Este gênero de cinema é um pouco complicado de discutir, pois é problemático definir quais filmes fariam parte do movimento surrealista e até mesmo o que seria o surrealismo. De modo geral, os filmes surrealistas (que atingiram seu ápice entre o fim da década de 1920 e o começo da década de 1930) procuravam não seguir qualquer norma cinematográfica existente.
Os roteiros possuíam histórias não lineares e pouco ou nada críveis, os surrealistas buscavam explorar as fronteiras entre sonho e realidade, consciente e inconsciente, buscando chamar a atenção do espectador, embora às vezes algumas cenas sejam de difícil compreensão, não apresentando nenhum sentido explícito.
Entre as experiências cinematográficas do gênero (como muitos outros movimentos, este teve sua origem na pintura), constam: A Concha e o Pastor (1927) de Germaine Dulac, Um Cão Andaluz (1929) e A Idade do Ouro (1930) de Luiz Buñuel (que é considerado o maior diretor surrealista).
Cena de Um Cão Andaluz.
Há também alguns filhos do movimento que surgiram em datas ou locais distantes dos em que ocorreu o ápice, e por isso podem ser menos conhecidas, como: o brasileiro Limite (1931), de Mário Peixoto, Julieta dos Espíritos (1965), de Federico Fellini, O Discreto Charme da Burguesia (1972) de Buñuel e El Topo (1970) de Alejandro Jodorowsky.
Apesar de não ser um estilo de meu agrado, creio ser importante ver o surrealismo como uma demonstração de que as fronteiras do cinema são inexistentes, e que não há limites para o que pode ser retratado nos filmes, incluindo até os sonhos e fantasias mais mirabolantes.
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Este gênero de cinema é um pouco complicado de discutir, pois é problemático definir quais filmes fariam parte do movimento surrealista e até mesmo o que seria o surrealismo. De modo geral, os filmes surrealistas (que atingiram seu ápice entre o fim da década de 1920 e o começo da década de 1930) procuravam não seguir qualquer norma cinematográfica existente.
Os roteiros possuíam histórias não lineares e pouco ou nada críveis, os surrealistas buscavam explorar as fronteiras entre sonho e realidade, consciente e inconsciente, buscando chamar a atenção do espectador, embora às vezes algumas cenas sejam de difícil compreensão, não apresentando nenhum sentido explícito.
Entre as experiências cinematográficas do gênero (como muitos outros movimentos, este teve sua origem na pintura), constam: A Concha e o Pastor (1927) de Germaine Dulac, Um Cão Andaluz (1929) e A Idade do Ouro (1930) de Luiz Buñuel (que é considerado o maior diretor surrealista).
Cena de Um Cão Andaluz.
Há também alguns filhos do movimento que surgiram em datas ou locais distantes dos em que ocorreu o ápice, e por isso podem ser menos conhecidas, como: o brasileiro Limite (1931), de Mário Peixoto, Julieta dos Espíritos (1965), de Federico Fellini, O Discreto Charme da Burguesia (1972) de Buñuel e El Topo (1970) de Alejandro Jodorowsky.
Apesar de não ser um estilo de meu agrado, creio ser importante ver o surrealismo como uma demonstração de que as fronteiras do cinema são inexistentes, e que não há limites para o que pode ser retratado nos filmes, incluindo até os sonhos e fantasias mais mirabolantes.