Paciente A.S.S., feminino, 35 anos, branca, solteira, do lar, com o 1º grau incompleto, procedente domunicípio de Tarauacá-AC. Relata que em meados de abril de 2006, iniciou com episódios de hemorragia vaginal, sem estar relacionada a um fator desencadeante específico. Sua menarca ocorreu aos 13 anos, coitarca aos 17 anos. Ao longo de sua vida, teve apenas um parceiro sexual e duas gestações. Nega tabagismo e nunca havia sido submetida a qualquer tipo de exame ginecológico preventivo. A conduta do médico então foi solicitar o exame histopatológico (biópsia) do colo de útero da paciente apresentado na figura 1. Figura 1 Imagem representativa da visualização microscópica do corte histológico feito a partir da biópsia da cérvice uterina em um aumento de 100 vezes. Corado pela técnica de Hematoxilina e Eosina.
Com base no relato de caso supracitado responda as questões abaixo.
a) DESCREVA quais processos o profissional de histologia deverá fazer até a obtenção da lâmina com um corte histológico da biópsia. CITE cada etapa do processo e EXPLIQUE resumidamente o objetivo de cada uma.
b) A seta 1 na figura 1 mostra a região onde está presente o adenocarcinoma in situ. Referente a seta de número 2 e as células ali representadas, CITE qual tecido o histopatologista está observando e DESCREVA a classificação do tecido, se houver.
a) O profissional de histologia deve seguir as etapas abaixo para a obtenção da lâmina com o corte histológico da biópsia:
Fixação: A primeira etapa é a fixação do tecido. O tecido obtido da biópsia é imerso em um fixador, como formalina, para preservar a estrutura e prevenir a degradação das células.
Desidratação: Após a fixação, o tecido é submetido a uma série de banhos em solventes orgânicos graduados, geralmente uma série de álcoois, para remover a água e desidratar o tecido. Isso é feito para preparar o tecido para a infiltração em um meio sólido.
Clareamento: O tecido desidratado é então colocado em um solvente clarificante, como xilol ou limoneno, para remover os solventes orgânicos e tornar o tecido transparente. Essa etapa é importante para permitir que a luz passe através do tecido durante a observação microscópica.
Infiltração: Nesta etapa, o tecido é impregnado com um meio de inclusão, geralmente uma parafina líquida, que solidifica em temperatura ambiente. O objetivo é substituir o solvente clarificante pelo meio de inclusão para que o tecido possa ser cortado em seções finas.
Inclusão: O tecido infiltrado em meio de inclusão é colocado em moldes, onde o meio de inclusão é solidificado pela refrigeração. Isso permite a formação de um bloco sólido contendo o tecido, que será cortado em seções finas.
Corte: O bloco de inclusão é cortado em seções finas usando um micrótomo, uma ferramenta especializada que produz fatias de tecido com espessura uniforme. As seções são então transferidas para lâminas de vidro.
Coloração: As seções de tecido são coradas usando técnicas específicas, como a coloração com hematoxilina e eosina (H&E), que destaca diferentes componentes do tecido, permitindo sua visualização microscópica.
Montagem: As lâminas com as seções coradas são cobertas com uma lamínula e um meio de montagem, como uma resina sintética, para proteger o tecido e permitir sua observação ao microscópio.
b) A seta 2 na Figura 1 está apontando para células que representam o epitélio escamoso estratificado do colo do útero. O epitélio escamoso estratificado é um tecido que reveste o colo do útero, apresentando várias camadas de células planas. Essas células são classificadas como células escamosas estratificadas, também conhecidas como células pavimentosas.
carlapriscilaleva
O canal endocervical é recoberto pelo epitélio colunar (as vezes, denominado de epitélio glandular). E composto por uma única camada de células altas com núcleos de coloração escura, próxima à membrana basal
a) O profissional de histologia deve seguir as etapas abaixo para a obtenção da lâmina com o corte histológico da biópsia:
Coleta
Consiste na coleta de uma amostra de tecido para análise.
Essa amostra costuma ser removida durante uma biópsia.
Biópsia cirúrgica: através de uma incisão cirúrgica no órgão ou tecido.
Biópsia endoscópica: para órgãos ocos, como estômago e intestino.
Biópsia por agulha: é obtida pela punção do órgão (fígado, pulmão), sem precisar abrir a cavidade natural.
Cirurgia ampla: corresponde a peças grandes (tumores) ou órgãos (mama e útero).
Essa amostra removida durante uma biópsia é chamada de espécime. Os cassetes histológicos são usados para acomodar esses espécimes e também durante todas as etapas de preparação do tecidos.
FIXAÇÃO
A base para uma boa preparação histológica é a fixação completa e adequada do tecido a estudar.
A fixação deve começar sempre que possível na sala de cirurgia, ou onde quer que seja colhido o material.
O tempo de fixação vai depender do fixador que estiver sendo utilizado podendo variar de 4 a 72 horas. Este material deve ser imediatamente mergulhado no líquido fixador adequado . A escolha desse fixador é de suma importância pois dele vai depender os estudos que se quer fazer como também das técnicas a serem aplicadas.
DESIDRATAÇÃO.
Que é o processo de retirada de água do interior da célula. A água além de prejudicial, não se mistura à parafina. Para se conseguir a infiltração suficiente da parafina na inclusão, é necessário que o tecido esteja completamente desidratado. O álcool etílico é o agente mais usual empregado neste processo, sendo utilizado em uma série crescente (70%, 80%, 90% e 100%). O volume de álcool deverá ser de 10 a 20 vezes maior do volume da peça.
DIAFANIZAÇÃO OU CLARIFICAÇÃO.
Consiste na infiltração dos tecidos por um solvente da parafina, que seja ao mesmo tempo desalcolizante. A parafina não se mistura com água nem com álcool. Ambos devem ser completamente removidos para que a parafina possa penetrar eficientemente no tecido. O solvente mais usado é o xilol, e destina-se à completa retirada de água, álcool e também da gordura por ventura existente no material. A denominação clarificação, refere-se ao processo de desalcoolização e infiltração do solvente da parafina é devida ao índice de refração dos líquidos empregados para este fim. O tecido, ou melhor as peças assim tratadas tornam-se semi-translúcidas, ou quase transparentes.
IMPREGNAÇÃO
O processo de impregnação dos tecidos se faz por meio da parafina. A parafina é um dos vários produtos da destilação (refinação) do petróleo, sendo uma mistura de carbonetos saturados. A finalidade da impregnação é eliminar completamente o xilol contido no material e a total penetração da parafina nos vazios deixados pela água e a gordura, antes existentes no tecidos. Este processo serve também para preparar o material par cortes, removendo o clarificante, endurecendo-o e dando-lhe a consistência adequada para que possa ser cortado.
Também podemos citar como agentes de infiltração ou impregnação a celoidina, a goma arábica, parafina plástica, polietino glicol, parafina esterificada e carbovax.
INCLUSÃO.
A parafina é o meio de inclusão mais usado. Este método é o de menor custo e o que oferece algumas vantagens, entre outras, a possibilidade de conservar os blocos indefinidamente. A inclusão é feita em caixas apropriadas, em uma temperatura de 60°C.Usando-se parafina em temperatura muito alta prejudica-se o material. É importante, transferir o material diretamente do último banho de parafina para o molde de inclusão, o mais rápido possível para evitar que se forme vácuo em volta do material e que este venha se soltar durante o processo de corte.
MICROTOMIA.
A microtomia é imprescindível porque há necessidade de transparência do tecido. A observação microscópica depende de um bom corte, ou seja bem distendido, sem ranhuras , dentes,e dobras. Os cortes são feitos em micrótomo rotativo com navalhas descartáveis.
COLORAÇÃO
Devemos ter sempre em consideração, que bons resultados de uma coloração devem se a vários fatores, dentre eles temos que reconhecer a valia de um bom aliado, nosso eterno companheiro “O Corante”. Mas além disso devemos observar o seguinte. O mecanismo das colorações está relacionado a dois fatores igualmente importantes:
- Os corantes
- Elementos a corar.
Montagem: As lâminas com as seções coradas são cobertas com uma lamínula e um meio de montagem, como uma resina sintética, para proteger o tecido e permitir sua observação ao microscópio.
b) O histopatologista está observando o epitélio endocervical.O canal endocervical é recoberto pelo epitélio colunar (as vezes, denominado de epitélio glandular). E composto por uma única camada de células altas com núcleos de coloração escura, próxima à membrana basal não estratificado.
Lista de comentários
Resposta:
Explicação:
a) O profissional de histologia deve seguir as etapas abaixo para a obtenção da lâmina com o corte histológico da biópsia:
Fixação: A primeira etapa é a fixação do tecido. O tecido obtido da biópsia é imerso em um fixador, como formalina, para preservar a estrutura e prevenir a degradação das células.
Desidratação: Após a fixação, o tecido é submetido a uma série de banhos em solventes orgânicos graduados, geralmente uma série de álcoois, para remover a água e desidratar o tecido. Isso é feito para preparar o tecido para a infiltração em um meio sólido.
Clareamento: O tecido desidratado é então colocado em um solvente clarificante, como xilol ou limoneno, para remover os solventes orgânicos e tornar o tecido transparente. Essa etapa é importante para permitir que a luz passe através do tecido durante a observação microscópica.
Infiltração: Nesta etapa, o tecido é impregnado com um meio de inclusão, geralmente uma parafina líquida, que solidifica em temperatura ambiente. O objetivo é substituir o solvente clarificante pelo meio de inclusão para que o tecido possa ser cortado em seções finas.
Inclusão: O tecido infiltrado em meio de inclusão é colocado em moldes, onde o meio de inclusão é solidificado pela refrigeração. Isso permite a formação de um bloco sólido contendo o tecido, que será cortado em seções finas.
Corte: O bloco de inclusão é cortado em seções finas usando um micrótomo, uma ferramenta especializada que produz fatias de tecido com espessura uniforme. As seções são então transferidas para lâminas de vidro.
Coloração: As seções de tecido são coradas usando técnicas específicas, como a coloração com hematoxilina e eosina (H&E), que destaca diferentes componentes do tecido, permitindo sua visualização microscópica.
Montagem: As lâminas com as seções coradas são cobertas com uma lamínula e um meio de montagem, como uma resina sintética, para proteger o tecido e permitir sua observação ao microscópio.
b) A seta 2 na Figura 1 está apontando para células que representam o epitélio escamoso estratificado do colo do útero. O epitélio escamoso estratificado é um tecido que reveste o colo do útero, apresentando várias camadas de células planas. Essas células são classificadas como células escamosas estratificadas, também conhecidas como células pavimentosas.
a) O profissional de histologia deve seguir as etapas abaixo para a obtenção da lâmina com o corte histológico da biópsia:
Coleta
Consiste na coleta de uma amostra de tecido para análise.
Essa amostra costuma ser removida durante uma biópsia.
Biópsia cirúrgica: através de uma incisão cirúrgica no órgão ou tecido.
Biópsia endoscópica: para órgãos ocos, como estômago e intestino.
Biópsia por agulha: é obtida pela punção do órgão (fígado, pulmão), sem precisar abrir a cavidade natural.
Cirurgia ampla: corresponde a peças grandes (tumores) ou órgãos (mama e útero).
Essa amostra removida durante uma biópsia é chamada de espécime. Os cassetes histológicos são usados para acomodar esses espécimes e também durante todas as etapas de preparação do tecidos.
FIXAÇÃO
A base para uma boa preparação histológica é a fixação completa e adequada do tecido a estudar.
A fixação deve começar sempre que possível na sala de cirurgia, ou onde quer que seja colhido o material.
O tempo de fixação vai depender do fixador que estiver sendo utilizado podendo variar de 4 a 72 horas. Este material deve ser imediatamente mergulhado no líquido fixador adequado . A escolha desse fixador é de suma importância pois dele vai depender os estudos que se quer fazer como também das técnicas a serem aplicadas.
DESIDRATAÇÃO.
Que é o processo de retirada de água do interior da célula. A água além de prejudicial, não se mistura à parafina. Para se conseguir a infiltração suficiente da parafina na inclusão, é necessário que o tecido esteja completamente desidratado. O álcool etílico é o agente mais usual empregado neste processo, sendo utilizado em uma série crescente (70%, 80%, 90% e 100%). O volume de álcool deverá ser de 10 a 20 vezes maior do volume da peça.
DIAFANIZAÇÃO OU CLARIFICAÇÃO.
Consiste na infiltração dos tecidos por um solvente da parafina, que seja ao mesmo tempo desalcolizante. A parafina não se mistura com água nem com álcool. Ambos devem ser completamente removidos para que a parafina possa penetrar eficientemente no tecido. O solvente mais usado é o xilol, e destina-se à completa retirada de água, álcool e também da gordura por ventura existente no material. A denominação clarificação, refere-se ao processo de desalcoolização e infiltração do solvente da parafina é devida ao índice de refração dos líquidos empregados para este fim. O tecido, ou melhor as peças assim tratadas tornam-se semi-translúcidas, ou quase transparentes.
IMPREGNAÇÃO
O processo de impregnação dos tecidos se faz por meio da parafina. A parafina é um dos vários produtos da destilação (refinação) do petróleo, sendo uma mistura de carbonetos saturados. A finalidade da impregnação é eliminar completamente o xilol contido no material e a total penetração da parafina nos vazios deixados pela água e a gordura, antes existentes no tecidos. Este processo serve também para preparar o material par cortes, removendo o clarificante, endurecendo-o e dando-lhe a consistência adequada para que possa ser cortado.
Também podemos citar como agentes de infiltração ou impregnação a celoidina, a goma arábica, parafina plástica, polietino glicol, parafina esterificada e carbovax.
INCLUSÃO.
A parafina é o meio de inclusão mais usado. Este método é o de menor custo e o que oferece algumas vantagens, entre outras, a possibilidade de conservar os blocos indefinidamente. A inclusão é feita em caixas apropriadas, em uma temperatura de 60°C.Usando-se parafina em temperatura muito alta prejudica-se o material. É importante, transferir o material diretamente do último banho de parafina para o molde de inclusão, o mais rápido possível para evitar que se forme vácuo em volta do material e que este venha se soltar durante o processo de corte.
MICROTOMIA.
A microtomia é imprescindível porque há necessidade de transparência do tecido. A observação microscópica depende de um bom corte, ou seja bem distendido, sem ranhuras , dentes,e dobras. Os cortes são feitos em micrótomo rotativo com navalhas descartáveis.
COLORAÇÃO
Devemos ter sempre em consideração, que bons resultados de uma coloração devem se a vários fatores, dentre eles temos que reconhecer a valia de um bom aliado, nosso eterno companheiro “O Corante”. Mas além disso devemos observar o seguinte. O mecanismo das colorações está relacionado a dois fatores igualmente importantes:
- Os corantes
- Elementos a corar.
Montagem: As lâminas com as seções coradas são cobertas com uma lamínula e um meio de montagem, como uma resina sintética, para proteger o tecido e permitir sua observação ao microscópio.
b) O histopatologista está observando o epitélio endocervical.O canal endocervical é recoberto pelo epitélio colunar (as vezes, denominado de epitélio glandular). E composto por uma única camada de células altas com núcleos de coloração escura, próxima à membrana basal não estratificado.