Os gregos antigos atribuíam os terremotos à fúria dos deuses. Já os chineses acreditavam que o mundo repousava sobre o lombo de um boi — de vez em quando, o animal trocava seu ponto de apoio de uma pata para a outra, fazendo a terra balançar. Na tradição japonesa, quem sustentava o peso do planeta era um peixe gigantesco, mergulhado na lama das profundezas e vigiado de perto por um deus, Kashima, que o mantinha quieto. Quando Tóquio foi destruída por um terremoto, em 1855, não foi difícil entender a causa da tragédia. Kashima tinha saído de viagem, em peregrinação a um templo distante. O peixe aproveitou para cometer uma de suas travessuras. O primeiro a explicar os terremotos sem recorrer a deuses ou bichos mitológicos foi o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.). O subsolo estaria repleto de “vapores” que, ao emergir para a superfície, sacodem o chão. A teoria de Aristóteles é furada, mas valeu pelo esforço de objetividade.

Atualmente, sabe-se que o fenômeno citado é causado

a) pelo desgaste da erosão superficial.
b) pela atuação do intemperismo químico.
c) pela movimentação de placas tectônicas.
d) pelo acúmulo de depósitos sedimentares.
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