítrio. Sem graça não há o bem; sem o livre-arbítrio não seria possível à escolha do bem. Assim, Deus da à graça e a possibilidade de o homem ser bom, através de ações pautadas na escolha da fé.
Por outro lado, o pensamento filosófico do Renascimento tem estabelecido outros parâmetros éticos e morais do ser humano. O homem é definido como meio de equilíbrio de todas as coisas. Com essa visão, para o brilhante jovem renascentista Pico Della Mirandola (1463-1494), o homem, na criação divina e sua queda pelo pecado, tem adquirido dignidade através do exercício do livre-arbítrio. Portanto, para esse pensador, deveria ser estabelecida uma nova ordem na fé cristã, a qual deveria dar maior expoente na capacidade intelectualista do homem. Neste sentido e sem negar a fé, existe maior diferença entre a Ética da Idade Média, na qual o ser ético este totalmente alinhado ao ser divino, aos dogmas, com o que é colocado na visão renascentista. Na visão de Pico Della Mirandola, a liberdade do homem, com o poder de escolha, estabeleceu-se maior independência do homem ao poder religioso.
Lista de comentários
Resposta:
Na Idade Média , a ética das virtudes, reconfigurada pelos valores inerentes ao cristianismo, apresenta-se como paradigma da excecionalidade do ser humano que consegue elevar-se acima da rudeza e dos vícios, sintonizando-se com uma vida orientada para o plano divino.
Explicação:
Desta forma, o homem tem consciência sobre seus atos e escolhas, porém essas escolhas devem aproximar o homem de Deus. Portanto, para exercer o bem, o homem tem duas condições: a graças de Deus e o livre-arbítrio. Sem graça não há o bem; sem o livre-arbítrio não seria possível à escolha do bem. Assim, Deus da à graça e a possibilidade de o homem ser bom, através de ações pautadas na escolha da fé.
Por outro lado, o pensamento filosófico do Renascimento tem estabelecido outros parâmetros éticos e morais do ser humano. O homem é definido como meio de equilíbrio de todas as coisas. Com essa visão, para o brilhante jovem renascentista Pico Della Mirandola (1463-1494), o homem, na criação divina e sua queda pelo pecado, tem adquirido dignidade através do exercício do livre-arbítrio. Portanto, para esse pensador, deveria ser estabelecida uma nova ordem na fé cristã, a qual deveria dar maior expoente na capacidade intelectualista do homem. Neste sentido e sem negar a fé, existe maior diferença entre a Ética da Idade Média, na qual o ser ético este totalmente alinhado ao ser divino, aos dogmas, com o que é colocado na visão renascentista. Na visão de Pico Della Mirandola, a liberdade do homem, com o poder de escolha, estabeleceu-se maior independência do homem ao poder religioso.