1) Guimarães Rosa é um dos cânones mais conhecidos pelos admiradores da arte literária. Em sua escrita poética, a criatividade pode ser notada a partir de um jogo de palavras bem peculiar do seu estilo, vez ou outra criando neologismos para ilustrar as idas e vindas das sensações do homem. A partir desse pressuposto, leia o seu “Soneto da Saudade”. “Quando sentires a saudade retroar Fecha os teus olhos e verás o meu sorriso. E ternamente te direi a sussurrar: O nosso amor a cada instante está mais vivo! Quem sabe ainda vibrará em teus ouvidos Uma voz macia a recitar muitos poemas... E a te expressar que este amor em nós ungindo Suportará toda distância sem problemas... Quiçá, teus lábios sentirão um beijo leve Como uma pluma a flutuar por sobre a neve, Como uma gota de orvalho indo ao chão. Lembrar-te-ás toda ternura que expressamos, Sempre que juntos, a emoção que partilhamos... Nem a distância apaga a chama da paixão” Assinale a alternativa que apresenta corretamente a interpretação dos escritos de Guimarães Rosa. Alternativas: a) O eu lírico apresenta-se como alguém despido totalmente de saudade, pois a considera como um sentimento que pode revelar suas fragilidades diante da mulher amada. b) O eu lírico apresenta-se como alguém em largo sofrimento por estar longe da sua amada, porém a voz macia que emana dos ventos minimiza sua dor. c) O eu lírico sente falta dos lábios da sua amada, bem como do afago dos seus braços, mas a sente com ternura, o que sugere que o amor entre os dois tenha sido correspondido. Alternativa assinalada d) O eu lírico sente saudades de um amor não correspondido, encontrando nos cabelos e na beleza física da amada sua principal fonte de idealização. e) O eu lírico diz não sentir saudade de nada, pois acredita que a distância seja algo necessário à longevidade do relacionamento.