O mercantiliamo e fisiocratismo são correntes económicas que marcaram a história económica do mundo. Distingue-as tomando em consideração a fonte de riqueza, o papel do Estado, seu impacto na economia e, como é que as escolas liberais, anti-liberais e marginalista as sustentaram.
O mercantilismo e o fisiocratismo são duas correntes econômicas importantes com visões distintas sobre a fonte de riqueza, o papel do Estado e o impacto na economia. Vou explicar cada uma e como as escolas econômicas posteriores as sustentaram ou criticaram:
**Mercantilismo:**
- **Fonte de Riqueza**: Considerava que a riqueza de uma nação vinha do acúmulo de metais preciosos, como ouro e prata. Para isso, promovia a exportação de bens e a restrição de importações.
- **Papel do Estado**: Era ativo e centralizador. O Estado deveria controlar a economia para garantir mais exportações que importações, o que era conhecido como balança comercial favorável.
- **Impacto na Economia**: Levou à expansão colonial, guerras comerciais e regulamentações econômicas rigorosas.
**Fisiocratismo:**
- **Fonte de Riqueza**: Acreditava que a riqueza provinha da terra e da agricultura. Os fisiocratas viam as atividades agrícolas como a única fonte de criação de valor.
- **Papel do Estado**: Advocavam um papel mais limitado do Estado, defendendo o "laissez-faire", ou seja, a não interferência do governo na economia.
- **Impacto na Economia**: Influenciou o pensamento econômico rumo ao liberalismo, com ênfase na livre iniciativa e no mercado.
**Escolas Econômicas e suas Relações:**
- **Liberalismo (Adam Smith e outros):** Criticou tanto o mercantilismo quanto o fisiocratismo. O liberalismo econômico, iniciado por Adam Smith, argumentava que a verdadeira riqueza de uma nação não estava no acúmulo de metais preciosos (contra o mercantilismo) nem apenas na agricultura (contra o fisiocratismo), mas na capacidade de produção e no comércio. Defendia o mercado livre como o melhor meio de promover a riqueza.
- **Anti-Liberalismo (Socialistas e outros):** Os socialistas e outros críticos do liberalismo rejeitaram tanto o mercantilismo quanto o fisiocratismo, mas também se opuseram ao liberalismo por causa de suas desigualdades inerentes. Eles buscavam alternativas ao capitalismo liberal, focando em maior igualdade econômica e social.
- **Marginalismo (final do século XIX):** O marginalismo, com economistas como Jevons e Menger, não focava diretamente no mercantilismo ou no fisiocratismo, mas sua análise do valor baseado na utilidade marginal foi fundamental para o desenvolvimento do pensamento econômico moderno e o fortalecimento do liberalismo econômico.
Em resumo, o mercantilismo e o fisiocratismo representam duas visões históricas contrastantes da economia, cada uma influenciando o desenvolvimento subsequente do pensamento econômico de maneiras distintas.
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Resposta:
O mercantilismo e o fisiocratismo são duas correntes econômicas importantes com visões distintas sobre a fonte de riqueza, o papel do Estado e o impacto na economia. Vou explicar cada uma e como as escolas econômicas posteriores as sustentaram ou criticaram:
**Mercantilismo:**
- **Fonte de Riqueza**: Considerava que a riqueza de uma nação vinha do acúmulo de metais preciosos, como ouro e prata. Para isso, promovia a exportação de bens e a restrição de importações.
- **Papel do Estado**: Era ativo e centralizador. O Estado deveria controlar a economia para garantir mais exportações que importações, o que era conhecido como balança comercial favorável.
- **Impacto na Economia**: Levou à expansão colonial, guerras comerciais e regulamentações econômicas rigorosas.
**Fisiocratismo:**
- **Fonte de Riqueza**: Acreditava que a riqueza provinha da terra e da agricultura. Os fisiocratas viam as atividades agrícolas como a única fonte de criação de valor.
- **Papel do Estado**: Advocavam um papel mais limitado do Estado, defendendo o "laissez-faire", ou seja, a não interferência do governo na economia.
- **Impacto na Economia**: Influenciou o pensamento econômico rumo ao liberalismo, com ênfase na livre iniciativa e no mercado.
**Escolas Econômicas e suas Relações:**
- **Liberalismo (Adam Smith e outros):** Criticou tanto o mercantilismo quanto o fisiocratismo. O liberalismo econômico, iniciado por Adam Smith, argumentava que a verdadeira riqueza de uma nação não estava no acúmulo de metais preciosos (contra o mercantilismo) nem apenas na agricultura (contra o fisiocratismo), mas na capacidade de produção e no comércio. Defendia o mercado livre como o melhor meio de promover a riqueza.
- **Anti-Liberalismo (Socialistas e outros):** Os socialistas e outros críticos do liberalismo rejeitaram tanto o mercantilismo quanto o fisiocratismo, mas também se opuseram ao liberalismo por causa de suas desigualdades inerentes. Eles buscavam alternativas ao capitalismo liberal, focando em maior igualdade econômica e social.
- **Marginalismo (final do século XIX):** O marginalismo, com economistas como Jevons e Menger, não focava diretamente no mercantilismo ou no fisiocratismo, mas sua análise do valor baseado na utilidade marginal foi fundamental para o desenvolvimento do pensamento econômico moderno e o fortalecimento do liberalismo econômico.
Em resumo, o mercantilismo e o fisiocratismo representam duas visões históricas contrastantes da economia, cada uma influenciando o desenvolvimento subsequente do pensamento econômico de maneiras distintas.