Você é gerente de um setor em uma indústria. A direção determinou um corte de 10 % no número de funcionários, o que implicará no desligamento de duas pessoas na sua equipe. Após analisar seus quadros e atendendo a orientação da direção (que determinou sigilo), você indicou cinco funcionários que poderiam integrar o corte. A rádio corredor já trata das possíveis demissões. Um membro da sua equipe vem lhe perguntar sobre as chances que ele tem de ser incluído entre os demitidos. Ele é uma das pessoas que você indicou para a direção. O que você faz? Qual é a melhor decisão do ponto de vista ético? RESPOSTA PADRÃO: A comunicação aberta é um dos princípios da liderança ética. Ela determina que deve haver transparência acerca das operações nas quais os colaboradores estejam engajados. Seguindo esse princípio ao pé da letra, seria necessário falar a verdade para o membro da equipe, mas foi solicitado sigilo pela direção da empresa, e isso também precisa ser considerado. Neste caso, a saída é não mentir, ou seja, não é necessário dizer para o colaborador que ele não será demitido, uma vez que você sabe que ele pode estar entre os futuramente desligados. Portanto, a melhor abordagem é falar sobre o desempenho desse funcionário, apontar seus pontos fortes e fracos, indicar a ele o que a empresa espera de seus colaboradores. Também é preciso esclarecer o que é valorizado em uma equipe, até porque, para que esse colaborador tenha sido indicado para a lista de potenciais demitidos, provavelmente o seu desempenho não satisfaz completamente o almejado pela sua chefia. Essa atitude tem como objetivo deixar transparecer essas carências ao abordar os seus pontos fortes e fracos. Como não se sabe quem será demitido, apontar as potencialidades que o colaborador pode desenvolver na empresa é bastante positivo para ambos os lados. Boatos sobre demissões sempre deixam o ambiente de trabalho tenso e os funcionários apreensivos, portanto, deve-se compreender o momento pelo qual o colaborador está passando.