manuela120415
A agricultura começou durante o período Neolítico, há cerca de 10.000 anos atrás.
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andersonsilva27
A agricultura começou durante o período Neolítico, há cerca de 10.000 anos atrás, e agora, um novo estudo sugere que o início e a extensão desta prática não foi obra de um único grupo, mas ocorreu em várias povoações vizinhas, mas geneticamente distintas.
Onde e como se originou a transição de caçadores-coletores para a agricultura sedentária é objeto de debate e os resultados de um novo estudo publicado na Revista Science, que apoiam a hipótese de que a cultura agrícola se espalhou pela Europa, África e Ásia a partir de várias fontes de população.
“Havia sido assumido que os primeiros agricultores pertenciam a uma única população, geneticamente homogénea. No entanto, descobrimos que haviam profundas diferenças genéticas entre estas primeiras populações agrícolas, indicando antepassados muito diferente", explicou um dos autores do estudo de Garrett Hellenthan na University College London.
A equipa estudou o ADN de alguns dos primeiros agricultores encontrados na região iraniana de Zagros e descobriu que o seu genoma era muito diferente dos primeiros agricultores do mar Egeu e da Europa.
No entanto, especialistas confirmam que identificaram similaridades entre o ADN dos agricultores do Neolítico e das pessoas que viviam no sul da Ásia, Afeganistão, Paquistão e Irão.
"Sabemos que as técnicas agrícolas, incluindo várias plantas e animais domésticos, surgiram ao longo do Crescente Fértil - Mesopotâmia asiática, entre os cursos inferiores dos rios Tigre e Eufrates - sem um centro em particular”, explicou o professor Mark Thomas da mesma instituição.
Mas descobrir que esta região foi formada por populações de agricultores geneticamente muito diferentes “foi uma surpresa. Estimamos que se separaram faz entre 46.000 e 77.000 anos, por isso é quase certo que eles tinham diferentes aspetos físicos e falavam línguas diferentes. É quase como se estivermos a falar de uma origem federal da agricultura ", acrescentou o especialista.
Para obter mais dados, os especialistas sequenciaram o ADN de quatro esqueletos da região iraniana de Zagros, o local onde foram encontradas algumas das mais antigas evidências do surgimento da agricultura.
As análises genéticas descobriram a existência de um grupo cujo ADN não tinha sido sequenciado até agora e tem características muito diferentes dos homens Neolíticos de Anatólia, a população que é frequentemente considerada como o ancestral mais provável dos agricultores europeus.
Estes resultados sugerem que os agricultores da região de Zagros, cujas sequências genéticas têm grandes semelhanças com as populações atuais do Paquistão e do Afeganistão, não foram os antecessores dos primeiros agricultores europeus.
É possível que se separarem dos antigos genomas das populações neolíticas de Anatólia, há mais de 40.000 anos atrás, de acordo com os autores, o que serviu com uma fonte separada de expansão da agricultura.
A transição da caça e recoleção nómada para a agricultura sedentária foi uma das alterações comportamentos mais importantes desde o aparecimento dos seres humanos em África há cerca de 200.000 anos atrás.
Essa transição levou a mudanças profundas nas sociedades, incluindo uma maior densidade de população, novas doenças, desigualdade social, vida urbana e, em última análise, o surgimento de civilizações antigas.
Tal foi o impacto da agricultura na nossa espécie que os arqueólogos têm debatido, durante mais de um século, sobre a forma como se originou e se espalhou para regiões fronteiriças, como a Europa, o Norte da África e o Sul da Ásia.
A equipa demonstrou, pela primeira vez, que diferentes populações em várias partes do Crescente Fértil chegaram a soluções semelhantes na sua busca por um novo modo de vida, nas novas condições criadas pelo fim da última Idade do Gelo", acrescentou
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Onde e como se originou a transição de caçadores-coletores para a agricultura sedentária é objeto de debate e os resultados de um novo estudo publicado na Revista Science, que apoiam a hipótese de que a cultura agrícola se espalhou pela Europa, África e Ásia a partir de várias fontes de população.
“Havia sido assumido que os primeiros agricultores pertenciam a uma única população, geneticamente homogénea. No entanto, descobrimos que haviam profundas diferenças genéticas entre estas primeiras populações agrícolas, indicando antepassados muito diferente", explicou um dos autores do estudo de Garrett Hellenthan na University College London.
A equipa estudou o ADN de alguns dos primeiros agricultores encontrados na região iraniana de Zagros e descobriu que o seu genoma era muito diferente dos primeiros agricultores do mar Egeu e da Europa.
No entanto, especialistas confirmam que identificaram similaridades entre o ADN dos agricultores do Neolítico e das pessoas que viviam no sul da Ásia, Afeganistão, Paquistão e Irão.
"Sabemos que as técnicas agrícolas, incluindo várias plantas e animais domésticos, surgiram ao longo do Crescente Fértil - Mesopotâmia asiática, entre os cursos inferiores dos rios Tigre e Eufrates - sem um centro em particular”, explicou o professor Mark Thomas da mesma instituição.
Mas descobrir que esta região foi formada por populações de agricultores geneticamente muito diferentes “foi uma surpresa. Estimamos que se separaram faz entre 46.000 e 77.000 anos, por isso é quase certo que eles tinham diferentes aspetos físicos e falavam línguas diferentes. É quase como se estivermos a falar de uma origem federal da agricultura ", acrescentou o especialista.
Para obter mais dados, os especialistas sequenciaram o ADN de quatro esqueletos da região iraniana de Zagros, o local onde foram encontradas algumas das mais antigas evidências do surgimento da agricultura.
As análises genéticas descobriram a existência de um grupo cujo ADN não tinha sido sequenciado até agora e tem características muito diferentes dos homens Neolíticos de Anatólia, a população que é frequentemente considerada como o ancestral mais provável dos agricultores europeus.
Estes resultados sugerem que os agricultores da região de Zagros, cujas sequências genéticas têm grandes semelhanças com as populações atuais do Paquistão e do Afeganistão, não foram os antecessores dos primeiros agricultores europeus.
É possível que se separarem dos antigos genomas das populações neolíticas de Anatólia, há mais de 40.000 anos atrás, de acordo com os autores, o que serviu com uma fonte separada de expansão da agricultura.
A transição da caça e recoleção nómada para a agricultura sedentária foi uma das alterações comportamentos mais importantes desde o aparecimento dos seres humanos em África há cerca de 200.000 anos atrás.
Essa transição levou a mudanças profundas nas sociedades, incluindo uma maior densidade de população, novas doenças, desigualdade social, vida urbana e, em última análise, o surgimento de civilizações antigas.
Tal foi o impacto da agricultura na nossa espécie que os arqueólogos têm debatido, durante mais de um século, sobre a forma como se originou e se espalhou para regiões fronteiriças, como a Europa, o Norte da África e o Sul da Ásia.
A equipa demonstrou, pela primeira vez, que diferentes populações em várias partes do Crescente Fértil chegaram a soluções semelhantes na sua busca por um novo modo de vida, nas novas condições criadas pelo fim da última Idade do Gelo", acrescentou