Não podemos nos esquecer de que o que chamamos de missão nos domínios ibéricos estava intrinsicamente ligado ao projeto de cristandade e da inconsequente ligação entre Estado e Igreja, com sucessivas concessões de privilégios aos reis católicos implementados pelos papas, regalias que estavam sendo confirmadas pelo “Regime de Padroado”; era uma relação de dependência da religião em relação aos reinos ibéricos. Esta relação política entre religião e política estatal sempre foi complicada. Nas palavras do Frei Cristiano Matos, essa relação tem uma implicação que deturpa o papel da igreja como povo de Deus, porque
a. para o Frei Cristiano de Matos, “enquanto a fé se nacionalizava, também o Estado se sacralizava [...] pelo juramento de fidelidade todos os eclesiásticos submetiam-se oficialmente à autoridade “sagrada” do rei”.
b. segundo o religioso, autor de nosso texto base para entender a relação dos inacianos com os nativos, a igreja tornou-se como o Estadoum império que submetia os nativos, não importava a maneira como isso fosse implementado, porque o que importava mesmo era o resultado que os reis católicos estavam conseguindo trazer para a religião.
c. Frei Henrique Cristiano de Matos não disse que esta relação era deturpada. d. Frei Henrique Cristiano de Matos em seu livro apoiava totalmente a relação política entre Estado e Igreja na Península Ibérica.
e. segundo o que estudamos, o religioso que escreveu o livro sobre os 500 anos de Presença da Igreja Católica no Brasil (Nossa História) não concorda com a relação política nas esferas público-privadas, mas acredita que para evangelizar os nativos não havia outra forma senão aliar política e religião
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