Me ajudem, por favorrrrrrrrrr!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Para responder essas questões é preciso ler o capítulo " O Vergalho". É um texto curtíssimo. Deixarei o texto no fim.
QUESTÃO 5
Na sua opinião, o capítulo em questão mostra um narrador preocupado com a instituição escravagista ou apenas preocupado em revelar formas do comportamento humano?
QUESTÃO 6 O narrador diz que gosta dos capítulos alegres.
a) O capítulo em questão é alegre? b) Fundamente sua resposta.
O texto que segue é o capítulo LXVIII do livro Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
Tais eram as reflexões que eu vinha fazendo, por aquele Valongo fora, logo depois de ver e ajustar a casa. Interrompeu-mas um ajuntamento; era um preto que vergalhava outro na praça. O outro não se atrevia a fugir; gemia somente estas únicas palavras:
— “Não, perdão, meu senhor; meu senhor, perdão!” Mas o primeiro não fazia caso, e, a cada súplica, respondia com uma vergalhada nova.
— Toma, diabo! dizia ele; toma mais perdão, bêbado!
— Meu senhor! gemia o outro.
Parei, olhei Justos céus! Quem havia de ser o do vergalho? Nada menos que o meu moleque
— Cala a boca, besta! replicava o vergalho. Prudêncio, — o que meu pai libertara alguns anos antes. Cheguei-me; ele deteve-se logo e pediume a bênção; perguntei-lhe se aquele preto era escravo dele.
— É, sim, nhonhô.
— Fez-te alguma coisa?
— É um vadio e um bêbado muito grande. Ainda hoje deixei ele na quitanda, enquanto eu ia lá embaixo na cidade, e ele deixou a quitanda para ir na venda beber.
— Está bom, perdoa-lhe, disse eu.
— Pois não, nhonhô. Nhonhô manda, não pede. Entra para casa, bêbado!
Saí do grupo, que me olhava espantado e cochichava as suas conjeturas. Segui caminho, a desfiar uma infinidade de reflexões, que sinto haver inteiramente perdido; aliás, seria matéria para um bom capítulo, e talvez alegre. Eu gosto dos capítulos alegres; é o meu fraco. Exteriormente, era torvo o episódio do Valongo; mas só exteriormente. Logo que meti mais dentro a faca do raciocínio achei-lhe um miolo gaiato, fino, e até profundo. Era um modo que o Prudêncio tinha de se desfazer das pancadas recebidas, — transmitindo-as a outro. Eu, em criança, montava-o, punha-lhe um freio na boca, e desancava-o sem compaixão; ele gemia e sofria. Agora, porém, que era livre, dispunha de si mesmo, dos braços, das pernas, podia trabalhar, folgar, dormir, desagrilhoado da antiga condição, agora é que ele se desbancava: comprou um escravo, e ia-lhe pagando, com alto juro, as quantias que de mim recebera. Vejam as sutilezas do maroto!
Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo, Ática, 1995. p. 100-1.
Lista de comentários
6)A) NÃO
B) NÃO POR QUE SE-TRATAVA DE UMA COISA QUE NÃO AGRADA AOS OLHOS DE NIGUEM, NÃO ERA UM CAPITULO ALEGRE