. Leia a seguir o texto de um economista estadunidense, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2001, que chefiou o Banco Mundial na década de 1990, do qual se desligou e se tornou um crítico. FMI: a Etiópia como prova A diferença não é meramente simbólica: não se pode aprender a conhecer e a gostar de um país sem o conhecer. Não se deve ver o desemprego como uma simples estatística, como uma ‘enumeração de cadáveres’vítimas não intencionais da guerra contra a inflação ou pelo pagamento aos bancos ocidentais. Os desempregados são pessoas de carne e osso, têm famílias, e todas essas vidas são dolorosamente afetadas, às vezes destruídas, pelas medidas econômicas que os especialistas estrangeiros recomendam, ou impõem — no caso do FMI. A guerra tecnológica moderna é concebida para suprimir todo contato físico: as bombas são lançadas de uma altitude de 15 mil metros para que o piloto não ‘ressinta’ o que faz. Com a moderna gestão da economia, é a mesma coisa. Do alto de um hotel de luxo, impõem-se, sem piedade, políticas sobre as quais se pensaria duas vezes caso se conhecessem os seres humanos cujas vidas vão ser arrasadas. Quem vem das capitais vê com seus próprios olhos o que dizem as estatísticas nas aldeias da África, do Nepal, de Mindanao, da Etiópia: o abismo entre os pobres e os ricos aprofundou-se; o número de pessoas vivendo em pobreza absoluta — menos de um dólar por dia — aumentou. [...] a) O que o economista pensa sobre o FMI, segundo o texto? b) Nesse texto, escrito no início do século XXI, o autor afirma que o abismo entre pobres e ricos aprofundou- se. Pesquise em sites, jornais e revistas e responda: Essa afirmação permanece válida? Comente. ​
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