Resposta:

a) A crença na predestinação é uma questão teológica que tem sido debatida por diferentes correntes religiosas ao longo da história. Alguns acreditam que Deus escolheu antecipadamente quem será salvo e quem será condenado, independentemente das ações ou escolhas das pessoas. Essa visão é conhecida como predestinação ou predestinação absoluta.

Outros, no entanto, acreditam em uma visão mais aberta, em que o livre-arbítrio das pessoas desempenha um papel significativo na salvação. De acordo com essa perspectiva, Deus concede a todas as pessoas a possibilidade de aceitar a salvação, mas cabe a elas fazer essa escolha pessoal.

Essa questão é complexa e pode levar a debates teológicos profundos. Algumas pessoas se sentem confortáveis com a ideia da predestinação, pois acreditam que Deus é soberano e possui um plano divino que não pode ser alterado. Por outro lado, outras pessoas veem a predestinação como uma ideia que pode questionar a justiça e a misericórdia de Deus, pois pode parecer que algumas pessoas estão destinadas à condenação sem qualquer possibilidade de redenção.

Cada pessoa pode ter uma visão diferente sobre essa questão, e essas crenças podem ser influenciadas por tradições religiosas, interpretações das escrituras sagradas e experiências pessoais. É importante lembrar que o respeito às diferentes perspectivas é fundamental na discussão de temas teológicos complexos, e que o diálogo e a reflexão respeitosa podem levar a um maior entendimento e apreciação das diferentes visões sobre a salvação.

b)

A afirmação de Paulo de que somos salvos pela fé em Jesus é uma questão teológica importante e frequentemente discutida no contexto do cristianismo. Para entender essa questão, é necessário considerar algumas nuances e interpretações teológicas.

Quando Paulo fala sobre sermos salvos pela fé em Jesus, ele enfatiza que a salvação é um dom gratuito e não algo que podemos alcançar por nossos próprios méritos ou obras. Em outras palavras, não podemos "merecer" a salvação com base em nossas boas ações ou obras. Isso significa que, em seu cerne, a salvação é um presente de Deus, concedido através da fé em Jesus Cristo como Salvador.

No entanto, isso não significa que nossos atos ou obras sejam totalmente insignificantes. Embora não possamos "ganhar" nossa salvação através de boas obras, a fé genuína em Jesus inevitavelmente resultará em ações que reflitam esse relacionamento transformador com Deus.

Nesse sentido, as obras e ações são uma expressão natural da fé viva em Jesus. Quando uma pessoa verdadeiramente crê em Jesus, essa fé deve ser demonstrada através de amor e serviço ao próximo, de uma vida transformada, do desejo de seguir os ensinamentos de Cristo e de viver de acordo com os princípios da moralidade e da ética cristã.

Portanto, embora as obras não sejam o meio para a salvação, elas são uma evidência e um fruto da fé genuína em Jesus. A fé e as obras estão interligadas e são um aspecto integral da experiência cristã.

Essa compreensão também é enfatizada em outras partes da Bíblia, como em Tiago 2:17-18, que diz: "Assim, também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras".

Portanto, a fé em Jesus é a base da salvação, mas essa fé autêntica se manifestará em ações que evidenciam a transformação interior e o compromisso com os princípios do Evangelho.