A teoria da dependência surge na década de 1960 para repensar o modelo cepalino, isto é, desenvolvido pela CEPAL (da Organização das Nações Unidas — ONU), e oferecer uma alternativa de interpretação da dinâmica social da América Latina. Portadora de um método analítico mais sofisticado, ela suplantou com facilidade o estagnacionismo, que havia sido abraçado pelos remanescentes do nacional-desenvolvimentismo, e transformou-se na crítica mais consistente ao desenvolvimento autoritário, que países como Brasil, a partir de 1964 começara a aderir.
Após o golpe de 1964, firmou-se no Brasil o desenvolvimentismo autoritário, que foi calcado na teoria do desenvolvimento equilibrado de Rosenstein-Rodan, Ragnar Nurkse, Arthur C. Lewis e outros teóricos dessa vertente da teoria do desenvolvimento.
Foi ainda nessa mesma época que surgiu o pensamento dos neomarxistas, com o modelo de desenvolvimento do subdesenvolvimento, e ainda sofrendo forte influência dos marxistas americanos, como Paul A. Baran e Paul Sweezy, e das teses de Trotsky para os países atrasados (baseadas na lei de desenvolvimento desigual e combinado). André Gunder Frank, Theotonio dos Santos e Rui Mauro Marini não viam possibilidade de desenvolvimento capitalista autônomo e pleno no Brasil e na América Latina, mas apenas de um subdesenvolvimento ao qual esses países estariam condenados, apesar do processo da industrialização, ao menos que houvesse uma revolução socialista
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A teoria da dependência surge na década de 1960 para repensar o modelo cepalino, isto é, desenvolvido pela CEPAL (da Organização das Nações Unidas — ONU), e oferecer uma alternativa de interpretação da dinâmica social da América Latina. Portadora de um método analítico mais sofisticado, ela suplantou com facilidade o estagnacionismo, que havia sido abraçado pelos remanescentes do nacional-desenvolvimentismo, e transformou-se na crítica mais consistente ao desenvolvimento autoritário, que países como Brasil, a partir de 1964 começara a aderir.
Após o golpe de 1964, firmou-se no Brasil o desenvolvimentismo autoritário, que foi calcado na teoria do desenvolvimento equilibrado de Rosenstein-Rodan, Ragnar Nurkse, Arthur C. Lewis e outros teóricos dessa vertente da teoria do desenvolvimento.
Foi ainda nessa mesma época que surgiu o pensamento dos neomarxistas, com o modelo de desenvolvimento do subdesenvolvimento, e ainda sofrendo forte influência dos marxistas americanos, como Paul A. Baran e Paul Sweezy, e das teses de Trotsky para os países atrasados (baseadas na lei de desenvolvimento desigual e combinado). André Gunder Frank, Theotonio dos Santos e Rui Mauro Marini não viam possibilidade de desenvolvimento capitalista autônomo e pleno no Brasil e na América Latina, mas apenas de um subdesenvolvimento ao qual esses países estariam condenados, apesar do processo da industrialização, ao menos que houvesse uma revolução socialista