Penso nos professores quando redijo este texto, pois ainda que existam maus professores, assim como existem maus médicos e maus advogados, ou maus filósofos, ou maus representantes de qualquer área, é um fato que se “tornam professores” aqueles que assumem as premissas essenciais de sua prática como sua própria essência pessoal. Ser professor é uma vocação como deve ser qualquer profissão em seu fundo. É professor aquele que interiorizou uma prática e se fez a partir dela. É professor aquele que se ocupa em ser materno e paterno, irmão e amigo de pessoas desamparadas nas escolas das periferias. É professor aquele que, com seu não-poder age para consertar ou sustentar a vida intelectual possível no território da população reduzida à animalidade. O professor é o guardião da cultura, inclusive no seu sentido mais elementar de porta de entrada para a linguagem por meio da escrita. É o professor que ainda põe cada ser humano para além da animalidade à qual ele pode ser reduzido enquanto não participa ativamente da linguagem e seus jogos. Que jogos são esses? Os que envolvem as regras do saber, do poder, do agir, do conhecer, os jogos que só podem ser jogados por aqueles que foram autorizados a conhecer as regras. Nossa questão deve ser: como descobrir as regras e fazer com que o jogo perca o sentido antes que sejamos engolidos pelos que balançam as cordas dos títeres. com base no texto:
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