Tema do texto : Sustentabilidade e a produção de alimentos A preocupação da Sociologia com a temática ambiental coincidiu com o fortaleci- mento dos movimentos de protesto contra a degradação dos recursos naturais e com a constatação científica de que o desenvolvimento econômico capitalista está associado à utilização de tecnologias ambientalmente predatórias. A partir de 1980, a Sociologia passou a tratar especificamente dos temas ambientais, antes abordados de forma apenas superficial pelos estudos sobre os processos de mo- dernização e extinção progressiva das técnicas de produção tradicionais. As consequên- cias sociais da degradação ambiental tornaram-se cada vez mais contrárias aos ideais modernos, que enxergavam no avanço tecnológico os meios de emancipação do ser humano. O consumo acelerado de recursos para manter o processo de industrialização criou problemas para diferentes sociedades. Eliminação de lixo industrial, estabelecimento de indústrias pesadas, produção de energia, instalação de infraestrutura para produção e outras necessidades de consumo das sociedades modernas foram reconhecidos como processos que beneficiam determinados grupos em detrimento de outros. Muitas vezes, a conscientização em relação aos problemas ambientais, em lugar de promover um movimento de reestruturação do modelo econômico, suscitou a radica- lização de diferenças. Por exemplo, as indústrias pesadas, a exploração predatória dos recursos naturais e outras atividades nocivas ao ambiente foram transferidas para países em desenvolvimento. Dessa forma, várias empresas transacionais implantaram fábricas em locais em que a legislação ambiental é menos rígida e a mão de obra é mais barata, e aumentaram seus lucros por meio da exploração da fragilidade de outros países, o que ampliou a desigualdade. A mesma lógica pode ser identificada em países em que tanto as relações entre as classes quanto entre os grupos tradicionais de determinados territórios estejam marcadas por assimetrias, para as quais não é possível encontrar equilíbrio nem conciliação sem uma linha de ação ativa de movimentos sociais, políticas públicas e propostas alternativas de organização econômica. No final dos anos 1960, movimentos de contestação à exploração abusiva dos recursos naturais para o desenvolvimento industrial se fortaleceram. A mobilização da sociedade civil teve apoio de instituições de organização política - como a ONU -, que passaram a tratar do tema em diversas conferências ambientais. É significativa a participação da ONU no debate sobre as possibilidades e os meios de desenvolvimento das sociedades, já que o tema era considerado, até a Segunda Guerra Mundial, uma prerrogativa de cada Estado nacional. A compreensão de que o modelo de desenvolvimento de um país afeta a comunidade internacional mediante os efeitos planetários do uso dos recursos naturais e da emissão de gases poluentes (assim como seus efeitos nos processos migratórios e no comércio internacional) levou a Sociologia a explorar o significado do desenvolvimento e a responsabilidade de cada país quanto aos meios de sobrevivência das gerações futuras. Mais do que um problema ligado à insuficiência de recursos naturais, a fome, na maior parte das vezes, tem sua origem em questões políticas, sociais e econômicas. Grandes latifúndios, como este, na cidade de Bandeirantes (PR,2015), priorizam questões econômicas em detrimento dos direitos humanos. Questões sobre esse texto : 1 ) A partir de 1990, como as questóes antrentais, passam a ser abordadas? 2 ) O que acarreta consumo acelerado ? 3 ) Explique conscientização ambiental "'? Porque ela gera desigualdade ? 4 ) Qual papel da ONU nas questões ambientais ? Por favor me ajuda .
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