Ciro Marcondes Filho, em seu livro Até que ponto nos comunicamos?, afirma: “A psiquiatria estuda o corpo como linguagem. Sigmundo Freud acredita que na sessão analítica, quando o paciente se coloca diante do médico para expor o seu problema, desenrola-se um discurso paralelo àquele que o paciente utiliza verbalmente. Enquanto eu conto minha história de vida ao médico, tentando lhe informar sobre meus traumas, meus medos e angústias, minhas preocupações de toda ordem, meu corpo conta outra história. A posição de meu tronco, como eu me sento na cadeira, para onde apontam meus pés, os movimentos que faço com os braços e com as mãos, se eu mexo em coisas, se meus dedos tamborilam, se meus olhos encaram, desviam, piscam demais, tudo isso forma uma linguagem sem códigos precisos, uma linguagem espontânea do corpo que indica ao médico muito mais do que minha fala expressa.” (p.75) A partir do texto acima podemos inferir que: I. A comunicação humana não se realiza, apenas, no expresso, seja na fala intencional ou em nossos atos, mas fornecemos, em todo momento, sinais de nós que são decodificados pelas pessoas que são por eles sensibilizados. II. A comunicação é um processo fixo, estável e consistente no qual se transfere a informação entre emissor e receptor da mensagem sem deixar lugar à dubiedade. III. A comunicação é, acima de tudo, uma relação e, por essa razão ela não se reduz à linguagem, menos ainda à linguagem estruturada e codificada em uma língua. Escolha a alternativa correta: Escolha uma: a. as inferências I, II e III são corretas. b. as inferências II e III são corretas. c. as inferências I, e II são corretas. d. as inferências I e III são corretas.
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