Resposta:

Vamos discutir as questões propostas sobre o plano de salvação descrito por Paulo.

a) Sobre a predestinação, há diferentes interpretações dentro do Cristianismo. Alguns grupos acreditam na ideia da predestinação, ou seja, que Deus escolheu desde o princípio da criação quem será salvo e quem será condenado. Essa crença é chamada de "predestinação absoluta" ou "dupla predestinação". No entanto, outros cristãos discordam dessa visão, pois ela pode parecer incompatível com a ideia de um Deus amoroso e justo.

Paulo realmente abordou a questão da eleição divina e da predestinação em algumas de suas cartas, como em Romanos 8:29-30 e Efésios 1:4-5. Ele falava sobre Deus ter conhecido e escolhido seus filhos antes da fundação do mundo. Entretanto, é importante considerar que a interpretação desses versículos não é consensual. Alguns teólogos argumentam que a predestinação, nesse contexto, se refere mais à escolha do povo de Deus como um todo e não individualmente a cada pessoa.

Na minha opinião, é difícil afirmar com certeza que Deus predestina algumas pessoas para a salvação e outras para a perdição. Essa ideia parece limitar o livre arbítrio humano e pode gerar questionamentos sobre a justiça de Deus. Acredito que Deus dá a todos a oportunidade de aceitar a salvação por meio de Jesus, mas respeita a escolha individual de cada pessoa. O plano de salvação parece mais justo e amoroso quando consideramos que todos têm a chance de aceitar ou rejeitar o convite divino.

b) Quanto à salvação pela fé em Jesus e a importância dos atos, Paulo aborda essa questão em várias de suas epístolas. Em Romanos 3:28, ele enfatiza que somos justificados pela fé, independentemente das obras da lei. Em Efésios 2:8-9, ele destaca que somos salvos pela graça mediante a fé, e não por nossos próprios méritos.

Contudo, é preciso observar o contexto dessas declarações. Paulo não estava diminuindo a importância das boas obras, mas enfatizando que a salvação é um dom gratuito de Deus, que não pode ser conquistado por mérito próprio. Nossas ações não podem ganhar a salvação para nós, mas são um reflexo da nossa fé e do nosso relacionamento com Deus.

James, por exemplo, em sua carta (Tiago 2:14-26), ressalta que a fé sem obras é morta. Ou seja, a fé genuína leva a uma mudança de vida, que se manifesta através de boas obras. As ações são um resultado natural da fé em Jesus e da presença do Espírito Santo em nossas vidas.

Portanto, a fé é essencial para a salvação, mas isso não significa que nossas ações sejam insignificantes. As obras são uma resposta ao amor de Deus e uma demonstração prática da nossa fé. O plano de salvação inclui ambos: a fé que nos justifica diante de Deus e as obras que refletem a nossa fé em nossas vidas cotidianas.

Explicação:

Resposta:

a) Sobre a questão da predestinação na salvação, minha opinião é que é importante considerar tanto as Escrituras quanto nossa compreensão do caráter de Deus. Embora alguns possam acreditar na predestinação, acredito que a salvação é oferecida a todos, sem exceção. Paulo mesmo escreveu em 1 Timóteo 2:3-4 que Deus deseja que todos sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade. Além disso, em Romanos 10:13, ele afirma que "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". Portanto, acredito que Deus oferece a salvação a todos e que cabe a cada indivíduo fazer a escolha de aceitar ou rejeitar essa oferta.

b) Paulo realmente enfatiza a importância da fé em Jesus como meio de salvação em várias de suas epístolas. No entanto, isso não significa que nossos atos sejam irrelevantes. A fé em Jesus deve ser demonstrada através de nossas ações e comportamentos. Como Paulo escreveu em Efésios 2:8-10, somos salvos pela graça mediante a fé, mas também fomos criados para boas obras. Nossas ações são um reflexo de nossa fé e, portanto, são importantes. No entanto, é essencial entender que nossas obras não podem nos salvar por si mesmas, mas são uma resposta e expressão de nossa fé em Deus. A salvação é um presente gratuito de Deus, mas uma fé viva será evidenciada em nossas obras.