Nobre e dominador, o gênero épico, por meio de sua principal forma de expressão poética, a epopeia, teve sua hora e vez. coroou a sua glória por entre os giros das voltas da história cultural do homem. Mas quando se viu tolhido e o seu anacronismo apanhado pelas engrenagens do tempo (...) aceitou com humildade e resignação o seu devir. Mirou-se em sua outra face foi se encontrar na imagem do irmão não-nobre a sua metamorfose. Passou então o seu cetro ascensional à narrativa em prosa, revigorada e transubstancializada na forma de romance. Não subiu aos céus para a sua sagração, mas por sacrifício em nome do desenvolvimento da forma romanesca. Assim, não caiu no reino do esquecimento: do épico, ganhou amplitude moderna de gênero narrativo.
MOTTA, Sérgio Vicente. O Engenho Da Narrativa e sua Árvore Genealógica Das Origens a Graciliano Ramos e Guimarães Rosa. São Paulo: UNESP, 2006, p.40.


Refletindo sobre o gênero épico e suas transformações ao longo dos séculos até o gênero narrativa, avalie as afirmações a seguir.

I. A narrativa em prosa suplantou a epopeia por sinalizar sua nova forma de contar as histórias: mais complexo, cheio de dramas e finais inesperados, o que não ocorria no épico.
II. A narrativa se mostrou um gênero em evolução e contextualizado dentro de uma transformação social e histórica que acompanhou a nova classe da burguesia ascendente.
III. As epopeias ainda são produzidas, visto que muitos autores preferem essa forma de narrar em verso pela sua agilidade, simplicidade e condensamento.
IV. O gênero narrativo desdobrou-se ao longo dos séculos em diversas outras formas: conto, micro conto, crônica, romances, novelas e etc.

É correto o que se afirma em
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