Galera, segunda vez que eu posto essa mesma questão :// Alguém pode me ajudar? É urgenteSegue o texto e as questões de interpretaçãoTEXTO Queria evitar, mas me vejo obrigado a falar na literatura da Bruzundanga. É um capítulo dos mais delicados, para tratar do qual não me sinto completamente habilitado. Dissertar sobre uma literatura estrangeira supõe, entre muitas, o conhecimento de duas cousas primordiais: ideias gerais sobre literatura e compreensão fácil do idioma desse povo estrangeiro. Eu cheguei a entender perfeitamente a língua da Bruzundanga, isto é, a língua falada pela gente instruída e a escrita por muitos escritores que julguei excelentes; mas aquela em que escreviam os literatos importantes, solenes, respeitados, nunca consegui entender, porque redigem eles as suas obras, ou antes, os seus livros, em outra muito diferente da usual, outra essa que consideram como sendo a verdadeira, a lídima, justificando isso por ter feição antiga de dous séculos ou três. Quanto mais incompreensível é ela, mais admirado é o escritor que a escreve, por todos que não lhe entenderam o escrito. Lembrei-me, porém, de que as minhas notícias daquela distante república não seriam completas, se não desse algumas informações sobre as suas letras e resolvi vencer a hesitação imediatamente, como agora venço. A Bruzundanga não podia deixar de tê-las, pois todo o povo, tribo, clã, todo o agregado humano, enfim, tem a sua literatura, e o estudo dessas literaturas muito tem contribuído para nós nos conhecermos a nós mesmos, melhor nos compreendermos e mais perfeitamente nos ligarmos em sociedade, em humanidade, afinal. Continuemos, porém, na Bruzundanga. Nela, há a literatura oral e popular de cânticos, hinos, modinhas, fábulas, etc.; mas todo esse folk-lore não tem sido coligido e escrito, de modo que, dele, pouco lhes posso comunicar. Porém, um canto popular que me foi narrado com todo o sabor da ingenuidade e dos modismos peculiares ao povo, posso reproduzir aqui, embora a reprodução não guarde mais aquele encanto de frase simples e imagens familiares das anônimas narrações das coletividades humanas. (Lima Barreto. Os Bruzundangas.) Questão 1: Assinale a alternativa em que a nova colocação do pronome destacado na frase é aceita pela norma culta: (A) É um capítulo dos mais delicados, para tratar do qual não sinto-me completamente habilitado. (B) Quanto mais incompreensível é ela, mais admirado é o escritor que escreve-a. (C) Mas todo esse folk-lore não tem sido coligido e escrito, de modo que, dele, pouco posso comunicar-lhes. (D) Porém, um canto popular que foi narrado-me. (E) Me lembrei, porém, de que as minhas notícias daquela distante república não seriam completas.Questão 2 : Observe as passagens: I. A Bruzundanga não podia deixar de tê-las... (2o parágrafo) II. .... pouco lhes posso comunicar. (3o parágrafo) No contexto em que se encontram, os termos destacados se referem a: (A) I. uma informação não mencionada anteriormente: o narrador nada mencionou sobre a literatura de Bruzundanga; II. os literatos criticados pelo narrador. (B) I. uma informação mencionada anteriormente: a literatura de Bruzundanga; II. o leitor, com o qual o narrador simula dialogar. (C) I. uma ideia fora do contexto: os escritores de Bruzundanga são incompreensíveis; II. todo o folclore de Bruzundanga. (D) I. termos que serão mencionados na sequência: todo o povo, tribo, clã, todo o agregado humano; II. a população do país, que desconhece seu folclore. (E) I. uma informação implícita no contexto: a falta de notícias em Bruzundanga; II. a literatura oral e popular do país.
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