O custo de capital de uma empresa reflete, em essência, a remuneração mínima exigida pelos proprietários de suas fontes de recursos (credores e acionistas). É utilizado como taxa mínima de atratividade das decisões de investimentos indicando criação de riqueza econômica quando o retorno operacional auferido superar a taxa requerida de retorno determinada pela alocação de capital. Esse é o critério básico de aceitação de uma proposta de investimento o qual leva ao incremento do valor de mercado da empresa e, em consequência, da riqueza de seus acionistas.
No estudo do custo de capital, é necessário inicialmente conhecer-se o custo de cada fonte de recursos (própria e de terceiros) selecionada pela empresa e, então, mensurar-se a partir desses valores a taxa de retorno desejada para as decisões de investimentos. O custo total de capital é função não somente do risco associado às decisões financeiras, mas também da natureza relativa dos passivos na estrutura de capital.
O custo de capital de terceiros é definido de acordo com os passivos onerosos identificados nos empréstimos e financiamentos mantidos pela empresa esse custo representa em outras palavras um custo explícito obtido pela taxa de desconto que iguala em determinado momento os vários desembolsos previstos de capital e de juros como principal liberado para a empresa.
O custo de capital próprio revela o retorno desejado pelos acionistas de uma empresa em suas decisões de aplicação de capital próprio. A definição do custo de capital próprio não pode ser efetuada diretamente com os proprietários de capital requerendo a aplicação de algum método direcionado a esse cálculo. Um procedimento bastante utilizado na prática de determinação do custo de capital próprio é o método do fluxo de caixa descontado dos dividendos futuros esperados pelo mercado. Outro método de mensuração do custo de capital próprio é derivado da aplicação do modelo de precificação de ativos CAPM. O CAPM estabelece uma relação linear entre o retorno de um ativo e o retorno do mercado.
O custo total de capital da empresa é tradicionalmente obtido mediante o cálculo da média dos custos de captação ponderada pela participação de cada fonte de fundos na estrutura de capital a longo prazo, denominado de Custo Médio Ponderado de Capital (WACC).
ASSAF NETO, A. Finanças Corporativas e Valor. São Paulo: Atlas, 2010 (adaptado).
Considerando o contexto apresentado que trata do custo total de capital de uma empresa e a metodologia do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC), analise a situação hipotética detalhada a seguir:
Uma empresa precisa adquirir um novo software para melhorar o controle de suas vendas. Para adquirir esse software foram necessárias duas fontes de financiamento: uma própria e uma de terceiros. Como a empresa já dispunha de uma parte do total dos recursos, 60% dos recursos totais foram empregados para aquisição da máquina e o restante de recursos (40%) foi solicitado junto a uma instituição financeira através de empréstimo. Esse empréstimo teve como taxa de juros, após o pagamento de imposto de renda, 6,5% a.a. e o custo dos recursos próprios é de 15% a.a.
Diante dessas informações, e baseando-se no custo médio ponderado de capital (WACC), avalie as afirmações a seguir.
I – O custo médio ponderado de capital (WACC), considerando as duas fontes de financiamento, é de 11,6% a.a.
II – A utilização de empréstimo na aquisição do software proporciona um custo médio ponderado de capital maior do que se fosse usado apenas recursos próprios.
III – A utilização de recursos próprios na aquisição do software significa um custo médio ponderado de capital menor, portanto o mais adequado é utilizar apenas recursos próprios para este investimento.
IV – Como o custo médio ponderado de capital (WACC) é a taxa mínima requerida para o investimento, o software pode ser adquirido, se o retorno esperado for maior que 11,6% a.a.
É correto apenas o que se afirma em
Escolha uma opção:
a.
I e IV.
b.
I e III.
c.
II e III.
d.
III e IV.
e.
I e II.
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Resposta:
a) I e IV
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