Os gregos antigos atribuíam os terremotos à fúria dos deuses. Já os chineses acreditavam que o mundo repousava sobre o lombo de um boi — de vez em quando, o animal trocava seu ponto de apoio de uma pata para a outra, fazendo a terra balançar. Na tradição japonesa, quem sustentava o peso do planeta era um peixe gigantesco, mergulhado na lama das profundezas e vigiado de perto por um deus, Kashima, que o mantinha quieto. Quando Tóquio foi destruída por um terremoto, em 1855, não foi difícil entender a causa da tragédia. Kashima tinha saído de viagem, em peregrinação a um templo distante. O peixe aproveitou para cometer uma de suas travessuras. O primeiro a explicar os terremotos sem recorrer a deuses ou bichos mitológicos foi o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.). O subsolo estaria repleto de “vapores” que, ao emergir para a superfície, sacodem o chão. A teoria de Aristóteles é furada, mas valeu pelo esforço de objetividade.

Atualmente, sabe-se que o fenômeno citado é causado

a) pelo desgaste da erosão superficial.
b) pela atuação do intemperismo químico.
c) pela movimentação de placas tectônicas.
d) pelo acúmulo de depósitos sedimentares.
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Delírios de honestidade Outro dia eu estava pensando em como seria o mundo se as pessoas fossem realmente honestas. Inclusive no mais prosaico cotidiano. Eu me imagino entrando em uma dessas churrascarias de luxo. Sento-me à mesa e peço um filé bem passado ao garçom. Ele me alerta: – Não aconselho. O filé hoje está uma sola de sapato. – Peço o quê? – Peça licença e vá para outro lugar. Olhe bem o cardápio. Pelo preço de um bife o senhor compra mais de 1 quilo no açougue. Quer jogar seu dinheiro fora? Vou para outro e escolho salmão. O garçom: – Se o senhor quiser, eu trago. Mas salmão, salmão, não é. É surubim, alimentado de forma a ficar com a carne rosada. Ainda quer? – Nesse caso fico com escargots. – Lesmas, quer dizer? Por que não vai catar no jardim? Ou então entro em uma butique de grife. Experimento um jeans, que está apertadinho na barriga. O vendedor aproxima-se: – Ficou bom? Ah, não ficou, não! Está apertado e não tenho um número maior. – Acho que dá... Ando pensando em fazer regime. – Pois compre depois de obter algum resultado. Se bem que não sei, não... Essa barriga parece coisa consolidada. – Eu quero o jeans. Quero e pronto! – Não vou deixar que cometa essa loucura. Aliás, falando francamente, o que o senhor viu nesse jeans, que nem cai bem nas suas adiposidades? Só pode ser a etiqueta. Meu amigo, ainda acredita em grife? Depois, corro à casa de chocolates e peço um dietético. A mocinha no balcão: – Confia nessa história de dietético? Ou só quer calar a sua consciência? – E se eu quiser confiar, estou proibido? – Pois saiba que engorda. Menos que o chocolate comum, mas engorda. E o senhor não me parece em condição de fazer concessões a doces. Não vou contribuir para o seu autoengano, jamais poria esse chocolate nas suas mãos. Vá à feira e peça um jiló. Resolvo trocar de carro. Passeio pela concessionária, escolho: – Este vermelho, que tal? – O motor funde mais dia, menos dia – alerta o vendedor. – Parece tão bonitinho... – Desculpe, mas você acha que a lataria anda sozinha? Já alertei o dono da loja, este carro está péssimo. Fique com aquele. – Mas é velho e horroroso! – Pode ser, mas anda. Está decidido, leve aquele. E não discuta! O embate com a honestidade absoluta também poderia ser em uma galeria de arte. – Gostei daquele – aponto o quadro à marchand. – Está precisando de pano de chão? – Não... é que... bem, posso não entender de arte, mas achei bonito. – Sinceramente, o senhor não entende mesmo. Isto aqui é um horror. Não vale a tinta que gastou. Está exposto porque o dono da galeria insistiu. Leve aquele, é valorização na certa. – Aquele? É muito sombrio... Eu queria alguma coisa alegre e... – Não insista. Sombrio ou não, vou embrulhar. Faça o cheque, é melhor pra você. E em uma loja de móveis? Mostro as cadeiras que me interessam. O decorador: – É amigo de algum ortopedista? – Está precisando de um? Posso indicar... – Você é quem vai precisar. Essas cadeiras vão desmontar na terceira vez em que alguém se sentar. Fratura na certa. – Caras assim e desmontam? Eu devia chamar o Procon. – Se quiser, eu chamo para o senhor! Pior seria alguma vaidosa querendo fazer plástica. O cirurgião examina: – Hum... hum... – Meu nariz vai ficar bom, doutor? – Se a senhora se contenta em trocar uma picareta por um parafuso, fica! Agora, se ambiciona uma melhora significativa, é melhor desistir. A paciente sai chorando. Eu, que vivo me irritando com vendedores, chego a uma conclusão: quero comprar o jeans que me oprime a barriga, o chocolate que não emagrece e o quadro colorido. Deliciar-me com as pequenas fantasias. Feitas as contas, delírios de honestidade podem transformar-se em pesadelos cruéis. Porque os pequenos enganos abrem as comportas dos pequenos sonhos e adoçam o dia a dia. 1) No texto, as situações são apresentadas por meio de diálogos entre o narrador e os interlocutores. Quais sentidos o emprego do diálogo confere ao texto? 2) Releia o texto, se necessário, e responda: você conseguiu pensar na atuação das personagens? Você imaginou os gestos, as expressões de rosto, o tom das falas, as roupas usadas pelo narrador e pelas demais pessoas envolvidas na trama?
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