No período em que os europeus chegaram ao Brasil, o ritual antropofágico era praticado entre os Tupinambás. Nesse sentido, leia o texto a seguir. A tradição preservada por chefes, xamãs ou pajés, que muitas vezes acumulavam também autoridade política, falava mais alto. Tão alto que, mesmo diante da morte sacrificial, preferiam cumprir os ritos. Quando o jesuíta Azpicuelta Navarro se ofereceu para comprar um prisioneiro tupinambá na hora do sacrifício deste, a vítima impediu a transação: “Ele disse que não o vendessem, porque lhe cumpria à sua honra passar por tal morte como valente capitão.” PRIORE, Mary del. Histórias de gente brasileira: volume 1 colônia. São Paulo: LeYa, 2016. p. 57. Com base no texto e em seus conhecimentos a respeito dos rituais antropofágicos, assinale as afirmativas corretas. Para os Tupinambás, a morte sacrificial era um momento de honra para quem era sacrificado. A postura do prisioneiro tupinambá evidencia as diferenças culturais entre esses indivíduos e os colonizadores europeus. Os Tupinambás aceitavam a morte sacrificial, pois garantiria a vida após a morte àqueles que passavam por ela. Os Tupinambás entendiam a morte sacrificial como parte dos rituais de guerra, no texto representado pela postura do prisioneiro em ter uma morte como “valente capitão”. A postura do jesuíta demonstra que os religiosos que atuavam diretamente com os indígenas aceitavam seus costumes e suas tradições.
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A respeito das características relativas ao modo de vida dos grupos indígenas brasileiros nos anos anteriores à chegada dos portugueses, leia os textos a seguir. Texto 1 A maioria dos índios brasileiros viviam em aldeias de curta duração. A principal razão disso era a ausência, nas terras baixas da América do Sul, de animais nativos que pudessem ser domesticados – ao contrário das lhamas e das cobaias que forneciam proteínas às grandes civilizações andinas. Não havia, assim, criadores de gado na Amazônia. HEMMING, John. Os índios do Brasil em 1500. In: BETHELL, Leslie. (Org.). História da América Latina: América Latina Colonial. v. 1. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012. p. 104. Texto 2 Os índios brasileiros não deixaram monumentos porque seus únicos materiais de construção eram a madeira, o cipó e o capim, que são encontrados em grande abundância mas se deterioram com muita rapidez devido ao clima tropical e ao ataque de cupins e de uma miríade de outros insetos que infestam o Brasil. HEMMING, John. Os índios do Brasil em 1500. In: BETHELL, Leslie. (Org.). História da América Latina: América Latina Colonial. v. 1. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2012. p. 104. De acordo com a leitura dos textos e seus conhecimentos, marque V para as afirmativas e F para as falsas. (A) De acordo com o texto 1, os indígenas viviam em comunidades nômades, não domesticavam animais, dependiam da agricultura de subsistência e da produtividade do solo para obter parte dos alimentos. Verdadeiro Falso (B) Conforme o texto 2, os indígenas brasileiros não deixaram grandes construções. Verdadeiro Falso (C) O texto 2 esclarece que os únicos documentos a respeito do modo de vida indígena são os escritos dos colonizadores. Verdadeiro Falso (D) O texto 1 enfatiza a semelhança dos povos indígenas brasileiros frente a outros nativos do continente americano, como os povos andinos. Verdadeiro Falso (E) De acordo com os textos, os indígenas brasileiros se adaptaram às condições do ambiente em que viviam. Verdadeiro Falso
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