O fato de uma droga vegetal poder apresentar vários princípios ativos com o mesmo efeito pode possibilitar interações sinérgicas e, desse modo, ser superior em eficácia com relação aos componentes isolados. Adotando a máxima filosófica de que o todo representa mais que a soma das partes, já foi salientado em analogia com as plantas medicinais que caracterizar cada uma das partes isoladas não basta para seu conhecimento completo: “Uma planta inteira tem efeitos diversos de seus componentes”. Em alusão a isso, tem-se a alcachofra, que, embora apresente substâncias que se mostram inativas, quando analisadas isoladamente, quanto mais presentes em misturas com o princípio ativo, aumentam sua atividade em doses equipotentes. Alguns extratos totais de plantas contêm saponinas, polifenóis e outros considerados inativos “per se”, que podem influenciar decisivamente na absorção do verdadeiro princípio ativo, propiciando aumento de sua biodisponibilidade. Estes compostos, aparentemente sem efeitos, foram denominados, no passado, de “substâncias de lastro”. Em 1953, pesquisadores propôs o termo farmacocinética para descrever o movimento da droga através do organismo. Até essa época, mesmo depois empregava-se a palavra farmacodinâmica para indicar não só o movimento da droga no organismo, mas também seu mecanismo de ação e seus efeitos terapêuticos e tóxicos, processos de suma importância para todo atuação dos fitocomplexos.
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