Leidriane13
Tanques de guerra, rifles, gritos, fardas, casas destruídas, sangue, espancamentos e estupros. Assim começa o filme Um Grito De Liberdade, película de 1987 que retrata a vida de Steve Biko e sua amizade com o Jornalista Donald Woods, porém simboliza também os danos que o ódio racial trouxe para a humanidade.
A primeira cena descrita acima se passa numa favela africana, os soldados brancos vêem os negros como animais e os classificam a partir de suas tribos usando termos como Bantu fêmea ou Bantu Macho, o primeiro termo designa uma tribo africana. Donald J. Woods é um editor chefe de um jornal sul-africano e é abordado pela médica Ramphele, que mostra a ele que apesar de ser um libertário esta equivocado em ter suas posições contra o movimento de "consciência negra" e deveria conhecer o líder negro Steve Biko, a Doutora Ramphele teve sua chance na medicina através das pouquíssimas bolsas de estudo cedidas para jovens negros, no filme ela ilustra a capacidade do negro de vencer na área acadêmica. O Jornalista segue para o encontro do ativista e o encontra num regime de reclusão no qual pode conversar com apenas uma pessoa e é vigiado por policiais à paisana, ambos driblam a vigilância e o profissional da notícia é apresentado a um lado muito mais sombrio do país, oposto a sua vida de classe média alta numa casa com piscina e empregada doméstica. Os dois seguem para o gueto no qual a fome e crimes contracenam com a alegria dos bares e músicas típicas do povo. Esse convívio torna o libertário menos imparcial e apático em suas matérias e faz com que o seu jornal empregue dois negros, um evento que causa comoção entre os empregados do periódico, esse fato ilustra que na vida de um jornalista nem tudo que é tido como ético em sua profissão é o certo. Biko é um idealista bem humorado e mostra ao novo amigo a falta de moralidade do regime, que destrói com os anos a cultura do povo nativo daquelas terras e sua função de instrumento de dominação de uma minoria branca.
O revolucionário acaba sendo preso quando tenta enganar seus vigias para conversar com estudantes da cidade de Soweto na esperança de faze-los desistirem de uma manifestação contra o Apartaide, infelizmente os estudantes seriam chacinados, o que é apresentado no filme numa cena realista e chocante e o líder do movimento seria preso e espancado até a morte. Com a morte de Biko, Woods vai até o necrotério e tira fotos para provar as reais causas do falecimento, o qual os policiais alegaram ter sido uma greve de fome, com sua ação e a tentativa de levar seu material para os Estados Unidos, o jornalista foi banido, sendo assim poderia se comunicar com apenas uma pessoa por vez, ficaria isolado em um cômodo de sua residência e seria vigiado 24 horas por dia por homens da lei os quais realizam atentados contra sua família, uma cena marcante é a qual o homem branco defende sua empregada negra, que sofre um preconceito enorme dentro de seu quarto.
Para concluir o filme a família Woods executa uma fuga árdua para encontrar o seu patriarca que por sua vez também foge dos opressores numa escapada cinematográfica, todos seguem para a Inglaterra.
O livro é lançado durante a década de 1970 e o mundo descobre o peso verdadeiro do regime dominador da África do Sul, o cantor britânico Peter Gabriel grava em 1980 a canção "Biko" retratando o choque de sua morte, com o filme o mundo pode observar a realidade do regime que chegou ao fim nos anos 90.
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A primeira cena descrita acima se passa numa favela africana, os soldados brancos vêem os negros como animais e os classificam a partir de suas tribos usando termos como Bantu fêmea ou Bantu Macho, o primeiro termo designa uma tribo africana.
Donald J. Woods é um editor chefe de um jornal sul-africano e é abordado pela médica Ramphele, que mostra a ele que apesar de ser um libertário esta equivocado em ter suas posições contra o movimento de "consciência negra" e deveria conhecer o líder negro Steve Biko, a Doutora Ramphele teve sua chance na medicina através das pouquíssimas bolsas de estudo cedidas para jovens negros, no filme ela ilustra a capacidade do negro de vencer na área acadêmica.
O Jornalista segue para o encontro do ativista e o encontra num regime de reclusão no qual pode conversar com apenas uma pessoa e é vigiado por policiais à paisana, ambos driblam a vigilância e o profissional da notícia é apresentado a um lado muito mais sombrio do país, oposto a sua vida de classe média alta numa casa com piscina e empregada doméstica. Os dois seguem para o gueto no qual a fome e crimes contracenam com a alegria dos bares e músicas típicas do povo.
Esse convívio torna o libertário menos imparcial e apático em suas matérias e faz com que o seu jornal empregue dois negros, um evento que causa comoção entre os empregados do periódico, esse fato ilustra que na vida de um jornalista nem tudo que é tido como ético em sua profissão é o certo. Biko é um idealista bem humorado e mostra ao novo amigo a falta de moralidade do regime, que destrói com os anos a cultura do povo nativo daquelas terras e sua função de instrumento de dominação de uma minoria branca.
O revolucionário acaba sendo preso quando tenta enganar seus vigias para conversar com estudantes da cidade de Soweto na esperança de faze-los desistirem de uma manifestação contra o Apartaide, infelizmente os estudantes seriam chacinados, o que é apresentado no filme numa cena realista e chocante e o líder do movimento seria preso e espancado até a morte.
Com a morte de Biko, Woods vai até o necrotério e tira fotos para provar as reais causas do falecimento, o qual os policiais alegaram ter sido uma greve de fome, com sua ação e a tentativa de levar seu material para os Estados Unidos, o jornalista foi banido, sendo assim poderia se comunicar com apenas uma pessoa por vez, ficaria isolado em um cômodo de sua residência e seria vigiado 24 horas por dia por homens da lei os quais realizam atentados contra sua família, uma cena marcante é a qual o homem branco defende sua empregada negra, que sofre um preconceito enorme dentro de seu quarto.
Para concluir o filme a família Woods executa uma fuga árdua para encontrar o seu patriarca que por sua vez também foge dos opressores numa escapada cinematográfica, todos seguem para a Inglaterra.
O livro é lançado durante a década de 1970 e o mundo descobre o peso verdadeiro do regime dominador da África do Sul, o cantor britânico Peter Gabriel grava em 1980 a canção "Biko" retratando o choque de sua morte, com o filme o mundo pode observar a realidade do regime que chegou ao fim nos anos 90.