(FUVEST) É assim extremamente simples a estrutura social da colônia no primeiro século e meio de colonização. Reduz-se em suma a duas classes: de um lado os proprietários rurais, a classe abastada dos senhores de engenho e fazenda; doutro, a massa da população espúria dos trabalhadores do campo, escravos e semi-livres. Da simplicidade da infraestrutura econômica – a terra, única força produtiva, absorvida pela grande exploração agrícola – deriva a da estrutura social: a reduzida classe de proprietários e a grande massa, explorada e oprimida. Há naturalmente no seio desta massa gradações, que assinalamos. Mas, elas não são contudo bastante profundas para se caracterizarem em situações radicalmente distintas. Caio Prado Jr., Evolução política do Brasil. 20ª ed. São Paulo: Brasiliense, p.28-29, 1993 [1942]. Neste trecho, o autor observa que, na sociedade colonial, Alternativas: a) só havia duas classes conhecidas, e que nada é sabido sobre indivíduos que porventura fizessem parte de outras. b) havia muitas classes diferentes, mas só duas estavam diretamente ligadas a critérios econômicos. c) todos os membros das classes existentes queriam se transformar em proprietários rurais, exceto os pequenos trabalhadores livres, semi-livres ou escravos. d) diversas classes radicalmente distintas umas das outras compunham um cenário complexo, marcado por conflitos sociais. e) a população se organizava em duas classes, cujas gradações internas não alteravam a simplicidade da estrutura social.
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(FUVEST 2012) Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura ... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário. Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado. Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa, Alternativas: a)os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis. b) os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalha dores. c)o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”. d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas. e) o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização.
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Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado). A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealizacão de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvi mento no comércio exterior. TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado). Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização: Alternativas: a) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista a prerrogativa de indicar os candidatos à presidência, sem necessidade de alianças. b)As divisões políticas internas de cada estado da fede - ração invalidavam o uso do conceito de aliança entre estados para este período. c) As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas. d)A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura entre as oligarquias. e)A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno unificavam os interesses das oligarquias.
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Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, asoligarquias paulista e mineira dominaram a cena políticanacional na Primeira República? A união de ambas foi um traçofundamental, mas que não conta toda a história do período. Aunião foi feita com a preponderância de uma ou de outra dasduas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e umgrande desacerto final. FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entreSão Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidênciaentre os dois estados, não passa de uma idealizacão de umprocesso muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundasdivergências políticas colocavam-nos em confronto por causade diferentes graus de envolvi mento no comércio exterior.TOPIK, S. A presença do estado na economia política doBrasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989(adaptado).Para a caracterização do processo político durante aPrimeira República, utiliza-se com frequência a expressãoPolítica do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:Alternativas: a) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista aprerrogativa de indicar os candidatos à presidência,sem necessidade de alianças.b) As divisões políticas internas de cada estado da fede -ração invalidavam o uso do conceito de aliança entreestados para este período.c) As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas.d) A centralização do poder no executivo federal impediaa formação de uma aliança duradoura entre as oligarquias. e)A diversificação da produção e a preocupação com omercado interno unificavam os interesses dasoligarquias.
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Leia a canção “Vozes da Seca”, uma composição de Zé Dantas e Luiz Gonzaga -o Gonzagão- para responder a seguir as questões com base no solicitado: “Seu doutô os nordestino têm muita gratidão Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão Mas doutô uma esmola a um homem qui é são Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão É por isso que pidimo proteção a vosmicê Home pur nóis escuído para as rédias do pudê Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação! Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãos” Fonte: http://letras.terra.com.br/ luiz-gonzaga/47103/ 01. Ao refletir sobre o texto é possível afirmar que: Alternativas: a)é um ‘hino de agradecimento’ pela instituição de mecanismo de combate a seca (neste caso a Superintendência para o desenvolvimento do Nordeste –SEDENE) pelo governo federal; b)há uma crítica ao modelo paternalista de utilização das limitações geográficas impostas pelo clima à boa parte do país por parte dos mandatários públicos -eleitos ou não; c)a linguagem coloquial, com graves erros conceituais e estruturais da língua culta vedam qualquer possibilidade de análise da canção apresentada; d)há forte apego aos conceitos messiânicos típicos do Nordeste brasileiro, impedindo uma análise histórico-sociológica por pessoas residentes em outras regiões do Brasil; e)graças aos esforços dos governos nas duas ultimas décadas a seca deixou de ser um problema para a maioria das populações residentes nas áreas do chamado polígono da seca.
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Leia a canção “Vozes da Seca”, uma composição de Zé Dantas e Luiz Gonzaga -o Gonzagão- para responder a seguir as questões com base no solicitado: “Seu doutô os nordestino têm muita gratidão Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão Mas doutô uma esmola a um homem qui é são Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão É por isso que pidimo proteção a vosmicê Home pur nóis escuído para as rédias do pudê Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação! Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão Como vê nosso distino mercê tem nas vossa mãos” Fonte: http://letras.terra.com.br/ luiz-gonzaga/47103/ 01. Ao refletir sobre o texto é possível afirmar que: Alternativas: a)é um ‘hino de agradecimento’ pela instituição de mecanismo de combate a seca (neste caso a Superintendência para o desenvolvimento do Nordeste –SEDENE) pelo governo federal; b)há uma crítica ao modelo paternalista de utilização das limitações geográficas impostas pelo clima à boa parte do país por parte dos mandatários públicos -eleitos ou não; c)a linguagem coloquial, com graves erros conceituais e estruturais da língua culta vedam qualquer possibilidade de análise da canção apresentada; d)há forte apego aos conceitos messiânicos típicos do Nordeste brasileiro, impedindo uma análise histórico-sociológica por pessoas residentes em outras regiões do Brasil; e)graças aos esforços dos governos nas duas ultimas décadas a seca deixou de ser um problema para a maioria das populações residentes nas áreas do chamado polígono da seca.
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