A segunda tópica freudiana é formada pelo id, ego e superego. Ela foi desenvolvida para descrever a constituição do ego e a formação da personalidade por meio dos processos de identificação. Antes da formulação da segunda tópica, o ego já era uma noção conhecida de Freud, mas era vista como uma instância independente e unitária. Considerando esses aspectos da teoria de Freud, é correto dizer que: Você acertou! C. o ego é o lugar de contenção do excesso da energia vinda do psiquismo e das exigências que as leis e condutas sociais impõem às relações entre os indivíduos. A segunda tópica freudiana representa uma mudança na forma como Freud elabora seus questionamentos em torno da constituição do psiquismo. Com a segunda tópica, Freud se mostra interessado pela maneira como a cultura é internalizada pelo psiquismo e os efeitos disso na constituição do ego. Nesse momento, o ego deixa de ser vista como uma instância unitária, passando a ser considerada uma instância que se constitui a partir de uma relação com o id e o superego. Id, ego e superego são instâncias interdependentes, mas isso não quer dizer que essa relação de dependência faça com que uma se sobressaia sobre a outra. O id e o superego podem ser considerados parte do ego, mas, para os propósitos da constituição de nossa personalidade e para que possamos nos relacionar com as outras pessoas, o ego é a mais importante dessas instâncias. Ele precisa contornar as exigências que chegam das profundezas do psiquismo por meio do id para que a satisfação se realize a qualquer custo e também as exigências do mundo externo trazidas pelo superego para que a lei seja cumprida rigorosamente pelo ele. Por isso, todas as instâncias exercem um papel importante na relação dos indivíduos com a realidade. Id e superego, mesmo que representem processos considerados adversos, sendo o id representante de exigências internas e o superego das exigências da sociedade, são indispensáveis como instâncias suplementares ao ego à medida que, ao conter as exigências vindas do id e superego, torna-se responsável pela organização delas, o que permite a relação do indivíduo com o mundo externo.