Leia os poemas a seguir para responder à questão. Texto I Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabiá, As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar – sozinho, à noite – Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. DIAS, Gonçalves. Em: Cinco estrelas. Coleção Literatura em Minha Casa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. Texto II Nova Canção do Exílio Um sabiá na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata, e o maior amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe. Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz. (Um sabiá, na palmeira, longe.) Ainda um grito de vida e voltar para onde é tudo belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe. ANDRADE, Carlos Drummond de. Em: Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 145. O segundo poema lido, de Carlos Drummond de Andrade, foi escrito mais de cem anos após a publicação do primeiro poema, de Gonçalves Dias. Há uma relação de intertextualidade entre os textos pois A o texto I não está dialogando com o texto II. B várias partes do texto II plagiaram pedaços do texto I. C o poeta do texto II melhorou diversos trechos do texto I. D o poeta do texto II faz referência a vários elementos do texto I.​
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