Antes da chegada dos colonizadores portugueses, no século XVI (os primeiros relatos dão conta de expedições que subiram o Rio Jequitinhonha e São Francisco) , Diamantina, como toda a região do atual estado de Minas Gerais, era ocupada por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê[8].
Diamantina foi fundada como Arraial do Tejuco em 1713, com a construção de uma capela que homenageava o padroeiro Santo Antônio. A localidade teve forte crescimento quando da descoberta dos Diamantes em 1729. Em fins do século XVIII era a terceira maior povoação da Capitania Geral da Minas, atrás da capital Vila Rica, hoje Ouro Preto, e com população semelhante à da próspera São João del-Rei. No século XVIII cresceu devido à grande produção local de diamantes, que eram explorados pela coroa portuguesa. Foi conhecida inicialmente como Arraial do Tejuco (ou Tijuco) (do tupityîuka, "água podre"[9]), Tejuco e Ybyty'ro'y (palavra tupi que significa "montanha fria", pela junção de ybytyra ("montanha") e ro'y ("frio")[10]. Durante o século XVIII, a cidade ficou famosa por ter abrigado Chica da Silva, escrava alforriada que era esposa do homem mais rico do Brasil Colonial, João Fernandes de Oliveira[10].
Diamantina emancipou-se do município do Serro somente em 1831,[11] passando a se chamar Diamantina por causa do grande volume de diamantes encontrados na região. A demora se devia à necessidade de maior controle local pelas autoridades coloniais visto que já em meados do século XVIII a população era maior que a da Vila do Príncipe do Serro Frio, cabeça da comarca. A vida em Diamantina no final do século XIX foi retratada por Alice Brant no seu livro Minha Vida de Menina, que se tornou um marco da literatura brasileira após ter sido redescoberto por Elizabeth Bishop.
Em 1938, Diamantina comemorou seus cem anos de elevação à categoria de cidade, recebendo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional o título de "patrimônio histórico nacional". E, no ano de 1999, foi elevada à categoria de "patrimônio da humanidade" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.[12]
Caminho dos Escravos
A cidade é um dos destinos da Estrada Real, um dos roteiros culturais e turísticos mais ricos do Brasil, e faz parte do circuito turístico dos Diamantes.[13] Apesar do grande número de turistas, a infraestrutura para receber visitantes é considerada inferior à de Ouro Preto, a primeira cidade no estado a ser reconhecida pela Unesco, e na capital de Minas, Belo Horizonte. Um grande gargalo é o trânsito, contando com uma frota local crescente e chegada de muitos carros nos fins de semana.[12]
A cidade é conhecida por suas serestas e vesperata, que é um evento em que os músicos se apresentam à noite, ao ar livre, das janelas e sacadas de velhos casarões, enquanto o público assiste das ruas.
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Antes da chegada dos colonizadores portugueses, no século XVI (os primeiros relatos dão conta de expedições que subiram o Rio Jequitinhonha e São Francisco) , Diamantina, como toda a região do atual estado de Minas Gerais, era ocupada por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê[8].
Diamantina foi fundada como Arraial do Tejuco em 1713, com a construção de uma capela que homenageava o padroeiro Santo Antônio. A localidade teve forte crescimento quando da descoberta dos Diamantes em 1729. Em fins do século XVIII era a terceira maior povoação da Capitania Geral da Minas, atrás da capital Vila Rica, hoje Ouro Preto, e com população semelhante à da próspera São João del-Rei. No século XVIII cresceu devido à grande produção local de diamantes, que eram explorados pela coroa portuguesa. Foi conhecida inicialmente como Arraial do Tejuco (ou Tijuco) (do tupityîuka, "água podre"[9]), Tejuco e Ybyty'ro'y (palavra tupi que significa "montanha fria", pela junção de ybytyra ("montanha") e ro'y ("frio")[10]. Durante o século XVIII, a cidade ficou famosa por ter abrigado Chica da Silva, escrava alforriada que era esposa do homem mais rico do Brasil Colonial, João Fernandes de Oliveira[10].
Diamantina emancipou-se do município do Serro somente em 1831,[11] passando a se chamar Diamantina por causa do grande volume de diamantes encontrados na região. A demora se devia à necessidade de maior controle local pelas autoridades coloniais visto que já em meados do século XVIII a população era maior que a da Vila do Príncipe do Serro Frio, cabeça da comarca. A vida em Diamantina no final do século XIX foi retratada por Alice Brant no seu livro Minha Vida de Menina, que se tornou um marco da literatura brasileira após ter sido redescoberto por Elizabeth Bishop.
Em 1938, Diamantina comemorou seus cem anos de elevação à categoria de cidade, recebendo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional o título de "patrimônio histórico nacional". E, no ano de 1999, foi elevada à categoria de "patrimônio da humanidade" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.[12]
Caminho dos EscravosA cidade é um dos destinos da Estrada Real, um dos roteiros culturais e turísticos mais ricos do Brasil, e faz parte do circuito turístico dos Diamantes.[13] Apesar do grande número de turistas, a infraestrutura para receber visitantes é considerada inferior à de Ouro Preto, a primeira cidade no estado a ser reconhecida pela Unesco, e na capital de Minas, Belo Horizonte. Um grande gargalo é o trânsito, contando com uma frota local crescente e chegada de muitos carros nos fins de semana.[12]
A cidade é conhecida por suas serestas e vesperata, que é um evento em que os músicos se apresentam à noite, ao ar livre, das janelas e sacadas de velhos casarões, enquanto o público assiste das ruas.