(UEL, 2001, adaptada) A questão refere-se ao texto abaixo, que apareceu como legenda de uma foto no Jornal de Londrina. Rua de Londrina, provavelmente final dos 30 ou começo dos 40, decerto a atual Avenida Paraná. Um lamaçal com enxurrada e, claro, lá no fundo dois moleques andando na enxurrada. Um homem limpa o barro dos pés num chora-paulista. Outro homem de roupa clara (usar roupa clara parecia até um protesto elegante contra o barro e a poeira) está na porta olhando para fora, talvez tomando coragem de enfrentar o terror daqueles tempos, a rua embarreada cheia de armadilhas. Podia-se atolar os sapatos ou perder as galochas sugadas pelo barro. Podia-se levar tombo, que a terra-vermelha é escorregadia, e sujar a roupa lavada em tanque e secada em varal quando a poeira deixava. Em todos os relatos de pioneiros, é impressionante como falam enfaticamente do barro e da poeira como flagelos diários. A mesma terra que dava a riqueza, dava o castigo. A História de Londrina pode ser poeticamente dividida em tempo da clareira (o povoado), tempo do barro, tempo do paralelepípedo e tempo do asfalto, correspondendo aos ranchos de palmito, casas de madeira, de alvenaria e finalmente concreto ou pré-moldados. Quatro estrelas na bandeira, quatro tempos na História. (Domingos Pellegrini Junior. Jornal de Londrina, 13/5/2001, p. 3C.) A que se refere o autor com a expressão "terror daqueles tempos"? Qual é a resposta: Ao lamaçal em que se transformava a cidade quando chovia. À situação política, pois a Segunda Guerra Mundial era iminente. À violência que começava a aparecer na cidade. Às obras que modernizariam a cidade logo em seguida. À obrigação de as pessoas se vestirem com roupa clara num lugar de terra vermelha.
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(SANEPAR, 2004) A morte de Ayrton Senna num domingo triste de 10 anos atrás provocou uma das maiores catarses da história do Brasil. O piloto sem limites, que era a alma vencedora de um país combalido, morreu de repente, na frente das pessoas que como sempre o acompanhavam: ao vivo para o mundo todo. Vasculhe a memória, não há caso parecido. Nem mesmo o assassinato de John Kennedy, que foi filmado, estava sendo presenciado por milhões de admiradores, pois ocorreu num corriqueiro deslocamento da comitiva numa cidade texana. Os fiscais do circuito de Ímola ainda retiravam o piloto do cockpit e o mito já estava nascendo. É difícil mensurar o que o incidente daquele domingo, Dia do Trabalho, mudou na história de um povo, por quanto tempo esses efeitos se prolongarão e a que destino conduzirão. Mas ninguém duvida que uma nova identidade nacional começou a nascer naquele veículo destroçado. O poder dos mitos e sua influência nos destinos da civilização é frequentemente negligenciado. Mas ainda que racionalistas cartesianos o menosprezem, a História está cheia de exemplos de cidadãos aparentemente comuns que, por uma ou muitas razões, levam seus povos a novos e inesperados caminhos. A reportagem de capa desta edição esmiúça esse fenômeno e apresenta predestinados que deixaram a condição humana, tornaram-se mitos e, assim como Ayrton Senna, catalisaram as expectativas subconscientes de nações ou gerações. (...) HEIN, Ronny. Editorial da revista Os Caminhos da Terra, abr. 2004. A intenção principal do texto é: RESPOSTA: apresentar ao leitor uma reportagem de uma edição da revista que trata do surgimento e importância dos mitos, dentre eles Ayrton Senna
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