IngrydRavanelli1
“Café Müller”, criado em 1978 , é uma metáfora sobre a solidão, a falta de contato profundo, o questionamento sobre as relações, encontros e desencontros humanos, demonstrado por seis bailarinos, entre eles, a própria Bausch. Um lamento de amor, estruturalmente uma composição simples, mas que toca a alma e impressiona com a pureza e a sinceridadeCriado no final dos anos 80, "Bandoneon" é uma peça em que numa cena de baile com cadeiras, mesas e enormes fotografias preto e branco, Pina Bausch demonstra a vontade, a expectativa, e a carência afetiva ao som do Tango. Seu interesse maior é nesta dança, no envolvimento e na magia e não em passos virtuosos do ballet. Tanto que faz uma crítica a este universo quando leva em cena um bailarino vestindo um tutu e fazendo passos clássicos de forma irônica.
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guislaoficial
Café Müller é a obra mais íntima de Pina Bausch. De certa forma espelha as experiências que a coreógrafa vivenciou durante a sua infância no restaurante do seu pai. Carregado de uma carga emocional profunda e apresentada de forma minimalista, esta obra vive suspensa num movimento entre as diferentes personagens que deambulam num café deserto. Recordações, solidão, a ausência de profundidade no contacto, as relações, os encontros, os desencontros. Este é o retrato que Pina Bausch apresenta de uma Alemanha pós-guerra. As paredes cinzentas, escuras, cadeiras e mesas dispersas enquanto seis corpos gastos vagabundeiam um a um e contagiam no espaço o desamparo, a angustia, a raiva, derrubando e destruindo a ordem. Um movimento claustrofóbico e circular entre a violência e a apatia.
É uma obra melancólica, sem esperança. Um lamento profundo. Arrebatadoramente triste. Mas de uma beleza única.
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Carregado de uma carga emocional profunda e apresentada de forma minimalista, esta obra vive suspensa num movimento entre as diferentes personagens que deambulam num café deserto. Recordações, solidão, a ausência de profundidade no contacto, as relações, os encontros, os desencontros. Este é o retrato que Pina Bausch apresenta de uma Alemanha pós-guerra. As paredes cinzentas, escuras, cadeiras e mesas dispersas enquanto seis corpos gastos vagabundeiam um a um e contagiam no espaço o desamparo, a angustia, a raiva, derrubando e destruindo a ordem. Um movimento claustrofóbico e circular entre a violência e a apatia.
É uma obra melancólica, sem esperança. Um lamento profundo. Arrebatadoramente triste.
Mas de uma beleza única.